Muito bem e muito bom. Apenas um pequeno pormenor. Os rituais de culto Cristão do período inicial do cristianismo não eram assim tão simples. Eles tinham uma forte componente esotérica, mágica e de cura que era transmitida oralmente e em segredo para que dela não ficassem registos de que outros, (não cristãos), se pudessem apropriar, daí o desaparecimento dos seus vestígios sobrevivendo apenas em pequenos textos que só agora vão sendo conhecidos por investigações recentes, exp. alguns manuscritos do mar morto. Também é verdade que na medida em que o Cristianismo se vai institucionalizando, saindo das Catacumbas e sendo religião do poder imperial tudo vai ser feito para apagar esse período e recriar uma nova religião Institucional e poderosa. uma das grandes referências dessa mudança é Santo Agostinho ou Agostinho de Hipona, (havendo outros anteriormente), mas não com a mesma importância deste, considerado dos primeiros doutores da igreja. Apenas meu singelo contributo.
Olá José Roberto. Sim, também, mas o Gnosticismo é apenas uma pequena parte da turbulência que o Cristianismo Primitivo viveu fortemente até ao concílio de Niceia, 325 dc, convocado pelo imperador Constantino parcialmente convertido ao Cristianismo, ;) Ele pretendia por ordem e hierarquia no caos que as várias seitas cristãs provocavam no Império. Esse momento foi fundamental para o crescimento e afirmação do cristianismo enquanto religião Imperial, sem esse acontecimento talvez o cristianismo se tivesse desintegrado. Isto é tema para muitos tratados e investigação mas há algo de que se " fala" pouco. Logo após a morte de Cristo surgem 3 correntes doutrinárias base do cristianismo, (para alem de outros movimentos interpretativos delas) e só à luz delas podemos começar a entender todas essas correntes, (como o Gnosticismo), que tem raízes muito antigas vindas do pensamento Platónico da origem do Universo e das entidades Originárias. Não me vou aqui esticar muito sobre isso mas apenas uma pista, (pouco Falada), os cristãos primitivos na base, dividiam-se em 3 grandes grupos. 1º Os que acreditavam em Cristo como ser Divino, filho de Deus, 2º os que acreditavam que ele nasceu como homem comum e encarnou a divindade, 3º os que não acreditavam em nada disso e apenas o aceitavam como profeta como aconteceu séculos mais tarde com o profeta Maomé. Nestes últimos temos os Judeus e os "indecisos" :), Pela ordem, 1º, temos os cristãos monofisitas que defendem o ponto de vista cristológico que defende que, depois da união do divino e do humano na encarnação histórica, Jesus Cristo, como encarnação do Filho ou Verbo (Logos) de Deus, teria apenas uma única "natureza", a divina, e não uma síntese de ambas. Muito simplesmente, esta corrente deu mais tarde origem ao 1º grande cisma donde surgiu o Cristianismo Ortodoxo O monofisismo é contraposto pelo diofisismo (ou "diafisismo"), que defende que Jesus preservou em si as duas naturezas. 2º, Como anteriormente referi, temos uma outra corrente, o Diofisismo que afirmava que Cristo existiu como duas pessoas distintas: a humana, Jesus e, a divina, Logos (Cristo). Depois do Concílio de Calcedônia, em 451 d.C., os diofisitas estão na origem da Igreja católica do ocidente. Conclusão- É no estudo desta complexidade do Cristianismo Primitivo que talvez dentro de alguns anos possamos ter elementos para entender esses tempos e a evolução e afirmação das religiões de origem Cristã. Já agora outra peça do enigma. Ler sobre o Zoroatrismo e Zoroastro. E mais não escrevo pois está longo este texto :) Obrigado José Roberto
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Me ajudou muito ,eu estou fazendo o 1 ano do ensino médio e vou apresentar um seminário sobre arte paleocristã e arte bizante
Muito bom!! Obrigada pela aula!!
Parabéns pelo trabalho Sara, uma braço daqui do Brasil!
Vc também tem página no Facebook Sara?
Olá José Roberto. O CriaArte tem um grupo no Facebook com o mesmo nome onde partilho arte que me apaixona. :) Grupo TvCriaArte
Bom dia. Parabéns pelos vídeos. Contudo gostaria de esclarecer uma questão: indica que paleo vem de criativo. Qual é a fonte? Obrigada, Margarida
Gostei muito da introdução à arte paleocristã. Obrigada, Sara.
Parabéns pelo seu trabalho, pela sua pesquisa e por usar a Língua Portuguesa
Otimo
MUITO BOM SEU VÍDEO!!
Muito bom!!!
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Olá muito bom seu vídeo! Parabéns... Tenho uma pergunta para lhe fazer, espero que possa me ajudar! Quais materiais são típicos da arte paleocristã?
Muito bem e muito bom. Apenas um pequeno pormenor. Os rituais de culto Cristão do período inicial do cristianismo não eram assim tão simples. Eles tinham uma forte componente esotérica, mágica e de cura que era transmitida oralmente e em segredo para que dela não ficassem registos de que outros, (não cristãos), se pudessem apropriar, daí o desaparecimento dos seus vestígios sobrevivendo apenas em pequenos textos que só agora vão sendo conhecidos por investigações recentes, exp. alguns manuscritos do mar morto. Também é verdade que na medida em que o Cristianismo se vai institucionalizando, saindo das Catacumbas e sendo religião do poder imperial tudo vai ser feito para apagar esse período e recriar uma nova religião Institucional e poderosa. uma das grandes referências dessa mudança é Santo Agostinho ou Agostinho de Hipona, (havendo outros anteriormente), mas não com a mesma importância deste, considerado dos primeiros doutores da igreja. Apenas meu singelo contributo.
José Vaz muito obrigada pelo comentário. É muito bom aprender desta forma ;)
Olá José Vaz esse período tem a ver com os chamados gnósticos?
Olá José Roberto. Sim, também, mas o Gnosticismo é apenas uma pequena parte da turbulência que o Cristianismo Primitivo viveu fortemente até ao concílio de Niceia, 325 dc, convocado pelo imperador Constantino parcialmente convertido ao Cristianismo, ;) Ele pretendia por ordem e hierarquia no caos que as várias seitas cristãs provocavam no Império. Esse momento foi fundamental para o crescimento e afirmação do cristianismo enquanto religião Imperial, sem esse acontecimento talvez o cristianismo se tivesse desintegrado. Isto é tema para muitos tratados e investigação mas há algo de que se " fala" pouco.
Logo após a morte de Cristo surgem 3 correntes doutrinárias base do cristianismo, (para alem de outros movimentos interpretativos delas) e só à luz delas podemos começar a entender todas essas correntes, (como o Gnosticismo), que tem raízes muito antigas vindas do pensamento Platónico da origem do Universo e das entidades Originárias.
Não me vou aqui esticar muito sobre isso mas apenas uma pista, (pouco Falada), os cristãos primitivos na base, dividiam-se em 3 grandes grupos.
1º Os que acreditavam em Cristo como ser Divino, filho de Deus, 2º os que acreditavam que ele nasceu como homem comum e encarnou a divindade, 3º os que não acreditavam em nada disso e apenas o aceitavam como profeta como aconteceu séculos mais tarde com o profeta Maomé.
Nestes últimos temos os Judeus e os "indecisos" :),
Pela ordem, 1º, temos os cristãos monofisitas que defendem o ponto de vista cristológico que defende que, depois da união do divino e do humano na encarnação histórica, Jesus Cristo, como encarnação do Filho ou Verbo (Logos) de Deus, teria apenas uma única "natureza", a divina, e não uma síntese de ambas. Muito simplesmente, esta corrente deu mais tarde origem ao 1º grande cisma donde surgiu o Cristianismo Ortodoxo
O monofisismo é contraposto pelo diofisismo (ou "diafisismo"), que defende que Jesus preservou em si as duas naturezas.
2º, Como anteriormente referi, temos uma outra corrente, o Diofisismo que afirmava que Cristo existiu como duas pessoas distintas: a humana, Jesus e, a divina, Logos (Cristo). Depois do Concílio de Calcedônia, em 451 d.C., os diofisitas estão na origem da Igreja católica do ocidente.
Conclusão- É no estudo desta complexidade do Cristianismo Primitivo que talvez dentro de alguns anos possamos ter elementos para entender esses tempos e a evolução e afirmação das religiões de origem Cristã.
Já agora outra peça do enigma. Ler sobre o Zoroatrismo e Zoroastro.
E mais não escrevo pois está longo este texto :) Obrigado José Roberto
Obrigado José, muito esclarecedor. Já li alguma coisa sobre o esoterismo cristão mas não cheguei a me aprofundar. Um abraço