UND 2025 - Onde a RUA vira encanto: crianças, futuro ancestral e carnaval no Unidos na Dica

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  • เผยแพร่เมื่อ 29 ม.ค. 2025

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  • @unidosnadica
    @unidosnadica  8 วันที่ผ่านมา +3

    Sinopse 2025: ONDE A RUA VIRA ENCANTO: CRIANÇAS, FUTURO ANCESTRAL E CARNAVAL NO UNIDOS NA DICA
    Reféns do consumismo e confinadas entre muros físicos e imaginários, erguidos com a dureza de concretos, preconceitos e medos, a CRIANÇADA da cidade do Rio de Janeiro têm perdido a RUA como espaço de interação, brincadeiras e produção de saberes, o que compromete o futuro e descolore a vida. Em poucos locais dessa cidade partida e excludente, CRIANÇAS ainda podem experimentar a RUA como universo do encanto e encontro de tradições, de cirandas, marimbas e inventos. Um desses locais em que a tradição resiste é a distante Urucânia, conjunto habitacional que dá vida ao Unidos na Dica e tem história pra contar a partir das lembranças infantis que possibilitam FUTURO ANCESTRAL.
    FUTURO ANCESTRAL? Na cultura centro-africana, com predominância do pensar Bantu, crianças são o Sol Vivo. Os pequeninos seres das sociedades, a partir daí, são a esperança de continuidade de uma comunidade, de uma tradição. Por isso, nas sociedades bakongo a kindezi, a arte de cuidar, brincar, ouvir e falar com CRIANÇAS, possui tamanha importância, uma vez que é a partir delas que esse novo Sol Vivo vai se tornar conhecedor das histórias e perpetuará o legado da tradição. Aliás, Zeca nos disse que a tradição é lanterna. Vem do ancestral, é moderna.
    E na Urucânia a tradição é RUA, festejos e brincadeiras. Cultura de fresta. Resistência cultural! Nestas RUAS, que tem futebol no campo da 15 ou no Beira Rio, queimado na 16A sem saída, amarelinha na rua 24, pique esconde no Caldeira, pique bandeirinha na rua 32, bola de gude e peão na 30, vôlei no Brizolão, mamãe mandou em qualquer calçada, jogos de tabuleiro, RPG, melequento sem banho empinando pipa - que em todo canto colore o céu - molecada pegando jamelão, goiaba ou manga, hoje tem menos, pela imposição da cidade como espaço de trabalho dos adultos e circulação de mercadorias - que é prisão para as CRIANÇAS - mas ainda tem. Há vida e FUTURO nestas esquinas. Seremos, nós, uma ilha de resistência e encantamento da vida?
    Dia de Cosme e Damião era correria pra lá e pra cá, pra festejar os santos meninos. Ibejis, Eres, CRIANÇADA. Atrás de mais um saquinho, apostava corrida e virava herói da velocidade. Rua 16A era fila na certa. Dava voltas no retorno do terreiro de Mãe Regina d’Yemanjá. Sim, a nossa! Com Crispim, Crispiniano, Lucinha, Rosinha, Mariazinhas, Pedrinhos e tantas pedras miúdas, tradição que marcou a história do conjunto e desta RUA e que conflui com nossa história e com nosso amanhã. Ainda tem CRIANÇADA. Ainda tem RUA. Ainda tem brincadeira. Ainda tem moleca descalça correndo atrás de doce e terreiro festejando ibejis. Ocupar a rua é proposta do Unidos na Dica, que se orgulha, comemora e tem memória do FUTURO! Vamos brincar de roda. Correr, pular corda e encher essas RUAS de confetes e serpentinas. Porque Cosme é nosso amigo e pediu a seu irmão Damião, pra reunir a garotada e proteger nosso amanhã.
    Do meu pé de laranja-lima que resiste à fumaça da fábrica, aos encantos de um chocalho que remexe e encontra saci-pererê, cuca, curupira, mula sem cabeça, iara, boto-cor-de-rosa, boitatá, caipora, lobisomem, vitória-régia, corpo-seco, tutu, guaraná e mandioca. Tem encanto que a RUA brasileira pode ser se você souber cantar, dançar e tocar tambor. Tem menino que na casa de santo ou na roda de samba mistura sua pele a de um tambor. Trajes vestem a canção e brilhos nascem das mãos do menino, no rum, no rumpi ou no agogô. A menina dança e canta. Faz poesia e resiste aos monstros de rodas com inventividade.
    Rua com gente é poesia, é festa, é encontro. Rua com CRIANÇA é ANCESTRALIDADE DE FUTURO. Reúna a meninada e brinque com o que a RUA lhe dá. Faça ciranda e empine a pipa. Seja um pequenino que toca o rebu, que faz da RUA sua imaginação preferida. Menino ou menina, descalço ou de chinelo, que pode ser golzinho e se transformar em Maracanã; garoto ou garota; fedelha ou pivete; baixinho, russinho, negrinha; erê ou Ibeji; curumim, bacuri e caboclinha. Brincante que zomba da morte com o corpo que faz o passinho e dribla, e vive, e chora, e grita o nome de quem achou no pique-esconde. Percussionista ou passista. Pedro Bala, Macunaíma ou Mônica. Herói ou só CRIANÇA melequenta que chora, mas vibra!
    A RUA é sua, é nossa, é coletiva e festiva, é das CRIANÇAS. E não pode deixar de ser! O Sol Vivo dos bantus é preciso proteger. O UND reivindica: RUA também é lazer pra poder FUTURO ter. Pula corda sindolelê, pula corda sindolalá... quem não sabe pular corda, não sabe sapatear - ou sambar. A pedagogia da esquina precisa de uma CRIANÇA para nunca deixar de ser. Num Brasil popular que este bloco se junta, carnaval e CRIANÇA são FUTURO em disputa. Ambos precisam da RUA e na RUA precisam se ver, se ter, pra poder viver. Tem megaevento pra lá, shopping centers e vicio em telas pra cá, mas se o bumbo tocar, CRIANÇA vai dançar, pular numa perna só, cantar e brincar carnaval, protegendo o que o amanhã pode ser. Há FUTURO ANCESTRAL desde que a parteira te viu nascer... então bote a fantasia do seu herói preferido que a folia neste RUA vai acontecer. A arte, das CRIANÇAS brasileiras, com brincadeira, inocência e alegria, herança popular de um caldeirão cultural, que tem festa, brincadeiras, movimento da massa e Unidos na Dica na RUA, veio pra tirar o desencanto da cidade, da comunidade e de você!

  • @joaquimjosegermano2528
    @joaquimjosegermano2528 8 วันที่ผ่านมา +2

    Guilherme Guilhermino esse é o menino,é sensacional.

  • @andrelgermano
    @andrelgermano 8 วันที่ผ่านมา +1

    Incrível!

  • @keygoncalves
    @keygoncalves 8 วันที่ผ่านมา +3

    Eu amei fazer parte dessa história!!! ❤❤