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Não. As diferenças doutrinais entre católicos romanos e ortodoxos orientais têm raízes históricas, teológicas e culturais, remontando ao Grande Cisma de 1054. Aqui estão os principais pontos de divergência: 1. Primado do Papa • Católicos Romanos: Defendem que o Papa, como sucessor de São Pedro, tem primado universal sobre toda a Igreja, incluindo autoridade jurisdicional sobre todos os bispos e fiéis. • Ortodoxos Orientais: Reconhecem o Papa como um “primus inter pares” (primeiro entre iguais) entre os bispos, mas rejeitam sua autoridade universal e infalibilidade, afirmando que a liderança deve ser colegiada. 2. Filioque (Processão do Espírito Santo) • Católicos Romanos: Acrescentaram a expressão Filioque (“e do Filho”) ao Credo Niceno-Constantinopolitano, afirmando que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho. • Ortodoxos Orientais: Rejeitam essa adição, afirmando que o Espírito Santo procede apenas do Pai, em conformidade com o texto original do Credo. 3. Natureza da Igreja • Católicos Romanos: Veem a Igreja como centralizada, com o Papa como sua autoridade suprema. • Ortodoxos Orientais: A Igreja é vista como uma comunhão de igrejas autocéfalas (independentes) unidas na fé e nos sacramentos, sem uma autoridade central. 4. Sacramentos e Liturgia • Ambos concordam com a presença de sete sacramentos, mas há diferenças em práticas litúrgicas e disciplinares: • Católicos Romanos: Usam predominantemente o rito latino, com práticas litúrgicas mais uniformes. • Ortodoxos Orientais: Adotam vários ritos (como o bizantino, antioqueno e outros), com ênfase maior no simbolismo e misticismo. • No batismo, os ortodoxos geralmente praticam a tríplice imersão, enquanto os católicos podem usar a imersão ou aspersão. 5. Mariologia e Doutrinas sobre os Santos • Católicos Romanos: Defendem dogmas como a Imaculada Conceição (1854) e a Assunção de Maria (1950). • Ortodoxos Orientais: Honram Maria como “Theotokos” (Mãe de Deus) e acreditam em sua Dormição, mas não definiram dogmas específicos como os católicos. 6. Infalibilidade Papal • Católicos Romanos: Proclamaram no Concílio Vaticano I (1870) o dogma da infalibilidade papal em questões de fé e moral, quando o Papa fala ex cathedra. • Ortodoxos Orientais: Rejeitam completamente a ideia de infalibilidade papal, considerando que a infalibilidade pertence à Igreja como um todo, expressa em concílios ecumênicos. 7. Questões Disciplinares • Celibato Clerical: • Católicos romanos: Exigem o celibato para os padres no rito latino. • Ortodoxos orientais: Permitem o casamento de padres antes da ordenação, mas os bispos são escolhidos entre monges celibatários. • Eucaristia: • Católicos usam pão ázimo (sem fermento) na celebração da Eucaristia. • Ortodoxos usam pão fermentado, simbolizando a ressurreição de Cristo. 8. Teologia da Graça e da Salvação • Católicos Romanos: Desenvolveram uma teologia mais jurídica, destacando conceitos como mérito e a aplicação das indulgências. • Ortodoxos Orientais: Enfatizam a teose (divinização), ou seja, a união do ser humano com Deus por meio da graça. 9. Concílios Ecumênicos • Católicos Romanos: Reconhecem 21 concílios ecumênicos, incluindo os posteriores ao Grande Cisma. • Ortodoxos Orientais: Reconhecem apenas os sete primeiros concílios ecumênicos, realizados antes do cisma. 10. Espírito de Unidade • Ambos afirmam preservar a fé verdadeira, mas têm diferentes abordagens para o diálogo ecumênico: • Católicos enfatizam o retorno dos ortodoxos à comunhão plena com Roma. • Ortodoxos insistem que a verdadeira unidade deve ser baseada na fé eclesial dos primeiros séculos.
@@douglasv60 Quantos católicos orientais existem nos dias de hoje? Tudo minoria... Enquanto a Igreja Católica evangelizou o novo mundo inteiro, os orientais se transformaram em religiões de estado como a Igreja Russa..
Apenas um comentário: quando você questiona um ortodoxo sobre a Igreja Católica ser lícita, ele poderá dizer que não, pois alguns a consideram em heresia formal devido à adesão ao Filioque e a supremacia papal. Além disso, muitos ortodoxos acreditam que nenhum sacramento realizado em estado de cisma tem efeito, já que, fora da Igreja Ortodoxa não há verdadeira comunhão espiritual. Por isso, a maioria dos ortodoxos não reconhece a validade dos sacramentos católicos.
Só uma dúvida professor a comunhão do patriarca pelo papa valeu e a comunhão do papa pelo patriarca para papa valeu sendo que está e comunhão foi suspensa pelo papa Paulo VI
@@Eltonsarto Veja, a excomunhão do cisma aconteceu, se não me engano, em 1054. Não vejo por qual razão o lado cismático teria validade. Se você é Católico apostólico romano, sabe bem a razão do motivo deles se separarem da ortodoxia. O ato de Paulo VI e do patriarca, foi um ato de boa vontade no âmbito da volta a unidade da igreja.
Celibato não é dogma nem doutrina, mas apenas ordem interna. Durante a maior parte da história a Igreja Larina teve o clero casado e o clero celibatário. Faz parte da tradição, gostem ou não. Isso não pode ser usado para contestar a validade dos sacramentos.
Ao se conhecer uma Igreja Oriental e sua liturgia, seja bizantina ou outra, pode-se fazer um exercício observação se a missa da Igreja Romana hoje mais se assemelha a uma missa oriental ou a uma "missa" luterana.
Tonho que religião atiga da pérsia e está chamada de zoroastrismo que segundo alguns vídeos que deram origem o judaísmo quando eles foram levados para o império da antiga pérsia e consequentemente dizem que tombem deu origem ao cristianismo
Tristeza isso.Mas no fim das contas, em qual estao os restos mortais dos Apóstolos? De S. Pedro e S. Paulo??? Onde tem santos incorruptos? Milagres? Aparicoes de Nossa Senhora??? Pois é...
A Igreja Ortodoxa tem tudo isso e as aparições Marianas e de Santos não são para revelar doutrinas ou falar sobre o futuro como é o caso das aparições na Igreja Romana.
Na verdade os ortodoxos acreditam sim que Pedro é bispo de Roma e que ele deixou sucessores, inclusive reconhecem Francisco I como bispo. Eles só discordam na parte da liderança suprema do Papa, mas reconhecem o bispo de Roma como "primeiro entre iguais".
@@FilipeAD73o Patriarca de Antioquia é o sucessor do apóstolo Pedro. E o Patriarca de Constantinopla que é o "primeiro entre os iguais" conforme o Cânon 28 de Calcedônia. Apenas se a Igreja Romana retornasse à ortodoxia, ela voltaria a ter a primazia, juntamente com Constantinopla. "O bispo de Nova Roma (Constantinopla) gozará dos mesmos privilégios que o bispo da Roma Antiga, [...]"
Boa noite professor Raphael.
Vamos dar nosso like!!!
Sempre é bom saber
Agradeço sempre! Acompanhando 😃🙏🇧🇷
Eu sou um simples lavrador de pedra angulares e almas para o pantokrator nessa noite amém
Olá Maria, estamos em oração por suas intenções! Ó Virgem Dolorsíssima, as Vossas Lágrimas derrubaram o império infernal 🙏🏻
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Alguém sabe qual é o vídeo original desse corte? Estou precisando..
Olá, @marianaleal8047! Ficamos felizes de ter você com a gente! Que Deus te abençoe 🙏🏻
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@compantokrator Muito obrigada pela resposta!
Parece ser mais uma questão d vaidade do q qualquer outra coisa..
Não. As diferenças doutrinais entre católicos romanos e ortodoxos orientais têm raízes históricas, teológicas e culturais, remontando ao Grande Cisma de 1054. Aqui estão os principais pontos de divergência:
1. Primado do Papa
• Católicos Romanos: Defendem que o Papa, como sucessor de São Pedro, tem primado universal sobre toda a Igreja, incluindo autoridade jurisdicional sobre todos os bispos e fiéis.
• Ortodoxos Orientais: Reconhecem o Papa como um “primus inter pares” (primeiro entre iguais) entre os bispos, mas rejeitam sua autoridade universal e infalibilidade, afirmando que a liderança deve ser colegiada.
2. Filioque (Processão do Espírito Santo)
• Católicos Romanos: Acrescentaram a expressão Filioque (“e do Filho”) ao Credo Niceno-Constantinopolitano, afirmando que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho.
• Ortodoxos Orientais: Rejeitam essa adição, afirmando que o Espírito Santo procede apenas do Pai, em conformidade com o texto original do Credo.
3. Natureza da Igreja
• Católicos Romanos: Veem a Igreja como centralizada, com o Papa como sua autoridade suprema.
• Ortodoxos Orientais: A Igreja é vista como uma comunhão de igrejas autocéfalas (independentes) unidas na fé e nos sacramentos, sem uma autoridade central.
4. Sacramentos e Liturgia
• Ambos concordam com a presença de sete sacramentos, mas há diferenças em práticas litúrgicas e disciplinares:
• Católicos Romanos: Usam predominantemente o rito latino, com práticas litúrgicas mais uniformes.
• Ortodoxos Orientais: Adotam vários ritos (como o bizantino, antioqueno e outros), com ênfase maior no simbolismo e misticismo.
• No batismo, os ortodoxos geralmente praticam a tríplice imersão, enquanto os católicos podem usar a imersão ou aspersão.
5. Mariologia e Doutrinas sobre os Santos
• Católicos Romanos: Defendem dogmas como a Imaculada Conceição (1854) e a Assunção de Maria (1950).
• Ortodoxos Orientais: Honram Maria como “Theotokos” (Mãe de Deus) e acreditam em sua Dormição, mas não definiram dogmas específicos como os católicos.
6. Infalibilidade Papal
• Católicos Romanos: Proclamaram no Concílio Vaticano I (1870) o dogma da infalibilidade papal em questões de fé e moral, quando o Papa fala ex cathedra.
• Ortodoxos Orientais: Rejeitam completamente a ideia de infalibilidade papal, considerando que a infalibilidade pertence à Igreja como um todo, expressa em concílios ecumênicos.
7. Questões Disciplinares
• Celibato Clerical:
• Católicos romanos: Exigem o celibato para os padres no rito latino.
• Ortodoxos orientais: Permitem o casamento de padres antes da ordenação, mas os bispos são escolhidos entre monges celibatários.
• Eucaristia:
• Católicos usam pão ázimo (sem fermento) na celebração da Eucaristia.
• Ortodoxos usam pão fermentado, simbolizando a ressurreição de Cristo.
8. Teologia da Graça e da Salvação
• Católicos Romanos: Desenvolveram uma teologia mais jurídica, destacando conceitos como mérito e a aplicação das indulgências.
• Ortodoxos Orientais: Enfatizam a teose (divinização), ou seja, a união do ser humano com Deus por meio da graça.
9. Concílios Ecumênicos
• Católicos Romanos: Reconhecem 21 concílios ecumênicos, incluindo os posteriores ao Grande Cisma.
• Ortodoxos Orientais: Reconhecem apenas os sete primeiros concílios ecumênicos, realizados antes do cisma.
10. Espírito de Unidade
• Ambos afirmam preservar a fé verdadeira, mas têm diferentes abordagens para o diálogo ecumênico:
• Católicos enfatizam o retorno dos ortodoxos à comunhão plena com Roma.
• Ortodoxos insistem que a verdadeira unidade deve ser baseada na fé eclesial dos primeiros séculos.
Da parte dos romanos, sim.
@@douglasv60 Quantos católicos orientais existem nos dias de hoje? Tudo minoria... Enquanto a Igreja Católica evangelizou o novo mundo inteiro, os orientais se transformaram em religiões de estado como a Igreja Russa..
❤❤❤
Apenas um comentário: quando você questiona um ortodoxo sobre a Igreja Católica ser lícita, ele poderá dizer que não, pois alguns a consideram em heresia formal devido à adesão ao Filioque e a supremacia papal. Além disso, muitos ortodoxos acreditam que nenhum sacramento realizado em estado de cisma tem efeito, já que, fora da Igreja Ortodoxa não há verdadeira comunhão espiritual. Por isso, a maioria dos ortodoxos não reconhece a validade dos sacramentos católicos.
No caso, se eles estão em cisma tbm, então seus sacramentos nao seriam válidos...rs
@ Isso segunda a teologia deles, na nossa não.
@@DeiseTecca Nós, mas justamente oque estou te falando é que na visão de alguns deles, nós não temos sacramentos válidos, mas na nossa visão eles tem.
🥰🥰🥰
A bíblia de ambos sempre foi igual?
Só uma dúvida professor a comunhão do patriarca pelo papa valeu e a comunhão do papa pelo patriarca para papa valeu sendo que está e comunhão foi suspensa pelo papa Paulo VI
Os dois lados suspenderam as excomunhões, num ato de aproximação.
@alexmgmf a minha dúvida é a excomunhao da parte do patriarca sobre o papa valeu
@@Eltonsarto Veja, a excomunhão do cisma aconteceu, se não me engano, em 1054. Não vejo por qual razão o lado cismático teria validade. Se você é Católico apostólico romano, sabe bem a razão do motivo deles se separarem da ortodoxia. O ato de Paulo VI e do patriarca, foi um ato de boa vontade no âmbito da volta a unidade da igreja.
@DeiseTecca obrigado pela resposta. Deus abençoe a Nossa Santa Igreja Católica e nossa irmã a Igreja Ortodoxa
Os ortodoxos crêem no purgatório?
Não, mas acreditam em oração pelos mortos.
Se não acreditam em purgatório por que orar pelos mortos?
E a questão do celibato clerical?
não teve nada a ver na época, celibato só foi ser instituido mais de 300 anos dps do cisma apenas no ocidente
@@mistcipriano396 o Celibato Clerical já existia desde o princípio na igreja ocidental, vemos isso nos padres Ocidentais, como Santo Agostinho
Celibato não é dogma nem doutrina, mas apenas ordem interna. Durante a maior parte da história a Igreja Larina teve o clero casado e o clero celibatário. Faz parte da tradição, gostem ou não. Isso não pode ser usado para contestar a validade dos sacramentos.
@@paulomoreira29 Celibato clerical é disciplina e não doutrina.
Ao se conhecer uma Igreja Oriental e sua liturgia, seja bizantina ou outra, pode-se fazer um exercício observação se a missa da Igreja Romana hoje mais se assemelha a uma missa oriental ou a uma "missa" luterana.
Eles amaldiçoam todos que defendem a cláusula Filioque
Tonho que religião atiga da pérsia e está chamada de zoroastrismo que segundo alguns vídeos que deram origem o judaísmo quando eles foram levados para o império da antiga pérsia e consequentemente dizem que tombem deu origem ao cristianismo
Tristeza isso.Mas no fim das contas, em qual estao os restos mortais dos Apóstolos? De S. Pedro e S. Paulo??? Onde tem santos incorruptos? Milagres? Aparicoes de Nossa Senhora??? Pois é...
A Igreja Ortodoxa tem tudo isso e as aparições Marianas e de Santos não são para revelar doutrinas ou falar sobre o futuro como é o caso das aparições na Igreja Romana.
Grego>>>>>Latim
Os dois estavam na cruz de Cristo, ambos são idiomas santos
A Igreja Ortodoxa “conserva todas a notas da Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus” menos a sucessão de Pedro e outras coisas. Então não é “todas”.
Pòr favor, pare de querer problematizar, vc entendeu o que ele falou
Na verdade os ortodoxos acreditam sim que Pedro é bispo de Roma e que ele deixou sucessores, inclusive reconhecem Francisco I como bispo. Eles só discordam na parte da liderança suprema do Papa, mas reconhecem o bispo de Roma como "primeiro entre iguais".
@@FilipeAD73o Patriarca de Antioquia é o sucessor do apóstolo Pedro. E o Patriarca de Constantinopla que é o "primeiro entre os iguais" conforme o Cânon 28 de Calcedônia. Apenas se a Igreja Romana retornasse à ortodoxia, ela voltaria a ter a primazia, juntamente com Constantinopla. "O bispo de Nova Roma (Constantinopla) gozará dos mesmos privilégios que o bispo da Roma Antiga, [...]"
@Allan8363 Pedro foi bispo de ambos, Antioquia e Roma.
@@FilipeAD73 portanto, o poder episcopal deve ser igualmente distribuído