Antonieta Gastão Vianna - servidora entre 1970 e 1998

A servidora Antonieta Gastão Vianna chegou à Justiça Federal em 1970, vinda do magistério estadual, filha do oficial de justiça Reinaldo Alves Vianna (pioneiro da reinstalação em 1967, falecido em 1982). Aprovada em processo seletivo para o cargo de datilógrafa, tinha apenas 20 anos de idade quando nomeada. Antonieta ressalta que, à época, em uma Curitiba ainda provinciana, havia apenas três mulheres em toda a Justiça Federal - Olga Dias Rodrigues, Maria Júlia Bittencourt e Lilian Jardim, havendo, naquele universo predominantemente masculino, algumas incompreensões e dificuldades. Lotada inicialmente na Secretaria Administrativa, cujo diretor era Edésio Gouveia Filho, trabalhou em várias atividades - desde o cuidado com os livros da então incipiente biblioteca (até a chegada da bibliotecária Mônica Lopes Simião, em 1986), até o gerenciamento do almoxarifado e dos serviços de fax e xerox. Tudo isso ainda no prédio da Rua XV de Novembro, 608, conhecido como Edifício Sulamérica. Com a conclusão do curso de Direito, iniciado em 1971, foi lotada na 6ª Vara Federal, cujo titular era o então Juiz José Carlos Cal Garcia (depois promovido a desembargador federal, tendo sido o 2º Presidente da história do TRF4, em Porto Alegre).
Em 1983 acompanha a transferência da Justiça Federal à nova Sede, conhecida como "Edifício Bagé" (Fórum Ministro Milton Luiz Pereira). Antonieta transfere-se, então, à 9ª Vara Federal, cujo titular era o Juiz Federal Tadaaqui Hirose, e cuja secretaria era dirigida pela servidora Maria Antônia de Castilho. Neste depoimento, a servidora também relata dois casos marcantes em sua carreira e em sua vida - uma denúncia contra um advogado e o Plano Collor, que, além do impacto na atividade judiciária, causou um grande drama familiar. Antonieta também registra uma homenagem à colega aposentada Marci Marion Soares Carneiro e deixa uma emocionada mensagem às mulheres: transformem o mundo pela ternura, aproveitando a centelha divina de que são dotadas!

[@valeriagrilo6371]

Que maravilha rever a querida Antonieta. Sempre polida e prestativa nas pesquisas que eu fazia na biblioteca da JF, no período de 1984 a 1988. Parabéns pelo trabalho de preservação da memória da JF no Paraná. Grande abraço para você, Antonieta!