Folia de Reis no Espírito Santo - documentário

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  • เผยแพร่เมื่อ 16 ต.ค. 2024
  • A Folia é uma tradição européia dos países de tradição católica que chegou ao Brasil, trazida pelos portugueses. Embora ainda não se tenha efetuado uma pesquisa em outras regiões onde estes festejos possam ocorrer, sabe-se que se estendem por Minas Gerais e, especialmente, no estado do Rio, havendo notícia de sua presença nos subúrbios do Rio de Janeiro. As Folias de Reis são encontradas no sul do Espírito Santo, em numerosos grupos, principalmente nos municípios de Muqui, Mimoso do Sul e Alegre. Eles geralmente se organizam nas fazendas de café e pecuária e muitos fazendeiros se orgulham das folias de seus empregados e colonos. Como as outras modalidades de reisados, brincam todos os sábados, de 6 de janeiro a 3 de fevereiro, dia de São Braz, quando termina o ciclo dos festejos natalinos. Numerosas são as Folias que se apresentam a partir do dia 6 de Janeiro em louvor aos Santos Reis Magos vindas das redondezas. A diferença com o Reis-de-Boi do norte do Espírito Santo e extremo sul da Bahia é que as Folias de Reis não têm o boi e a bicharada.
    Em alguns lugares, os proprietários rurais proibiam tais manifestações da alma popular e em alguns municípios o Delegado não deixava as Folias saírem para não enfeiar o aspecto citadino da sua região. Mas Muqui queria abraçar aquilo que a imaginação da crença pinta com sangue, os Encontros de Palhaços e as Brigas de Folias, com seus desafios e confrontos, no meio da maior confraternização. Dr. Dirceu Cardoso, apaixonado pelas Folias, instituiu oficialmente o dia do Encontro das Folias, em 1950, quando assinou a Lei decretando o Dia de Reis feriado na cidade, marcando em Muqui o primeiro grande Torneio das Folias para o ano de 1952. Seria formada uma comissão julgadora nomeada pelo Prefeito, onde cada Folia se apresentaria pelo prazo mínimo de 10 minutos.
    Em 1950 e 1951 apenas reuniu as Folias locais, premiando pessoalmente os Mestres com cortes de tecido. Em 1951 contou com a presença da Folia dos Andes, com o Palhaço Chiquinho, encantando a todos com sua “Dança das Facas”, e com as Folias de Rio Claro e Boa Esperança. Em 1952 o Torneio foi muito mais animado, organizado e vibrante. A premiação foi oferecida por vários patrocinadores da cidade, o que atraiu muitas Folias, iniciando assim uma nova era do Folclore local. Em 1952 o Palhaço vencedor foi Chiquinho dos Andes, com sua “Dança Apanha Café” e a “Dança das Facas”. A Cia Antártica ofereceu cinco caixas de “caçula” para os participantes. Assim iniciaram-se os Torneios.
    Cada grupo é formado por 11 elementos representando os apóstolos, 1 Mestre da folia, um tipo de líder espiritual e 2 Palhaços, que representam Herodes e os soldados que perseguiram o Menino Jesus. Procuram se esmerar sob seus disfarces com lindas e exóticas fantasias adornadas com pêlos, ossos e muito brilho. Usam cetim nas cores azul, verde, vermelho e amarelo, com chapéus e andores enfeitados com fitas e pedacinhos de espelho. Os Palhaços usam roupas de chitão com estampas coloridas, túnica de babados e máscaras com couro de cabra, tudo feito por eles mesmos.
    A principal característica das Folias são as figuras dos Palhaços, com grotescas máscaras, saracoteando à frente dos foliões e, segundo o povo, "são os espiões de Herodes". As belas e estranhas, às vezes assustadoras, máscaras dos Palhaços chamam a atenção e por isso costumam ser alvo de fotografias por sua rica estranheza.
    Além das violas, da sanfona e da voz em lamento, as conhecidas “toadas”, seguem um ritmo que foi adotado pelas escolas de samba. Ao som do bumbo, do surdo e do tarel e também do violão, usam pandeiros e triângulos, ritmando o dançar do Palhaço e também a tira dos desafios.
    Os grupos desfilam em procissão pela cidade e, um a um, dirigem-se enfileirados para a bênção na Matriz, exclusivamente reservada para receber as equipes das Folias, acompanhados pelo povo, visitantes e turistas encantados com tanta originalidade. Porém os Palhaços não podem entrar na igreja, pois representam o mal, daí ficarem do lado de fora na hora da bênção enquanto são bombardeados pelos flashes das máquinas fotográficas dos espectadores.
    Algumas famílias locais são pré-determinadas para receber cada uma destas folias após a bênção na igreja, colocando em sua porta uma bandeira e servindo cada qual um gostoso lanche para o grupo que hospeda, durante o qual os Palhaços fazem demonstrações, cantam e recitam, esperando uma pequena recompensa. Quanto mais o Palhaço pretende ganhar um dinheirinho, mais ele canta, dança, recita e faz piruetas.
    Estado do Espírito Santo, Brasil
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    Esta publicação é totalmente para fins educativos, não contendo nenhum objetivo de lucro.
    ✡Rony Kely Marques ronyhistoriador@gmail.com
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