Não sou acadêmico de filosofia, sou da área de Enfermagem, eu sempre percebi a vida como um mero acaso bioquímico/biológico. A partir desse vídeo me encontrei. Muito obrigado pela aula. Esclarecedora!
Hahahaha, é triste, mas é verdade. Quando a Filosofia começa a tirar o divino de dentro de nós e entender a humanidade como um acaso bioquímico, que é exatamente o que diz o darwinismo, tudo muda, mas tudo muda muito.
Interessante. Com base no que disse, meu conceito de niilismo pré vídeo era o dos religiosos/místicos. Terei uma ótima reflexão daqui em diante. Obrigado prof City
Obrigado por compartilhar mais de suas perspectivas sobre temas filosóficos, estou absorvendo ainda suas falas, muito boas para refletir por sinal, prof.
Sim. Você está se referindo a obra "Nietzsche Hoje" né? Juro que quando fiz esse vídeo pensei em mais pra frente usar a Viviane Mosé pra aprofundar o tema. Agradeço muito a sugestão.
Adoro o Niilismo!! Isso fez mais sentido em minha vida!! Sempre achei essa vida injusta mesmo! Não só a vida como a existência geral de todo universo!! Por que o universo existe?
Na verdade, a própria justiça é uma ficção. Todavia, uma ficção bastante importante. Não sei porque o universo existe. Na verdade, considero a existência do universo um absurdo para a racionalidade humana. Mas ele existe. E ele não é um absurdo em si, apenas um absurdo para nossa racionalidade limitada. Precisamos lidar com isso.
Parabéns pelo vídeo! Ótima explanação de um tema complexo. Em relação à generalização de que para o ateu, o religioso é o niilista, é preciso ponderar. Justamente pelo fato de que, na história do ateísmo, bem como de certas expressões materialistas, alguns pensadores se declaram ateus mas expressam formas de pensamento idealistas. Nietzsche confronta, por exemplo, Rousseau, Kant, Feuerbach com este tipo de peculiaridade.
Muito bom video! Tenho uma dúvida, eu gostaria que me ajudasse com uma sentença que vi em outro lugar, não lembro onde, sobre essa máxima de Sartre, de que a existência precede a essência, em que isso seria um contraponto à René Descartes, com o "penso, logo existo". Ja debati isso com outros entusiastas da filosofia e alguns não veem exatamente dessa forma. Como você vê essas duas ideias? São antagônicas ou não?
Fala Man! Eu não sou acadêmico de filosofia, nem nada, mas acho que posso acrescentar umas coisas. Descartes é beeeem mais antigo que Sartre e ele meio que acreditava que ter uma visão crítica das coisas você chegava a essência da coisa, uma parada meio platônica. Já pra Sartre o que é é a coisa em si, do jeito que aquilo se manifesta, do uso que é dado etc que vem a essência.
@@gerryamaral sim, é nesse sentido ao qual interpreto tbm. Entretanto, ja me deram interpretações de que essas duas afirmativas não seriam exatamente antagônicas, porque o pensamento, na proposição de Descartes, não teria esse caráter metafísico, mas sim, uma ligação mais perceptiva e pouco idealizada, como um bebê que se reconhece no espelho.
Fico feliz que tenha gostado. Eu diria que Descartes é sim antagônico a Sartre e você está correto. O "penso, logo existo" de Descartes serve para dizer que esta é a primeira certeza de todas. Não existe nada que possa refutar a minha existência de ser pensante, na medida em que penso. Todo o resto pode ser colocado em dúvida. Até mesmo minhas memórias. É somente no momento em que penso que eu posso ter certeza que existo. Não posso ter certeza que existi há alguns minutos atrás. Pelo menos no primeiro momento. Daí Descartes vai desenvolvendo o raciocínio, até chegar na necessidade de que as coisas que temos como certas, claras e evidentes sejam verdades. Pra isso ele tenta "provar" a existência de um Deus bom que garanta que nossas conclusões racionais sejam verdadeiras em sua maioria. Isso tudo pressupõe um ser cuja essência precede a existência. Sartre é o oposto disso. Deus não existe. Nós nascemos e a partir daí vamos construindo nossa essência a partir dos inúmeros encontros que temos no mundo, das inúmeras vezes em que somos condenados a sermos livres, exercer essa liberdade, escolher entre diversos mundos possíveis e conviver com o resultado de nossas escolhas, muitas vezes boas, muitas vezes más. Isso gera angústia e ainda mais necessidade de redefinir nossa essência, que nunca é fixa, afinal, estamos sempre condenados a sermos livres, estamos sempre escolhendo e convivendo com isso.
@@rafaelverissimo1468 você existe antes de pensar. Decartes esqueceu o ser como diz heidegger. Tudo é. Mas é o que? A pergunta dirige o ser que é existência para ser alguma coisa( um ente ). As coisas não tem significado tem existência. O significado é só uma construção simbólica um ente. Pois é em cima da existência que fazemos construção simbólica. Antes de tudo é o ser
A o esforço para melhorar o mundo não seria uma forma de niilismo na maneira nietzschiana de ver o niilismo , ja que seria uma revolta com vida de como é em busca de outra vida melhor ?
Só se vc negasse o mundo em que vive em nome de um futuro. Como os Socialistas Utópicos, por exemplo, que idealizaram o Socialismo e trataram de uma forma quase que Metafísica. Ja o Socialismo Científico eh mais preocupado com a atualidade e não idealiza o Socialismo. Creio que desde que vc não idealize e trate como uma espécie de Paraíso na Terra, vc não esta sendo niilista.
Se formos levar Nietzsche ao pé da letra, priorizando o momento final de sua filosofia, quando ele desenvolve o conceito de amor fati, sim. Mas também precisamos ver até onde iremos hierarquizar isso né? Nietzsche de fato nos convida a amar o mundo como ele é. Mas o mundo como ele é nos apresenta inúmeros desejos né? Eles também não precisam ser negados. Então se você está com fome, não precisa necessariamente negar o poder de saciar sua fome em nome do amor fati, porque a sua fome e a sua vontade de saciá-la faz parte do fatum do mundo. Daí entramos em algo meio paradoxal, que não tem como ser levado ao pé da letra. Isso vale para Nietzsche, que nunca quis mudar o mundo, mas então, porque escreveu? Porque buscou ser famoso e reconhecido? Não vejo como sair desse dilema.
@@iluminismoposmoderno me corriga se eu falar besteira, mas interpreto o Amor Fati como um modo de não negar a vida( o que Nietzsche tentou em toda sua filosofia) e essa questão de aceitar o Mundo como ele eh, para mim, eh mais um modo de se diferenciar de Shopenhauer, do Cristianismo, entre outros niilismos. Criar os novos conceitos em cima do Mundo como ele eh, sem sentido, com sofrimento, tédio etc. Diferente de Shopenhauer que queria romper com a Vontade e com a Vida.
O TEMPO. (nihil) Pensamentos que se perdem; pensamentos que se vão! Ó tempo que não existe; nem fim, nem começo...nada! No infinito perdido, dessa grande imensidão. Qual será esse destino?! Seguindo essa jornada?! Rumo ao nada, rumo ao nada! Energia, Matéria escura; fidalgos do singular... Dessa Majestade imensa; que não se pode alcançar Ó tempo; magnífico tempo; Tu não existes lá fora... Muito embora, muito embora; só mesmo no pensamento Te podemos vislumbrar!!!! Autor: Carlos Silveira. São Luís/MA.
Gostei!! Se bem q o Pedro fez um vídeo dizendo q metafísica não é a mesma coisa q obscurantismo espiritual. Daí, a minha dúvida é se nietzsche rejeita a metafísica como um todo ou só essa parte do obscurantismo e tals? Sdds do sextou!!
Saudades do sextou também. Sugeri pra eles de fazer um esse final de ano, não necessariamente na sexta (porque véspera de natal e véspera de ano novo). Vamos ver se rola. Rejeitar é uma palavra que precisa ser analisada aqui. Eu diria que Nietzsche não está tão preocupado com a verdade e o valor, mas com a vida. Ou melhor, a vida é o critério do valor e o que nos faz desejar ou não a verdade. Uma crença que comprometa sua vida, ainda que verdadeira, pode não ser uma boa crença. Então Nietzsche vai combater certo obscurantismo específico. Sempre ciente de que os seres-humanos não conseguem prescindir da metafísica, mas que seria bom se o fizessem. Dessa forma, Nietzsche está mais preocupado com o que você está afirmando quando mantém certa crença metafísica. Se são valores fracos e doentios ou valores fortes e sadios. A metafísica não é um grande problema quando usada para afirmar valores que valorizam a vida, mas ela é um grande problema quando usada para afirmar valores que negam a vida.
Merquior era ateu também, e altamente liberal. Seu livro sobre liberalismos é até bom, faz um bom apanhado do liberalismo como filosofia política. Mas fora isso não conheço tanto o pensamento dele, só sei que ele tem uma vasta obra, mas também isso só é enfatizado por bolhas liberais e literárias. Abraço.
Ahhhhhhh. Mas daí eu vou com Nietzsche e alego que a maioria dos ateus de hoje em dia não matou Deus, apenas transferiu ele para conceitos como verdade ou ciência, e certamente para a política. Para mim, toda ideologia política é, em algum grau, teológica. A menos que o autor faça as devidas ressalvas, como faz Richard Rorty e quase mais ninguém, hahaha. Grande abraço.
E ai, Dani! Parabéns pelo sucesso do canal!!! Mano, queria saber se tu não pensa em fazer um vídeo sobre a intervenção do Fux no habeas corpus dos condenados pela tragédia da Boate Kiss. Acho que dá uma boa reflexão.
Valeu meu querido. Bom ver você por aqui. Olha, acho o tema muito importante. Mas é tanta coisa acontecendo. E eu estou sempre experimentando o rumo do meu canal. As vezes não me seguro e comento sobre o cotidiano. Sobre acontecimentos políticos relevantes como este, que muitas vezes merecem um comentário. Outras vezes, fico mais em questões filosóficas mais gerais. Atualmente estou mais nessa vibe, ainda tentando encontrar a essência do canal, hahahaha. Mas agradeço muito a sugestão.
Bem legal falar da "polissemia" a depender dos autores e ponto de vista. Eu brinco que Niilismo é um Ateísmo² (Ateísmo ao Quadrado). Acabei me aprofundando no assunto por meio do livro "Ateísmo & Niilismo" (André Cancian). Deste ponto de vista, todo niilista é ateu, mas a recíproca não é verdadeira.
Daí depende de como vamos ver o niilismo. Para um ateu não niilista, mas afirmativo, como Nietzsche, os niilistas são justamente os religiosos, especialmente os cristãos. Porém, tudo depende de como vamos entender e aceitar o conceito.
Legal o video. Em qual livro Nietzsche usa esse termo dessa forma? No genealogia da moral Nietzsche usa niilismo de forma diferente. Niilismo pra ele está ligado ao crescimento dos valores dos mais fracos, da compaixão, do não egoísmo. Ele diz isso se referindo a europa que estaria caminjando para o niilismo. Obviamente que os mais fracos muitas vezes buscam, segundo ele, uma vida após a morte pq nela seria o local onde a vontade de poder deles, a vingança contra os que os dominam se realizaria. Mas ele ñ diz que isso é o niilismo, acreditar num sentido metasfísico. O problema é que os fracos tomaram o poder e tresvaloraram os valores dos senhores. Ele aponta como principal culpado o judaísmo e cristianismo.
Ele pode ser usado por conservadores. Mas eu diria que não. Ele foi um grande crítico da modernidade, mas nunca em nome de algum passado glorioso, tampouco revogando a inteligência e o valor das tradições.
@@iluminismoposmoderno a crítica dele em relação a modernidade é sempre fazendo referência a um passado melhor onde os senhores governavam. Por isso sempre remeta a roma e grécia.
Quanto a Sartre o mesmo era um intelectual que apenas se direcionava pelos sentidos e limites da mente. Na verdade a essência precede a existência, a mente é incapaz de buscar a verdade do ser, ja que direciona a pessoa para fora de si, ( a mente não é o ser ), através dos sentidos se limitando ao mundo material ou vir_a-ser ou não ser, mundo perecivel. por isso não confiável. A essência precede a existência, A essência é o que há de real, a existência uma cópia tridimensional. A essência transcede para o mundo inteligível, a existência material se decompõe no mundo tridimensional, que é uma cópia do inteligível. Como saber se é verdade? Os filósofos iniciados ditos idealistas ou inatistas nos deram uma pista, " O AUTO CONECIMENTO". Como se da esse processo? Voltando para dentro, para si mesmo. De que forma, se com teorias não podemos comprovar? Platão mostrava que a alma vivia no mundo das idéias ou inteligível, com todo conhecimento ( Hegel chamou de espírito absoluto ), mas quando esta alma encarna este conhecimento é esquecido ficando algumas Reminiscências ( passagem conhecida como Reminiscência da alma ) , e lógico quanto mais a pessoa busca fora de si o conhecimento no mundo das aparências mais esquecida fica, mais afasta de si mesma, de seu ser, ou alma, ou mônada, ou budhata, ou essência, ficando perdida passando acreditar apenas na percepção sensorial e falsas interpretações da mente, com base nos dados coletados dos sentidos que por sua vez se limita ao que é tridimensional, temporal, espacial e relativo, surgindo a relatividade da verdade, o que parece real para uns, pode não ser para outros, e vice versa, com base na mera existência ( não ser ). O que fazer? Só a pessoa voltando para si mesma, ( conheça-te a ti mesmo ) mas nesse caminho de volta para casa tem um gênio malígno enganador ( tão falado por descartes ), o ego, que é resultado da união das paixões, ou vícios ou impulsos , tão falado por antigos filósofos em especial os estoicos, que mostravam que devemos evitar essas paixões ou impulsos ( ganancia, luxúria, preguiça, soberba, avareza, inveja, ira, orgulho, fanatismos, materialismo, egocentrismo, egoismo, etc, etc....) . que Jesus chamou de legião, e são os verdadeiros mercadores que temos que expulsar de nosso templo interior. Mas como evitar ? Com auto controle, auto conhecimento, não satisfazer suas vontades ( vontades dos impulsos ou ego ), ná prática diária evitar fazer uma coisa pensando em outra, sempre concentrar o momento, não se identificar com acontecimentos exteriores os pensamentos podem ser rresultado das vontades dos impulsos ou ego, fazer auto reflexão ( refletir sobre si ), criticar a si mesma , duvidar dos próprios pensamentos, por mais que se ache com a verdade absoluta, colocar a própria razão no banco dos réus, em um auto julgamento, se perguntar, Será que o que minha mente me mostra como verdade realmente é real? Procurar o completo silêncio da mente, tal mente com seus turbilhoes de pensamentos direciona a pessoa para fora de si, através dos sentidos, caindo na relatividade , no materialismo, vontades do ego, a mente em completo silêncio direciona a pessoa para dentro de si, em busca do ser, ou da essência, ou mônada , ou alma ,ou bhudata, ( a mente não é o ser ). onde esta a verdadeira sabedoria o verdadeiro conhecimento. Isso diariamente. Um método para silenciar a mente é pergunta sem resposta, tal mente vai procurar resposta ate cansar, e ficar em silêncio. Albert Einstein dizia: "Faço uma pergunta 99 vezes entro em um profundo silêncio, eis que me é revelado a resposta." Einstein buscou em si as idéias inatas tão faladas por René Descartes. Com o tempo com essas práticas a pessoa vai conhecendo , vivenciando, experimentando outras realidades não perceptíveis aos sentidos, como mostrado por Schopenhauer , o véu das aparências pode ser rasgado ( indo de forma experimental além de Kant ). Se comprova vivenciando a realidade que a existência não é possível sem a essência, mas a essência é possível sem a existência, uma vez que a essência não esta controlada por fatores espaciais e temporais, mentais, mas é atemporal, inteligível, e a existência esta na relatividade de espaço tempo, sendo perecível. Essa auto mudança, esse auto conhecimento na prática ajudaria até na política, uma vez que os políticos iriam eliminar de si os impulsos , impulsos estes que nesta política faz existir corruptos, ditadores, enganadores, egoistas, falsos democratas, deixando fluir em si as virtudes contidas na essência, fazendo existir o verdadeiro amor ao próximo, o verdadeiro humanismo, a verdadeira preocupação com o bem comum, privando sempre pela verdadeira igualdade ( não essa falsa igualdade usada teoricamente por conveniência e na prática nunca funciona )
Um crítico do neoliberalismo...hummm então defende o estado grande, presente, pesado, inchado, regulamentador de tudo e todos, presente em todos os aspectos da vida do cidadão, paternalista, disciplinador, opressor, asssitencialista...pois bem. Então, um apoiador da esquerda. Confere? Agora, a pergunta que sempre me faço: pq todos os estudiosos da área de humanas são esquerdistas? Não é uma crítica, apenas é tão somente, uma curiosidade. O que acontece? Qual o problema com o estado reduzido? O estado não consegue regulamentar nem uma alfeia indígena (yanomamis), que dirá um país continental como o Brasil? Deixe a população se autorregular. Nós podemos. Nós conseguimos.
Não sou acadêmico de filosofia, sou da área de Enfermagem, eu sempre percebi a vida como um mero acaso bioquímico/biológico. A partir desse vídeo me encontrei. Muito obrigado pela aula. Esclarecedora!
Hahahaha, é triste, mas é verdade. Quando a Filosofia começa a tirar o divino de dentro de nós e entender a humanidade como um acaso bioquímico, que é exatamente o que diz o darwinismo, tudo muda, mas tudo muda muito.
Adorei o video , vivo muito bem sem religião, crio meu sentido de vida
Perfeita analise filosofica. Sentido da vida , é a própria vida , simples assim!
Sensacional sua explicação... obrigada
Didático!! Entendi pela primeira vez!
Ahhh que bom. Então o vídeo já valeu a pena. :)
Venho tentando entender esse termo a muito tempo. Agora eu consegui. Obrigado.
Interessante. Com base no que disse, meu conceito de niilismo pré vídeo era o dos religiosos/místicos. Terei uma ótima reflexão daqui em diante. Obrigado prof City
Que bom. Fico muito feliz em poder contribuir. Vou fazer outros vídeos sobre niilismo pra aprofundar o tema.
Gostei da abordagem… muito bom!…
Obrigado por compartilhar mais de suas perspectivas sobre temas filosóficos, estou absorvendo ainda suas falas, muito boas para refletir por sinal, prof.
Que bom meu querido. Fico muito feliz e agradeço o feedback. Grande abraço.
A Viviane Mosé trabalha muito bem esse conceito na obra Nietzschiana.
Sim. Você está se referindo a obra "Nietzsche Hoje" né? Juro que quando fiz esse vídeo pensei em mais pra frente usar a Viviane Mosé pra aprofundar o tema. Agradeço muito a sugestão.
Adoro o Niilismo!! Isso fez mais sentido em minha vida!! Sempre achei essa vida injusta mesmo! Não só a vida como a existência geral de todo universo!! Por que o universo existe?
Na verdade, a própria justiça é uma ficção. Todavia, uma ficção bastante importante. Não sei porque o universo existe. Na verdade, considero a existência do universo um absurdo para a racionalidade humana. Mas ele existe. E ele não é um absurdo em si, apenas um absurdo para nossa racionalidade limitada. Precisamos lidar com isso.
Claríssimo, perfeito
agora entendi o niilismo. obrigado.
Bastante esclarecedor.
Que bom. Fico feliz que tenha gostado.
Parabéns pelo vídeo! Ótima explanação de um tema complexo. Em relação à generalização de que para o ateu, o religioso é o niilista, é preciso ponderar. Justamente pelo fato de que, na história do ateísmo, bem como de certas expressões materialistas, alguns pensadores se declaram ateus mas expressam formas de pensamento idealistas. Nietzsche confronta, por exemplo, Rousseau, Kant, Feuerbach com este tipo de peculiaridade.
Muito bom video! Tenho uma dúvida, eu gostaria que me ajudasse com uma sentença que vi em outro lugar, não lembro onde, sobre essa máxima de Sartre, de que a existência precede a essência, em que isso seria um contraponto à René Descartes, com o "penso, logo existo". Ja debati isso com outros entusiastas da filosofia e alguns não veem exatamente dessa forma. Como você vê essas duas ideias? São antagônicas ou não?
Fala Man! Eu não sou acadêmico de filosofia, nem nada, mas acho que posso acrescentar umas coisas. Descartes é beeeem mais antigo que Sartre e ele meio que acreditava que ter uma visão crítica das coisas você chegava a essência da coisa, uma parada meio platônica. Já pra Sartre o que é é a coisa em si, do jeito que aquilo se manifesta, do uso que é dado etc que vem a essência.
@@gerryamaral sim, é nesse sentido ao qual interpreto tbm. Entretanto, ja me deram interpretações de que essas duas afirmativas não seriam exatamente antagônicas, porque o pensamento, na proposição de Descartes, não teria esse caráter metafísico, mas sim, uma ligação mais perceptiva e pouco idealizada, como um bebê que se reconhece no espelho.
Fico feliz que tenha gostado. Eu diria que Descartes é sim antagônico a Sartre e você está correto. O "penso, logo existo" de Descartes serve para dizer que esta é a primeira certeza de todas. Não existe nada que possa refutar a minha existência de ser pensante, na medida em que penso. Todo o resto pode ser colocado em dúvida. Até mesmo minhas memórias. É somente no momento em que penso que eu posso ter certeza que existo. Não posso ter certeza que existi há alguns minutos atrás. Pelo menos no primeiro momento. Daí Descartes vai desenvolvendo o raciocínio, até chegar na necessidade de que as coisas que temos como certas, claras e evidentes sejam verdades. Pra isso ele tenta "provar" a existência de um Deus bom que garanta que nossas conclusões racionais sejam verdadeiras em sua maioria. Isso tudo pressupõe um ser cuja essência precede a existência.
Sartre é o oposto disso. Deus não existe. Nós nascemos e a partir daí vamos construindo nossa essência a partir dos inúmeros encontros que temos no mundo, das inúmeras vezes em que somos condenados a sermos livres, exercer essa liberdade, escolher entre diversos mundos possíveis e conviver com o resultado de nossas escolhas, muitas vezes boas, muitas vezes más. Isso gera angústia e ainda mais necessidade de redefinir nossa essência, que nunca é fixa, afinal, estamos sempre condenados a sermos livres, estamos sempre escolhendo e convivendo com isso.
@@1emiliobering o cachorro não existe enquanto Ser.
@@rafaelverissimo1468 você existe antes de pensar. Decartes esqueceu o ser como diz heidegger.
Tudo é. Mas é o que? A pergunta dirige o ser que é existência para ser alguma coisa( um ente ).
As coisas não tem significado tem existência. O significado é só uma construção simbólica um ente.
Pois é em cima da existência que fazemos construção simbólica.
Antes de tudo é o ser
Nessa discussão, a palavra "sentido", está significando: a) finalidade, propósito; ou b) concatenação coerente dos fatos, lógica?
Finalidade e propósito.
@@iluminismoposmoderno valeu, eu sou e não sou niilista ao mesmo tempo 🤣🤣🤣
A o esforço para melhorar o mundo não seria uma forma de niilismo na maneira nietzschiana de ver o niilismo , ja que seria uma revolta com vida de como é em busca de outra vida melhor ?
Só se vc negasse o mundo em que vive em nome de um futuro. Como os Socialistas Utópicos, por exemplo, que idealizaram o Socialismo e trataram de uma forma quase que Metafísica. Ja o Socialismo Científico eh mais preocupado com a atualidade e não idealiza o Socialismo. Creio que desde que vc não idealize e trate como uma espécie de Paraíso na Terra, vc não esta sendo niilista.
Se formos levar Nietzsche ao pé da letra, priorizando o momento final de sua filosofia, quando ele desenvolve o conceito de amor fati, sim. Mas também precisamos ver até onde iremos hierarquizar isso né? Nietzsche de fato nos convida a amar o mundo como ele é. Mas o mundo como ele é nos apresenta inúmeros desejos né? Eles também não precisam ser negados. Então se você está com fome, não precisa necessariamente negar o poder de saciar sua fome em nome do amor fati, porque a sua fome e a sua vontade de saciá-la faz parte do fatum do mundo. Daí entramos em algo meio paradoxal, que não tem como ser levado ao pé da letra. Isso vale para Nietzsche, que nunca quis mudar o mundo, mas então, porque escreveu? Porque buscou ser famoso e reconhecido? Não vejo como sair desse dilema.
@@iluminismoposmoderno me corriga se eu falar besteira, mas interpreto o Amor Fati como um modo de não negar a vida( o que Nietzsche tentou em toda sua filosofia) e essa questão de aceitar o Mundo como ele eh, para mim, eh mais um modo de se diferenciar de Shopenhauer, do Cristianismo, entre outros niilismos. Criar os novos conceitos em cima do Mundo como ele eh, sem sentido, com sofrimento, tédio etc. Diferente de Shopenhauer que queria romper com a Vontade e com a Vida.
O TEMPO. (nihil) Pensamentos que se perdem; pensamentos que se vão!
Ó tempo que não existe; nem fim, nem começo...nada!
No infinito perdido, dessa grande imensidão.
Qual será esse destino?! Seguindo essa jornada?!
Rumo ao nada, rumo ao nada!
Energia, Matéria escura; fidalgos do singular...
Dessa Majestade imensa; que não se pode alcançar
Ó tempo; magnífico tempo; Tu não existes lá fora...
Muito embora, muito embora; só mesmo no pensamento
Te podemos vislumbrar!!!!
Autor: Carlos Silveira. São Luís/MA.
Muito bom.
Gostei!! Se bem q o Pedro fez um vídeo dizendo q metafísica não é a mesma coisa q obscurantismo espiritual. Daí, a minha dúvida é se nietzsche rejeita a metafísica como um todo ou só essa parte do obscurantismo e tals? Sdds do sextou!!
Saudades do sextou também. Sugeri pra eles de fazer um esse final de ano, não necessariamente na sexta (porque véspera de natal e véspera de ano novo). Vamos ver se rola.
Rejeitar é uma palavra que precisa ser analisada aqui. Eu diria que Nietzsche não está tão preocupado com a verdade e o valor, mas com a vida. Ou melhor, a vida é o critério do valor e o que nos faz desejar ou não a verdade. Uma crença que comprometa sua vida, ainda que verdadeira, pode não ser uma boa crença. Então Nietzsche vai combater certo obscurantismo específico. Sempre ciente de que os seres-humanos não conseguem prescindir da metafísica, mas que seria bom se o fizessem.
Dessa forma, Nietzsche está mais preocupado com o que você está afirmando quando mantém certa crença metafísica. Se são valores fracos e doentios ou valores fortes e sadios. A metafísica não é um grande problema quando usada para afirmar valores que valorizam a vida, mas ela é um grande problema quando usada para afirmar valores que negam a vida.
Nietzsche deve se revirar no túmulo vendo "nietzscheanos" transformando o cara num messias.
Sim. O próprio Zaratustra precisa abdicar disso. Todo discípulo deve trair seu mestre.
Merquior era ateu também, e altamente liberal. Seu livro sobre liberalismos é até bom, faz um bom apanhado do liberalismo como filosofia política. Mas fora isso não conheço tanto o pensamento dele, só sei que ele tem uma vasta obra, mas também isso só é enfatizado por bolhas liberais e literárias. Abraço.
Ahhhhhhh. Mas daí eu vou com Nietzsche e alego que a maioria dos ateus de hoje em dia não matou Deus, apenas transferiu ele para conceitos como verdade ou ciência, e certamente para a política. Para mim, toda ideologia política é, em algum grau, teológica. A menos que o autor faça as devidas ressalvas, como faz Richard Rorty e quase mais ninguém, hahaha. Grande abraço.
E ai, Dani! Parabéns pelo sucesso do canal!!! Mano, queria saber se tu não pensa em fazer um vídeo sobre a intervenção do Fux no habeas corpus dos condenados pela tragédia da Boate Kiss. Acho que dá uma boa reflexão.
Valeu meu querido. Bom ver você por aqui. Olha, acho o tema muito importante. Mas é tanta coisa acontecendo. E eu estou sempre experimentando o rumo do meu canal. As vezes não me seguro e comento sobre o cotidiano. Sobre acontecimentos políticos relevantes como este, que muitas vezes merecem um comentário. Outras vezes, fico mais em questões filosóficas mais gerais. Atualmente estou mais nessa vibe, ainda tentando encontrar a essência do canal, hahahaha. Mas agradeço muito a sugestão.
Não entendi nada,mas acho que entendi.
👍🏼👍🏼👍🏼👍🏼👍🏼
Yeahhhhh
Bem legal falar da "polissemia" a depender dos autores e ponto de vista. Eu brinco que Niilismo é um Ateísmo² (Ateísmo ao Quadrado). Acabei me aprofundando no assunto por meio do livro "Ateísmo & Niilismo" (André Cancian). Deste ponto de vista, todo niilista é ateu, mas a recíproca não é verdadeira.
Daí depende de como vamos ver o niilismo. Para um ateu não niilista, mas afirmativo, como Nietzsche, os niilistas são justamente os religiosos, especialmente os cristãos. Porém, tudo depende de como vamos entender e aceitar o conceito.
Legal o video. Em qual livro Nietzsche usa esse termo dessa forma?
No genealogia da moral Nietzsche usa niilismo de forma diferente.
Niilismo pra ele está ligado ao crescimento dos valores dos mais fracos, da compaixão, do não egoísmo. Ele diz isso se referindo a europa que estaria caminjando para o niilismo. Obviamente que os mais fracos muitas vezes buscam, segundo ele, uma vida após a morte pq nela seria o local onde a vontade de poder deles, a vingança contra os que os dominam se realizaria. Mas ele ñ diz que isso é o niilismo, acreditar num sentido metasfísico. O problema é que os fracos tomaram o poder e tresvaloraram os valores dos senhores. Ele aponta como principal culpado o judaísmo e cristianismo.
Não entendi, acreditar que a vida vale por si mesma é negar ou afirmar o nada/vazio da existência?
Para ser Niilista tem que ser ateu?
Não. Tudo depende de como você interpreta o niilismo. Todo mundo pode ser niilista.
Seria Nietzsche um conservador?
Ele pode ser usado por conservadores. Mas eu diria que não. Ele foi um grande crítico da modernidade, mas nunca em nome de algum passado glorioso, tampouco revogando a inteligência e o valor das tradições.
@@iluminismoposmoderno a crítica dele em relação a modernidade é sempre fazendo referência a um passado melhor onde os senhores governavam. Por isso sempre remeta a roma e grécia.
OPA! COMO ASSIM A GENTE NASCE SEM ESSÊNCIA? A ESSÊNCIA PURA DO SER É PRESENTE JUSTAMENTE NA 1 IDADE, ONDE HÁ AUSÊNCIA DE TUDO QUE NÃO SEJA O EU.
Mas qual a definição de Niilismo?
Não existe uma definição. Tudo depende da perspectiva. Para Nietzsche, niilismo é uma coisa, para os cristãos, outra completamente diferente.
@@iluminismoposmoderno Obrigada 🙏
Já assistiu Rick and morty ?
Claro. Um dos meus desenhos favoritos, hehehe.
Quanto a Sartre o mesmo era um intelectual que apenas se direcionava pelos sentidos e limites da mente.
Na verdade a essência precede a existência, a mente é incapaz de buscar a verdade do ser, ja que direciona a pessoa para fora de si, ( a mente não é o ser ), através dos sentidos se limitando ao mundo material ou vir_a-ser ou não ser, mundo perecivel. por isso não confiável.
A essência precede a existência, A essência é o que há de real, a existência uma cópia tridimensional. A essência transcede para o mundo inteligível, a existência material se decompõe no mundo tridimensional, que é uma cópia do inteligível.
Como saber se é verdade? Os filósofos iniciados ditos idealistas ou inatistas nos deram uma pista, " O AUTO CONECIMENTO". Como se da esse processo? Voltando para dentro, para si mesmo. De que forma, se com teorias não podemos comprovar?
Platão mostrava que a alma vivia no mundo das idéias ou inteligível, com todo conhecimento ( Hegel chamou de espírito absoluto ), mas quando esta alma encarna este conhecimento é esquecido ficando algumas Reminiscências ( passagem conhecida como Reminiscência da alma ) , e lógico quanto mais a pessoa busca fora de si o conhecimento no mundo das aparências mais esquecida fica, mais afasta de si mesma, de seu ser, ou alma, ou mônada, ou budhata, ou essência, ficando perdida passando acreditar apenas na percepção sensorial e falsas interpretações da mente, com base nos dados coletados dos sentidos que por sua vez se limita ao que é tridimensional, temporal, espacial e relativo, surgindo a relatividade da verdade, o que parece real para uns, pode não ser para outros, e vice versa, com base na mera existência ( não ser ).
O que fazer? Só a pessoa voltando para si mesma, ( conheça-te a ti mesmo ) mas nesse caminho de volta para casa tem um gênio malígno enganador ( tão falado por descartes ), o ego, que é resultado da união das paixões, ou vícios ou impulsos , tão falado por antigos filósofos em especial os estoicos, que mostravam que devemos evitar essas paixões ou impulsos ( ganancia, luxúria, preguiça, soberba, avareza, inveja, ira, orgulho, fanatismos, materialismo, egocentrismo, egoismo, etc, etc....) . que Jesus chamou de legião, e são os verdadeiros mercadores que temos que expulsar de nosso templo interior.
Mas como evitar ? Com auto controle, auto conhecimento, não satisfazer suas vontades ( vontades dos impulsos ou ego ), ná prática diária evitar fazer uma coisa pensando em outra, sempre concentrar o momento, não se identificar com acontecimentos exteriores os pensamentos podem ser rresultado das vontades dos impulsos ou ego, fazer auto reflexão ( refletir sobre si ), criticar a si mesma , duvidar dos próprios pensamentos, por mais que se ache com a verdade absoluta, colocar a própria razão no banco dos réus, em um auto julgamento, se perguntar, Será que o que minha mente me mostra como verdade realmente é real?
Procurar o completo silêncio da mente, tal mente com seus turbilhoes de pensamentos direciona a pessoa para fora de si, através dos sentidos, caindo na relatividade , no materialismo, vontades do ego, a mente em completo silêncio direciona a pessoa para dentro de si, em busca do ser, ou da essência, ou mônada , ou alma ,ou bhudata, ( a mente não é o ser ). onde esta a verdadeira sabedoria o verdadeiro conhecimento. Isso diariamente.
Um método para silenciar a mente é pergunta sem resposta, tal mente vai procurar resposta ate cansar, e ficar em silêncio.
Albert Einstein dizia: "Faço uma pergunta 99 vezes entro em um profundo silêncio, eis que me é revelado a resposta."
Einstein buscou em si as idéias inatas tão faladas por René Descartes. Com o tempo com essas práticas a pessoa vai conhecendo , vivenciando, experimentando outras realidades não perceptíveis aos sentidos, como mostrado por Schopenhauer , o véu das aparências pode ser rasgado ( indo de forma experimental além de Kant ).
Se comprova vivenciando a realidade que a existência não é possível sem a essência, mas a essência é possível sem a existência, uma vez que a essência não esta controlada por fatores espaciais e temporais, mentais, mas é atemporal, inteligível, e a existência esta na relatividade de espaço tempo, sendo perecível.
Essa auto mudança, esse auto conhecimento na prática ajudaria até na política, uma vez que os políticos iriam eliminar de si os impulsos , impulsos estes que nesta política faz existir corruptos, ditadores, enganadores, egoistas, falsos democratas, deixando fluir em si as virtudes contidas na essência, fazendo existir o verdadeiro amor ao próximo, o verdadeiro humanismo, a verdadeira preocupação com o bem comum, privando sempre pela verdadeira igualdade ( não essa falsa igualdade usada teoricamente por conveniência e na prática nunca funciona )
Legaliza 🌞🌿
Jah
Jesus é a Verdade! Jo14.6
Um crítico do neoliberalismo...hummm então defende o estado grande, presente, pesado, inchado, regulamentador de tudo e todos, presente em todos os aspectos da vida do cidadão, paternalista, disciplinador, opressor, asssitencialista...pois bem. Então, um apoiador da esquerda. Confere? Agora, a pergunta que sempre me faço: pq todos os estudiosos da área de humanas são esquerdistas? Não é uma crítica, apenas é tão somente, uma curiosidade. O que acontece? Qual o problema com o estado reduzido? O estado não consegue regulamentar nem uma alfeia indígena (yanomamis), que dirá um país continental como o Brasil? Deixe a população se autorregular. Nós podemos. Nós conseguimos.