● A Família - 05 Sem Motivos Pra Sorrir

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  • เผยแพร่เมื่อ 9 ก.พ. 2025
  • A minha adolescência eu passei distante dos meus
    pais..
    Tem muito mais..na vida eu nunca tive paz
    Na minha família o quebra-quebra e o desamor
    Meu pai varias vezes bêbado,me espancou
    Me humilhava na frente dos amigos da escola,
    Não deixava eu sair pra jogar bola
    Minha mãe doente,com crise depressiva
    Hematomas foi o que restou da briga.
    No corpo de delito,constou,foi espancamento e meu pai o
    agressor
    Me lembro como se fosse agora o desespero
    Até me arrepia,lembrar o pesadelo.
    Eu só tava pele e osso e minha um cativeiro
    E meu pai embriagado num puteiro
    Meio dia nem um prato de comida
    Minha mãe chorava e clamava pela vida
    Mamãe saiu de casa um dia cheia de razão
    Meteu o ferro,e enquadrou o buzão
    O cobrador reagiu sem ter noção
    E ela disparou,dois tiros de oitão.
    Na carne a navalha,no destino uma surpresa:
    "Denis a tia veio avisar que a sua mãe tá presa"
    Na sequência ela tentou aliviar minha tristeza:
    "A tia trouxe um chocolate pra você,vou deixar aqui em
    cima da mesa tá?"
    Cadê meu pai, meu herói,meu guerreiro,minha consciência
    de lá do paradero..
    Deve tá lá,sendo zoado, caído no chão, bêbado,sujo e sem
    dinheiro
    Mano eu só tinha 11 anos de idade,meu herói
    sumiu,sem dignidade
    Jogou na lama a honra e a simplicidade
    Pra mim o que restou,foi o mundão e suas vaidades.
    Já pensou mano ver sua mãe chorar
    Porque não teve,chances de amar
    Se juntou com um canalha, engravidou estou aqui
    Sem Motivos Pra Sorrir.
    "o que me importa seu carinho agora..
    se para mim..a vida terminou.."
    Eu me lembro que os parentes foram os primeiros que se
    afastaram de mim..
    Mais ai eu vou até o fim.
    Me negaram um prato de comida que desgosto
    Me fizeram beber água do esgoto
    Muitos me chamavam de escroto
    Diziam que a qualquer momento eu estaria morto
    Detonado na maldade pelos porco,ou internado em um
    hospital de louco.
    É triste,só quem sofre,sabe o que é sofrer
    Chegou uma hora que eu queria até morrer
    Mais não,vida real manchada de sangue,
    Necessidade, ambição bang bang
    Só quem é sabe como é
    Sobreviver na luta e na fé.
    Diagnostico da paz pra mim não funcionava
    Olhando as vitrines eu imagina
    Já penso eu nesses pano louco mó estilo
    Aos 11 anos já queria tudo aquilo
    Uma calça,uma peita,um tênis mil grau,
    e uma lupa preta e, um boné estilo mau
    Abaixo da linha de pobreza irmao, é o fim do mundo
    Meu sonho não durou nem um segundo
    Olhei de lado o mc Donald's lotado
    Os boy sorrindo,e eu aqui calado.
    Mamãe foi condenada vários anos de penita
    Demorou mais me mandou um pipa
    Eu chorava em cada frase que eu lia
    Eu era simplesmente refém da agonia
    Perdi o contato assim que fiz meus 12 anos
    Jogado no mundão, só bandidagem, vários manos.
    Nessa fase irmão,perdi a noção do tempo
    Mó saudade da minha mãe, quanto tempo.
    Meu pai fiquei sabendo pede esmola lá no centro
    Descabelou,eu lamento.
    Já penso mano,ver sua mãe chorar
    Porque não teve chances de amar
    Se juntou com um canalha
    Engravidou estou aqui..sem motivos pra sorrir.
    "o que me importa seu carinho agora..
    se para mim..a vida terminou.."
    Eu tinha um sonho,eu queria estudar
    Ter conhecimento, talvez me formar
    Mais a sociedade me esqueceu nesse lugar,
    Se eu contar a real pra você mano,cê nem vai acreditar.
    Na história da sociedade,em um retrato estava eu,
    Com uma arma de verdade,herói dos pobres ateu,
    Uma espécie de extinção ladrão,mais não rara
    Sofreu e angustiou irmão, quem vos fala.
    Gritos do silêncio,clamando pela vida
    Aos 27 de idade a mesma fita.
    Meu pai morreu fiquei sabendo, é triste
    Nem fez diferença,mais ai..quem resiste.
    Cadê minha mãe pra me ajudar,um gesto,um abraço,já ia
    me acalmar.
    O desespero às vezes leva o homem ao suicídio
    E o descaso é o causador do genocídio.
    Que se prolifera nas favelas,imagem,ibope,todo mundo
    ligado na tela
    Milhões de pessoas ao mesmo tempo sendo alienadas
    É guerra civil e não conto de fadas.
    Aqui no Brasil prisão sem muro, miséria
    O sangue ferve nas artérias.
    É agora mano,chegou minha vez
    Quem sou eu?quem é você?quem são vocês?
    Eu?sou revolucionário natural por natureza
    Sem privilégio,sem caviar na mesa
    Cheio de certeza,o predador a presa
    Longe...Longe da riqueza
    Vivendo num limite com frieza
    lembrei de mim,com fartura na sua mesa
    Lembrei de mim,o exemplo do abandono
    Cachorro louco sem dono.
    Chegou minha hora,não se apavora,
    Adeus,falô,to indo embora..
    Aos 27 de idade Sem Motivo Pra Sorrir...
    O que eu estou fazendo aqui?

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