Mestre, acompanhei o vídeo atentamente, cada segundo, pois já acompanho o trabalho do senhor e sempre vejo excelência. Contudo, da forma que foi exposta, dá a entender que não existe nenhuma indicação de que as fias do cinto pressionam as veias e dificultam o retorno sanguíneo venoso. De fato, as explicações colocas estão corretas, mas acredito ter faltado algum detalhe. Sou graduado em enfermagem já há alguns anos, e praticamente o mesmo tempo tenho de capacitação e atuação na área de trabalho e resgate técnico em altura. Sendo objetivo: a depender da posição em que o trabalhador estiver suspenso, modelo do cinturão e o seu ajuste, as fitas podem sim dificultar e até impedir o retorno venoso dos membros inferiores ao coração. Se o trabalhador sofrer uma queda, e estiver ancorado pelo ponto A dorsal, ele irá ficar suspenso em inclinação para frente, de modo que as fitas na região das pernas próxima à virilha estarão sustentando boa parte do peso do trabalhador e exercendo essa força de sustentação na parte da frente da coxa (anterior), exatamente onde passam as veias femorais. Isso se agrava se o modelo de cinturão for chamado "delta", no qual as fitas das pernas são em formado diagonal, como um triângulo invertido, pois, na suspensão pós queda, essas fitas se deslocam para cima, comprimindo fortemente a "virilha". Com os cinturões nos quais as fitas das pernas são horizontais, perpendiculares as eixo longitudinal da perna, essa compressão seria menor, pois essas fitas não se deslocam tanto para a região da virilha permanecendo mais para centro da coxa, não exercendo tanta compressão da veia femoral [claro que se mal ajustado, o efeito será semelhante ao "delta"]. Se o trabalhador fica suspenso pelo ponto A peitoral, ele fica mais inclinado para traz, com a região das veias femorais mais livres. Em relação a não deitar bruscamente o trabalhador após o resgate, a explicação foi excelente. Quando o sangue fica algum tempo (poucos minutos) sem ter troca gasosa (O2/CO2), ele fica muito ácido devido ao excesso de CO2, bem como as células e os músculos começam a liberar toxinas diversas, que de fato envenenam o coração, podendo levar à arritmias até mortais, bem como envenenam os rins (que iram ficar sobrecarregados ao filtrarem essas toxinas), e o fígado. A depender do tempo de suspensão, podem surgir até coágulos, trombos e êmbolos, que iram obstruir pequenas veias e artérias, inclusive do coração, causando infarto (falta de O2 devido obstrução das artérias cardíacas). Fora do Brasil já é muito difundido o uso de equipamentos auxiliares que são usados pelo trabalhador quando este sofre uma queda. O princípio de uso e funcionamento é que, após um queda, o trabalhador estenda um fita tipo "pedaleira", com a qual ele pode, pelo menos, ficar em pé, de forma que as fitas do cinto não irão pressionar suas veias femorais. Desculpe o logo texto, não sou bom em resumos. kkkk. Com todo respeito! Grato pelo vasto conhecimento de qualidade que o sr nos transmite.
O argumento de que a posição de suspensão pode provocar a compressão dos vasos sanguineos funciona como um cobertor curto, cobre de um lado e descobre do outro. Se esse argumento fosse válido os esportistas não enfrentariam a síndorme da suspensão inerte, e a realidade é oposta a isso. A maior parte dos estudos foram feitos sobre as atividades esportivas, em que o modelo do cinturão coloca o usuário em uma posição sentada, e a síndrome é um problema real para eles. Você não deve se basear apenas na minha aula para renovar o seu conhecimento. Deve usar como base a documentação que eu indiquei, que é apenas uma fração do que existe disponível na internet. Ajude a corrigir os equívocos desse tema e cessar os erros perpetuados no nosso mercado. Bons estudos!
Vou devorar seus conteúdos, são muito bons para o crescimento pessoal e profissional são todos muito bons. Penso se eu posso passa 2hs assistindo um filme porque não assistir coisas relacionadas a minha atuação na minha área profissional e evoluir. Obrigado e sucesso!
Ótima aula, muito obrigado. Realizo trabalho em altura e a importância do planejamento do resgate é ignorada pelas empresas, já vi Permissão de trabalho onde a parte da equipe de resgate é colocado corpo de bombeiros a 56 km do local.
Parabéns mestre ,o seus ensinamentos me foram e são de muita ajuda ,pois tenho que muitas vezes apontar fontes seguras de pesquisa em determinados assuntos, e você sempre com assuntos pertinentes e muito esclarecedores para nós profissionais da área de segurança do trabalho ,técnicos em enfermagem , bombeiros entre outros...Obrigado ,continue esse ser humano humilde ajudando a todos que buscam mais conhecimento.
Obrigado Luis! E esse tema não é fácil. Os equívocos sobre esse assunto são tão arraigados no mercado brasileiro, que muitos não aceitam que sejam corrigidos.
Esses dias estava pendurado fazendo pontos de ancoragem e fiquei pensando sobre o assunto, se as fitas do cinto são o causador do problema eu não poderia demorar muito tempo pendurado KKK, aí algum tempo depois encontro o Sr. com uma visão diferente e muito convincente sobre o assunto, parabéns e muito obrigado por dividir seus conhecimentos técnico.
Excelente abordagem Spinelli. Bom seria se todos os colegas da área que vivenciam estes cenários buscassem se capacitar devidamente para evitar possíveis fatalidades, tento de forma preventiva quanto emergencial. Parabéns! Siga firme nesse propósito de ensinar e conscientizar nossa comunidade prevencionista. Abraços!
Luiz, obrigado por dedicar seu tempo para trazer conteúdos riquíssimos de informação. Nas grande informações do seu vídeo, me chamou a atenção no momento que você explicar em relação a circulação sanguínea quando na posição do corpo na horizontal (veias, artérias e coração). No setor elétrico tenho percebido o uso de cinturões de segurança, onde o mosquetão e conectado no ponto de retenção de queda (peitoral) e no ponto umbilical! Onde o trabalhador quando numa posição inerte ele fica numa posição quase horizontal igual a imagem que esta em seu conteúdo. Penso que você acabou me esclarecendo alguns questionamentos que fiz e não conseguiram me responder.
Uma posição com o tronco mais na horizontal não resolve o problema da síndrome da suspensão inerte. Porque as pernas, com a musculatura relaxada, estão abaixo da altura do coração, por isso, a maior parte das pesquisas sobre a síndrome se focaram nas atividades esportivas, em que o esportista inconsciente fica nessa posição. Com relação a retenção de queda, desaconselho inventar. Os pontos de conexão são específicos, sempre localizados nas partes altas e centrais. Mudar isso pode colocar o trabalhador em risco no momento da retenção da queda.
Não. É fato que quanto mais vertical estiver o corpo maior será o problema, mas a maior parte das pesquisas sobre a Síndrome da Suspensão Inerte focaram nas atividades esportivas, com os modelos esportivos de cinturão. E o problema é igualmente grave.
Então pelo que entendi o maior problema esta relacionado em fatores adicionais como condições de saúde , tempo de exposição, mal posicionamento do equipamentos
Esclarecedor mestre
Legal! Obrigado Tiago!
Mestre, acompanhei o vídeo atentamente, cada segundo, pois já acompanho o trabalho do senhor e sempre vejo excelência. Contudo, da forma que foi exposta, dá a entender que não existe nenhuma indicação de que as fias do cinto pressionam as veias e dificultam o retorno sanguíneo venoso. De fato, as explicações colocas estão corretas, mas acredito ter faltado algum detalhe. Sou graduado em enfermagem já há alguns anos, e praticamente o mesmo tempo tenho de capacitação e atuação na área de trabalho e resgate técnico em altura. Sendo objetivo: a depender da posição em que o trabalhador estiver suspenso, modelo do cinturão e o seu ajuste, as fitas podem sim dificultar e até impedir o retorno venoso dos membros inferiores ao coração. Se o trabalhador sofrer uma queda, e estiver ancorado pelo ponto A dorsal, ele irá ficar suspenso em inclinação para frente, de modo que as fitas na região das pernas próxima à virilha estarão sustentando boa parte do peso do trabalhador e exercendo essa força de sustentação na parte da frente da coxa (anterior), exatamente onde passam as veias femorais. Isso se agrava se o modelo de cinturão for chamado "delta", no qual as fitas das pernas são em formado diagonal, como um triângulo invertido, pois, na suspensão pós queda, essas fitas se deslocam para cima, comprimindo fortemente a "virilha". Com os cinturões nos quais as fitas das pernas são horizontais, perpendiculares as eixo longitudinal da perna, essa compressão seria menor, pois essas fitas não se deslocam tanto para a região da virilha permanecendo mais para centro da coxa, não exercendo tanta compressão da veia femoral [claro que se mal ajustado, o efeito será semelhante ao "delta"]. Se o trabalhador fica suspenso pelo ponto A peitoral, ele fica mais inclinado para traz, com a região das veias femorais mais livres. Em relação a não deitar bruscamente o trabalhador após o resgate, a explicação foi excelente. Quando o sangue fica algum tempo (poucos minutos) sem ter troca gasosa (O2/CO2), ele fica muito ácido devido ao excesso de CO2, bem como as células e os músculos começam a liberar toxinas diversas, que de fato envenenam o coração, podendo levar à arritmias até mortais, bem como envenenam os rins (que iram ficar sobrecarregados ao filtrarem essas toxinas), e o fígado. A depender do tempo de suspensão, podem surgir até coágulos, trombos e êmbolos, que iram obstruir pequenas veias e artérias, inclusive do coração, causando infarto (falta de O2 devido obstrução das artérias cardíacas). Fora do Brasil já é muito difundido o uso de equipamentos auxiliares que são usados pelo trabalhador quando este sofre uma queda. O princípio de uso e funcionamento é que, após um queda, o trabalhador estenda um fita tipo "pedaleira", com a qual ele pode, pelo menos, ficar em pé, de forma que as fitas do cinto não irão pressionar suas veias femorais. Desculpe o logo texto, não sou bom em resumos. kkkk. Com todo respeito! Grato pelo vasto conhecimento de qualidade que o sr nos transmite.
O argumento de que a posição de suspensão pode provocar a compressão dos vasos sanguineos funciona como um cobertor curto, cobre de um lado e descobre do outro. Se esse argumento fosse válido os esportistas não enfrentariam a síndorme da suspensão inerte, e a realidade é oposta a isso. A maior parte dos estudos foram feitos sobre as atividades esportivas, em que o modelo do cinturão coloca o usuário em uma posição sentada, e a síndrome é um problema real para eles. Você não deve se basear apenas na minha aula para renovar o seu conhecimento. Deve usar como base a documentação que eu indiquei, que é apenas uma fração do que existe disponível na internet. Ajude a corrigir os equívocos desse tema e cessar os erros perpetuados no nosso mercado. Bons estudos!
Vou devorar seus conteúdos, são muito bons para o crescimento pessoal e profissional são todos muito bons. Penso se eu posso passa 2hs assistindo um filme porque não assistir coisas relacionadas a minha atuação na minha área profissional e evoluir. Obrigado e sucesso!
Obrigado Ronaldo!
Muito interessante as pesquisas e argumentos, obrigado por compartilhar!
Obrigado pelo comentário!
Ótima aula, muito obrigado. Realizo trabalho em altura e a importância do planejamento do resgate é ignorada pelas empresas, já vi Permissão de trabalho onde a parte da equipe de resgate é colocado corpo de bombeiros a 56 km do local.
Obrigado Bruno! Assista a minha aula sobre o tema Emergência.
Parabéns mestre ,o seus ensinamentos me foram e são de muita ajuda ,pois tenho que muitas vezes apontar fontes seguras de pesquisa em determinados assuntos, e você sempre com assuntos pertinentes e muito esclarecedores para nós profissionais da área de segurança do trabalho ,técnicos em enfermagem , bombeiros entre outros...Obrigado ,continue esse ser humano humilde ajudando a todos que buscam mais conhecimento.
Obrigado Luis! E esse tema não é fácil. Os equívocos sobre esse assunto são tão arraigados no mercado brasileiro, que muitos não aceitam que sejam corrigidos.
Esses dias estava pendurado fazendo pontos de ancoragem e fiquei pensando sobre o assunto, se as fitas do cinto são o causador do problema eu não poderia demorar muito tempo pendurado KKK, aí algum tempo depois encontro o Sr. com uma visão diferente e muito convincente sobre o assunto, parabéns e muito obrigado por dividir seus conhecimentos técnico.
Fico feliz em saber que foi útil!
Excelente abordagem Spinelli.
Bom seria se todos os colegas da área que vivenciam estes cenários buscassem se capacitar devidamente para evitar possíveis fatalidades, tento de forma preventiva quanto emergencial.
Parabéns!
Siga firme nesse propósito de ensinar e conscientizar nossa comunidade prevencionista.
Abraços!
Obrigado Adriano!
Muito bom, surpreendedo sempre com ecelencia!
Obrigado Alberto!
Parabéns e muito obrigado pela excelente didática e informações repassadas.....👏👏👏👏
Obrigado José!
Luiz, obrigado por dedicar seu tempo para trazer conteúdos riquíssimos de informação.
Nas grande informações do seu vídeo, me chamou a atenção no momento que você explicar em relação a circulação sanguínea quando na posição do corpo na horizontal (veias, artérias e coração). No setor elétrico tenho percebido o uso de cinturões de segurança, onde o mosquetão e conectado no ponto de retenção de queda (peitoral) e no ponto umbilical! Onde o trabalhador quando numa posição inerte ele fica numa posição quase horizontal igual a imagem que esta em seu conteúdo. Penso que você acabou me esclarecendo alguns questionamentos que fiz e não conseguiram me responder.
Uma posição com o tronco mais na horizontal não resolve o problema da síndrome da suspensão inerte. Porque as pernas, com a musculatura relaxada, estão abaixo da altura do coração, por isso, a maior parte das pesquisas sobre a síndrome se focaram nas atividades esportivas, em que o esportista inconsciente fica nessa posição. Com relação a retenção de queda, desaconselho inventar. Os pontos de conexão são específicos, sempre localizados nas partes altas e centrais. Mudar isso pode colocar o trabalhador em risco no momento da retenção da queda.
que aula! obrigado !
Disponha Wilson!
Gratidão Professor 👏👏
Disponha Alair!
O cinto tipo alpinista é mais seguro em relação ao risco apresentado?
Não. É fato que quanto mais vertical estiver o corpo maior será o problema, mas a maior parte das pesquisas sobre a Síndrome da Suspensão Inerte focaram nas atividades esportivas, com os modelos esportivos de cinturão. E o problema é igualmente grave.
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Obrigado Fernando!
Então pelo que entendi o maior problema esta relacionado em fatores adicionais como condições de saúde , tempo de exposição, mal posicionamento do equipamentos
O maior problema é a posição do corpo e a inatividade muscular. Os outros fatores são agravantes.