Cara, essa questão financeira é a mais complicada na vida de um pesquisador, principalmente na física no Brasil. Visto que, se torna um curso extremamente elitista, onde aqueles jovens que tem o privilégio de serem sustentados toda a graduação e uma parte do mestrado tem vantagens competitivas sobre aqueles que não podem. Eu curso bacharel em física na UFF e, trabalho como motoboy no RJ para me sustentar e, é extremamente frustrante as vezes, pois vc precisa puxar poucas matérias para conseguir conciliar trabalho e estudo, fazendo com que o curso se arraste muito, podendo aproveitar pouco o curso, não conseguindo ter tempo para fazer um network, ou mesmo pegar uma IC. E mais desanimador ainda, é pensar que, quando você se formar talvez você terá que continuar fazendo bico para se sustentar pois a bolsa é muito baixa para custear um estilo de vida humilde e, tendo toda essa oscilação por ser uma área no Brasil muito dependente de Governo A ou B. Mas como o Gustavo disse, depois que a questão financeira passa, você pode ter um estilo de vida mais confortável prazeroso e, não há coisa melhor do que trabalhar com aquilo que você ama fazer, essa que é a minha motivação todos os dias de continuar tentando, se você tem um sonho, corre atrás dele irmão que no final vai valer a pena! Obrigadão pelo vídeo mano, faz diferença na vida das pessoas que querem chegar aonde você chegou e se inspiram em ti, tmj
Exatamente Daniel, compartilho de uma situação parecida, minha graduação está se arrastando mt por conta do trabalho (faço química na UFRJ) e é frustrante ver como a gente não tem tempo pra se dedicar em aprender mais a fundo uma disciplina, principalmente quando a gente se compara com os nossos colegas que se dedicam integralmente aos estudos
A questão é muito mais regional na verdade, fazer física na USP, São Paulo, tem muitas oportunidades em empresas e bancos mas o mesmo não deve ocorrer no Rio de Janeiro. Por isso o curso se torna elitista em lugares que não são propícios para absorver os formandos do curso, nada pior que ter uma graduação mas sem lugar para atuar na região.
Oi amigo, vou tentar física bacharel na UFF também, acha que é viável conseguir uma bolsa pra fazer mestrado fora do país? Meu plano é esse, não quero viver na miséria aqui no Brasil
Por óbvias razões eu escolhi a licenciatura pois não quero ficar passando perrengue depois de formado nem fudendo, já passei por isso minha vida toda, e lecionar ainda é uma atividade legal pra quem é da área apesar de bastante desestimulante.
Eu concordo com você em diversas partes do vídeo mas a principal delas é sobre ter esse perfil mais construtivo, ser assim já fez eu me sentir muito inferior em relação ao meio. Ser pego de surpreso por uma pergunta de um assunto que você aprendeu em alguma disciplina (realmente aprendeu e não só decorou) e não saber respondê-la é muito frustrante quando você ainda não se conhece o suficiente para saber que está tudo bem não lembrar e precisar revisar. Estou agora muito focada nesse processo de me autoconhecimento e mesmo que ainda não esteja satisfeita sobre onde estou, é muuuito bom ver luzes no fim do túnel iguais as suas!!
Tenho uma história e área diferente, porém me identifiquei muito com seu perfil no sentido de não ser uma pessoa extremamente apaixonado pelas coisas e de ser uma pessoa que não consegue guardar muita coisas na cabeça, mas que consegue acessar novamente depois a partir de algum ponto.
Concordo com tudo que foi dito. Terminei o meu doutorado e também tive a mesma percepção da evolução e como me relaciono com as informações adquiridas, não guardo nada também tenho que construir tudo do zero (está no livro se precisar é só olhar). Mas outras questões existe o fator sorte pegar um bom orientador, está numa área de pesquisa que pode ser disruptiva, isto pode ser fundamental para o sucesso, que pode vir ou não. O meio acadêmico tem muitas variáveis e por isso talvez ainda assuste as pessoas, não somos gênios, somos pessoas que sabemos lidar com problemas, já vi muito aluno com nível de conhecimento altíssimo não terminar o doutorado.
Fico feliz com a sua honestidade. Sendo alguém que está se envolvendo com o meio acadêmico agora, ainda buscando a graduação, tenho a impressão que a cultura do acadêmico ultra "bem-sucedido" é bem forte entre os mais jovens. Como se você precisasse ser um PhD milionário até os 28, sabe? Temos realidades diferentes, mas pela sua sinceridade ao compartilhar sua situação e paixão, sinto muito mais conexão com o que você citou do que com as carreiras idealizadas ou os sonhos desfeitos que muitos citam. Nossa carreira envolve muita "sorte", mas também é crucial o gosto e a dedicação naquilo que fazemos. Obrigado, abraço!
Muito obrigada por fazer parte da minha jornada e me incentivar todos os dias em fazer oque eu amo apesar do medo, de verdade você mudou a minha vida, até ano passado não sabia oque seria de mim, mas agora tenho um norte, e uma inspiração, obrigada d vdd
Parabéns, Gustavo, por vc reconhecer os privilégios que teve. Eu me reconhece em muitos pontos que você trouxe, principalmente os horários flexíveis. Sucesso nesssa longa estrada da vida. 🙌
Um detalhe bem importante com relação às bolsas de pesquisa (FAPESP, CAPES, ou CNPq) é que, no caso de desistência, o bolsista deve devolver todo o valor recebido. Quando comparamos com um emprego CLT, isso é uma baita desvantagem
Porém, há a possibilidade de negociar isso para evitar devolver a bolsa em caso de desistência em quase todos casos em que isso ocrroe. Vale a pena sempre falar com a comissão de pós graduação sobre a situação. De toda forma, você está certo, é uma regra que de fato está em todos regulamentos e a rigor se aplica a todos casos de desistência.
Gustavo, para ser professor/pesquisador em universidades federais mestrado e doutorado são pré-requisitos? Aliás, ser docente de universidade após a conclusão de seu doutorado é um plano seu?
são sim. se a universidade for muito de elite, se pá precisa até de pós-doc. nas particulares costuma o mestrado já bastar (e em alguns casos só especialização)
O que você disse sobre precisar ser pé no chão é muito real. Vai ser tudo lindo e maravilhoso até você lembrar que precisa sentar e ler textos que na primeira leitura não vai entender nada, mas faz parte kkkkkkk faço graduação em filosofia e, assim como outras áreas, tem o romantismo dos filósofos, mas não pode se iludir que vai ser tudo só mamão com mel não. Tem estresse, sentimento de achar que é menos que o outro... enfim, que bom que temos o Gustavo pra compartilhar com a gente alguns pontos do meio acadêmico
Cara, essa questão financeira é a mais complicada na vida de um pesquisador, principalmente na física no Brasil.
Visto que, se torna um curso extremamente elitista, onde aqueles jovens que tem o privilégio de serem sustentados toda a graduação e uma parte do mestrado tem vantagens competitivas sobre aqueles que não podem.
Eu curso bacharel em física na UFF e, trabalho como motoboy no RJ para me sustentar e, é extremamente frustrante as vezes, pois vc precisa puxar poucas matérias para conseguir conciliar trabalho e estudo, fazendo com que o curso se arraste muito, podendo aproveitar pouco o curso, não conseguindo ter tempo para fazer um network, ou mesmo pegar uma IC. E mais desanimador ainda, é pensar que, quando você se formar talvez você terá que continuar fazendo bico para se sustentar pois a bolsa é muito baixa para custear um estilo de vida humilde e, tendo toda essa oscilação por ser uma área no Brasil muito dependente de Governo A ou B.
Mas como o Gustavo disse, depois que a questão financeira passa, você pode ter um estilo de vida mais confortável prazeroso e, não há coisa melhor do que trabalhar com aquilo que você ama fazer, essa que é a minha motivação todos os dias de continuar tentando, se você tem um sonho, corre atrás dele irmão que no final vai valer a pena! Obrigadão pelo vídeo mano, faz diferença na vida das pessoas que querem chegar aonde você chegou e se inspiram em ti, tmj
Exatamente Daniel, compartilho de uma situação parecida, minha graduação está se arrastando mt por conta do trabalho (faço química na UFRJ) e é frustrante ver como a gente não tem tempo pra se dedicar em aprender mais a fundo uma disciplina, principalmente quando a gente se compara com os nossos colegas que se dedicam integralmente aos estudos
A questão é muito mais regional na verdade, fazer física na USP, São Paulo, tem muitas oportunidades em empresas e bancos mas o mesmo não deve ocorrer no Rio de Janeiro. Por isso o curso se torna elitista em lugares que não são propícios para absorver os formandos do curso, nada pior que ter uma graduação mas sem lugar para atuar na região.
Oi amigo, vou tentar física bacharel na UFF também, acha que é viável conseguir uma bolsa pra fazer mestrado fora do país? Meu plano é esse, não quero viver na miséria aqui no Brasil
@@gabryelsz2614 é extremamente necessário
Por óbvias razões eu escolhi a licenciatura pois não quero ficar passando perrengue depois de formado nem fudendo, já passei por isso minha vida toda, e lecionar ainda é uma atividade legal pra quem é da área apesar de bastante desestimulante.
Eu concordo com você em diversas partes do vídeo mas a principal delas é sobre ter esse perfil mais construtivo, ser assim já fez eu me sentir muito inferior em relação ao meio. Ser pego de surpreso por uma pergunta de um assunto que você aprendeu em alguma disciplina (realmente aprendeu e não só decorou) e não saber respondê-la é muito frustrante quando você ainda não se conhece o suficiente para saber que está tudo bem não lembrar e precisar revisar. Estou agora muito focada nesse processo de me autoconhecimento e mesmo que ainda não esteja satisfeita sobre onde estou, é muuuito bom ver luzes no fim do túnel iguais as suas!!
Tenho uma história e área diferente, porém me identifiquei muito com seu perfil no sentido de não ser uma pessoa extremamente apaixonado pelas coisas e de ser uma pessoa que não consegue guardar muita coisas na cabeça, mas que consegue acessar novamente depois a partir de algum ponto.
Concordo com tudo que foi dito. Terminei o meu doutorado e também tive a mesma percepção da evolução e como me relaciono com as informações adquiridas, não guardo nada também tenho que construir tudo do zero (está no livro se precisar é só olhar). Mas outras questões existe o fator sorte pegar um bom orientador, está numa área de pesquisa que pode ser disruptiva, isto pode ser fundamental para o sucesso, que pode vir ou não. O meio acadêmico tem muitas variáveis e por isso talvez ainda assuste as pessoas, não somos gênios, somos pessoas que sabemos lidar com problemas, já vi muito aluno com nível de conhecimento altíssimo não terminar o doutorado.
Fico feliz com a sua honestidade. Sendo alguém que está se envolvendo com o meio acadêmico agora, ainda buscando a graduação, tenho a impressão que a cultura do acadêmico ultra "bem-sucedido" é bem forte entre os mais jovens. Como se você precisasse ser um PhD milionário até os 28, sabe?
Temos realidades diferentes, mas pela sua sinceridade ao compartilhar sua situação e paixão, sinto muito mais conexão com o que você citou do que com as carreiras idealizadas ou os sonhos desfeitos que muitos citam. Nossa carreira envolve muita "sorte", mas também é crucial o gosto e a dedicação naquilo que fazemos.
Obrigado, abraço!
A falta de reconhecimento (financeiro/profissional) é bem complicada. Muito legal os pontos que você colocou!
Vamos mudar isso!
Sou da área da Filosofia e concordo plenamente com tudo kkkkkk
sou de humanas e acompanho o canal tbm
Muito obrigada por fazer parte da minha jornada e me incentivar todos os dias em fazer oque eu amo apesar do medo, de verdade você mudou a minha vida, até ano passado não sabia oque seria de mim, mas agora tenho um norte, e uma inspiração, obrigada d vdd
Parabéns, Gustavo, por vc reconhecer os privilégios que teve. Eu me reconhece em muitos pontos que você trouxe, principalmente os horários flexíveis. Sucesso nesssa longa estrada da vida. 🙌
12:38 kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Eu acho que ele não percebeu....
Obrigado por compartilhar, Gustavo!
Excelente conteúdo, Gustavo!!!
Faz um video sobre livros que você usou na graduacao
Você é foda.
Um detalhe bem importante com relação às bolsas de pesquisa (FAPESP, CAPES, ou CNPq) é que, no caso de desistência, o bolsista deve devolver todo o valor recebido. Quando comparamos com um emprego CLT, isso é uma baita desvantagem
Opa, isso é verdade. Obrigado pela adição.
Porém, há a possibilidade de negociar isso para evitar devolver a bolsa em caso de desistência em quase todos casos em que isso ocrroe. Vale a pena sempre falar com a comissão de pós graduação sobre a situação. De toda forma, você está certo, é uma regra que de fato está em todos regulamentos e a rigor se aplica a todos casos de desistência.
@@ViverComoFisico Não sabia que dava pra negociar essa condição, vou dar uma olhada mais afundo pra me informar melhor. Valeu :)
Bão demais
Vc é o Lutz verdadeiro? Já te vi nos comentários do canal matemática com EDSON também. Se for, que legal você valorizar esse tipo de conteúdo.
@@LucasSL.01 sim kkkkk
Gustavo, em que área da física você está atuando atualmente?
Gustavo, para ser professor/pesquisador em universidades federais mestrado e doutorado são pré-requisitos?
Aliás, ser docente de universidade após a conclusão de seu doutorado é um plano seu?
são sim. se a universidade for muito de elite, se pá precisa até de pós-doc. nas particulares costuma o mestrado já bastar (e em alguns casos só especialização)
O que você disse sobre precisar ser pé no chão é muito real. Vai ser tudo lindo e maravilhoso até você lembrar que precisa sentar e ler textos que na primeira leitura não vai entender nada, mas faz parte kkkkkkk faço graduação em filosofia e, assim como outras áreas, tem o romantismo dos filósofos, mas não pode se iludir que vai ser tudo só mamão com mel não.
Tem estresse, sentimento de achar que é menos que o outro... enfim, que bom que temos o Gustavo pra compartilhar com a gente alguns pontos do meio acadêmico
seus cachos são tão fofinhos