O Carnaval de Lazarim, 2003

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  • เผยแพร่เมื่อ 20 ก.ย. 2024
  • “O Carnaval significa o adeus à carne Carnavallis, e marca o início da Quaresma”. Padre Agostinho Ramalho (Bigornes, 1964).
    “O significado desta quadra festiva é para mim gozo e prazer, mas o significado histórico já vem da Idade Média e mistura o profano com o religioso”. Norberto Castro Carvalho (Lazarim, 1961).
    “O profano e o religioso estão intercalados neste ciclo, través dos peditórios de carne para Santo António e Nosso Senhor (…) O Entrudo é o fim da carne. Esse peditório era feito durante a semana das comadres se dos compadres e eram vendidos em hasta pública frente à igreja para quem quisesse comprar, para depois ir para a feijoada e para o caldo de farinha”. Amândio Lourenço (Lazarim, 1953).
    “O Carnaval já nasceu connosco e já os velhos faziam isso, mas o Carnaval era mais rigoroso nesse tempo, o pessoal não era tão educado. (…) Porque às vezes o Carnaval durava mais de um ano pelos tribunais”. José Rua (Lazarim, 1920).
    “Desde meados de Janeiro que as coisas já começam a funcionar, já começamos a trabalhar todas para o Carnaval, tanto para o domingo como para a terça-feira e tudo isto faz as pessoas moverem-se, andarem interessadas. É uma vivência que está dentro das pessoas”. Isabel Loureiro (Lazarim, 1978).
    “Todos os anos saíamos mascarados … então o Leonel aparece lá com um diabo pintado, era uma máscara das mais antigas. … A partir daí comecei a fazer, gostei daquilo, por acaso foi, foi mesmo um gosto”. Adão de Castro Almeida (Lazarim, 1962).
    “Comecei na Telescola a fazer máscaras de papel. Depois de madeira, uma coisa simplesinha, e daí para a frente fui-me incentivando, e o próprio presidente da Junta foi-nos incentivando para fazer, e venho fazendo máscaras há 17 anos”. Costinha (Vila nova de Gaia, 1974).
    “Naquele tempo não havia dinheiro para comprar máscaras de plástico, nem plástico havia, que eram de cartão. Mas já existia isto, sem ser eu, isto não vem de mim, já vem de tradição antiga. E como eu não tinha dinheiro e queria brincar ao Carnaval resolvi fazer de madeira”. Afonso Almeida e Castro (Lazarim, 1926-2012).
    “As máscaras têm que lá estar mas o ritual é mais importante. (…) é nesta época que vão ser descritos, os defeitos, e é tudo escrito em verso. Dá muito trabalho e requer uma certa imaginação”. Márcia Castro Almeida (Lazarim, 1981).
    “A terça-feira é vivida de uma outra maneira há um confronto entre rapazes e raparigas uma satisfação, também nos queremos mostrar um bocadinho, para verem entre rapazes e raparigas quem é que tem mais criatividade. É um sentimento que é nosso, é próprio, não dá para explicar”. Paulo Loureiro (Lazarim, 1977).
    “Nos testamentos, as raparigas fazem um compadre dirigido aos rapazes e os rapazes uma comadre às raparigas. São duas figuras mitológicas que vão ter o seu fim no calvário da cruzinha. Como vão ter o seu fim vão dividir os seus haveres que acabam por ser simbólicos, que é o burro e a burra. Os rapazes repartem o burro no testamento às comadres e as raparigas repartem a burra pelos rapazes”. Amândio Lourenço (Lazarim, 1953).
    “Quando rebentam, para mim representa o encerramento do que de bom se tinha passado para trás, é a morte do compadre e da comadre, quer dizer que a partir desse momento a vida volta à normalidade, o Carnaval acaba ali”. Paulo Loureiro (Lazarim, 1977).
    Pesquisa da antropóloga Dulce Simões, realizada em 2003. Artigo disponível aqui:
    run.unl.pt/bit...

ความคิดเห็น • 1

  • @AnaMarques-rr2rw
    @AnaMarques-rr2rw 2 ปีที่แล้ว

    Me gustaría que pusieras más cosas de barrancos