Excelente vídeo, professor. Parabéns pela paciência de lidar com os detratores. Existe uma tentativa muito estranha, nesse meio "católico", de deslustrar o tomismo. O que é estarrecedor que isso ocorra exatamente no momento em que o mundo mais precisa de São Tomás. Eu penso que esse pessoal acaba fazendo o jogo dos inimigos da igreja. Abraços fraternos.
3 หลายเดือนก่อน +17
Caro Francisco, eu não saberia dizer melhor do que você o que acaba de dizer. É isso mesmo, e muito obrigado.
Tenho muito respeito por Santo Tomás, mas acho engraçado esse comportamento dos tomistas, repetido no seu comentário, de enxergar uma perseguição generalizada contra o próprio grupo. Apesar de ser uma cosmovisão super popular, não só na Igreja como também na internet católica, persiste a ideia de que é uma filosofia marginalizada e atacada injustamente. Estou acompanhando as discussões levantadas pelos Lulianos, do Matheus Fugita e do Carlos Alberto, que partiram em defesa de Duns Scot. Parecem questionamentos completamente justos equilibrados ao Sr. Nougué, não entendo essa perspectiva de "vítima".
@@tfagundes 1. Santo Tomás é de certo mais popular que seus pares escolásticos dentro e fora da Igreja. No entanto, é fato que, fora da Igreja, a filosofia mainstream, a modernidade em geral, é extremamente crítica e adora achincalhar o tomismo (e a filosofia cristã dum modo mais amplo). Creio que o comentário acima apenas lamenta que haja algo parecido no ambiente interno da Igreja. 2. Nem Fugita, nem o Carlos têm sido exatamente honestos em suas críticas. Dou um exemplos: no penúltimo vídeo do Fugita, ele exprime a causa da condenação ou censur@ feita inicialmente a Sto. Tomás com a palavra "antiagostinianismo", usando esta para substituir "excesso de aristotelismo". A troca de termos é capciosa: um católico tenderá a ver de maneira atenuada uma condenação baseada em teses contrárias às de Sto. Agostinho. Pois bem: eu postei num comentário trechos de um certo Robert de Courçon, cardeal e Chanceler da Universiade de Paris à época de Alberto Magno e da reinserção de Aristóteles no ocidente, em que ele, o clérigo, proibe a leitura das obras científicas e metafísicas de Aristóteles na Universidade. Esse foi espírito responsável pela posterior censur@ imposta a Sto. Tomás, assim como está por trás do Sínodo de 1210 que que decidiu por excluir do currículo universitário as obras do Estagirita (ou seja Aristóteles). Numa palavra, os agostinianos daqueles dias (pois deles partiu a censura), seja por incompreensão, seja por diferenças filosóficas entre Aristóteles e o platônico Agostinho, interpretaram o aristotelismo como antiagostiniano, de modo que tanto faz dizer que Alberto Magno e Tomás foram coibidos pelo seu viés aristotélico ou antiagostinianismo. Essa troca de termos, do modo como foi feita (isto é, primeiro negando que tenha relação com Aristóteles a condenação, e depois afirmando, no lugar disso, que a causa da mesma era "ser contra Agostinho"), não é honesta.
Muito certeiro, professor! As Condenações de Paris foram determinantes para o destino do tomismo. Especificamente essa questão de atribuir à matéria prima um ato entitativo próprio tem motivações teológicas que eram levantadas pelo agostinismo filosófico contra a utilização de Aristóteles em sede teológica. Concretamente se discutia como seria possível dizer em sentido forte (simpliciter) que o corpo de Cristo no sepulcro continuava ainda sendo o corpo do Senhor, pois na visão de Aristóteles um cadáver só se diz "per accidens" corpo de alguém. A proposição 17 de Tempier diz explicitamente: "Quod non contingit corpus corruptum redire idem numero, nec idem numero resurget." Já na proposição 3 das Condenas de Oxford, ocorridas alguns dias depois, afirma-se: "quod nulla potentia activa est in materia." A solução Fransciscana para esta dificuldade foi dizer que a matéria prima possui um ato entitativo próprio distinto da atualidade que lhe confere a forma. No meu pequeno canal aqui no YT, gravei um vídeo explicando outras "dificuldades" que Tempier tentou resolver com sua canetada...
Não sei quais são as objeções dos escotistas do TH-cam, mas tampouco importa: belíssima refutação desses dois pontos. O senhor tem o dom de ensinar aquilo de mais complexo sem deixar dúvidas nos ouvintes. Obrigado, professor!
Gostaria de fazer uma observação. Pode ser que eu esteja completamente errado, ainda mais que, para mim, isso é sinal de um mundo pré-apocaliptico, mas não vou entrar nesse detalhe. Eu, como não sou nativo digital, considero que a internet adoeceu as pessoas. Não faz parte da natureza humana esse tipo exclusivo de relação. Não há um único grupo tradicionalista no whatsapp que eu ja tenha participado no qual não tenha ocorrido alguma baixaria. Para piorar, resolveram criar contendas até com posições filosóficas católicas. É o detalhe, do detalhe. São obsessões inexplicáveis. Muitas das vezes partindo de adolescentes, com essa necessidade natural de pertencimento, que se torna um fanatismo por pertencer a uma facção. Acho que a solidão a que são submetidos explique algo.
Professor, uma pergunta. Dentre aqueles que defendiam a harmonia entre fé e razão com certa confusão, se enquadra Santo Anselmo da Cantuária? Em especial em seu livro "Monologion". Pois lá ele parece tentar provar a Visão Beatifica e a Trindade a partir da razão. Talvez seja possível ser benigno com Santo Anselmo dizendo que no livro o que ele faz na verdade era um exercício metodológico, onde após ter recebido os dados da revelação, parte-se em uma sessão de sorites para mostrar que esses mesmos dados não contradizem a razão. Seja como for, não quero aqui diminui-lo, tanto que o escolhi como santo padroeiro na crisma. Me corrija se eu estiver errado. Desde de já agradeço professor!
3 หลายเดือนก่อน +4
A explicação benigna que você dá é justamente a do Padre Penido. Eu porém creio que ele fosse, como todos então, influído pelo neoplatonismo, no qual se tem de algum modo essa confusão. Mas sem dúvida é um dos maiores doutores de todos os tempos. Além do mais, parece que não conheceu as obras maiores de Aristóteles. Um abraço grande.
Não entendo esse pessoal que quer se afastar do tomismo e abraçar Duns Scotus, São Boaventura e outros. A Igreja já abraçou o tomismo como "filosofia comum da igreja", isso para mim já basta para ser seguidor do Santo Doutor!
@@Petrus_RomaSeu pensamento faria com que todas as ordens e pensamentos filosóficos e teológicos na Igreja, até bem mais antigos que o tomismo, fossem extintos. Inúmeros Papas foram agostinianos. O próprio Doutor Angélico foi um. Santo Agostinho, em matéria de teologia, nunca foi superado por ninguém. Sobre filosofia, pode discutir-se sem que se quebre o vínculo da caridade e da unidade da Igreja.
Olá professor, dentre os livros, qual o senhor considera o melhor livro/curso para aprender a filosofia de Santo Tomás? Tomismo - Ettiene Gilson Breve introdução ao tomismo - Cornelio Fabro Umbrais da filosofia - Alvaro Calderon Curso filosófico tomista - João de Santo Tomás Iniciação à filosofia de São Tomás de Aquino - Dominique Gardeil Estes foram os que me pareceram os melhores, mas qual deles o senhor recomendaria?
Caça click e desonestidade intelectual. Nos vídeos que falam sobre isso, atribuem a Santo Tomás teses que são, na verdade, de Franscisco Suárez. Sou doutor em Suárez e posso te garantir que estão de propósito desfigurando o pensamento tomista.
@@ronnieykeda6273 Estes dois são um bom começo: RÁBADE Romeo, Sergio. Suárez (1548-1617). Madrid Ediciones del Orto, 1997. QUILES, Ismael. Francisco Suárez Su Metafísica. Buenos Aires Depalma, 1989.
Caríssimo professor, o sr. indica a lógica da coleção de Dom Thiago Sinibaldi? Que Deus o abençoe.
3 หลายเดือนก่อน +2
Não, caro, desculpe. \Este livro, que teve sua importância, está hoje datado. Deve ler, como introdução, os Umbrales de la Filosofía, do P. Calderón; e lá por fevereiro, com o perdão da autorreferência, sairá meu Do Verbo Mental ao Verbo Escrito, sobre as duas primeiras operações do intelecto. Quanto à terceira, o Comentário de S. Tomás aos Analíticos Posteriores (há em português). Um abraço, e continuo aqui.
O senhor aceitaria um debate respeitável, com regras, com o Matheus Fugita ou Carlos Alberto sobre a superioriadade do tomismo e sobre Duns Scot?
3 หลายเดือนก่อน +22
Não Que eles escrevam livros contra Tomás e a favor de Scot (ou de quem quer que seja). Eu já cansei de fazer o oposto em livro e em cursos. Ponto final, sim? Grato.
@@nadademais.5216 rapaz, o último debate que vi e ouvi no canal de Fugita me deixou algo assustado: as constantes alternâncias entre a cordialidade (espero, sincera e fruto de uma gentileza natural) de Fugita e os coices de Carlos Alberto (um homem de grande saber filosófico, e que eu só não admiro ainda mais pela sacanagem que ele, propositadamente, está fazendo com Sto. Tomás, ainda que com o intuito nobre de espalhar e difundir outras tradições --- o Carlos conhece precisamente a diferença fundamental entre Sto. Tomás e os nomilistas, e muito melhor que eu, que careço de idade, ainda que não seja pobre em interesse, para saber o que ele já sabe) --- enfim, essa oscilação entre a hospitalidade de Fugita e as "patadas verbais" deixaram o pobre do Renzo, como a quase qualquer cristão que não tivesse um sangue de barata, doido ou desnorteado. Eu realmente fiquei de coração partido em ouvir o Renzo definhar durante o debate. O Carlos não precisa disso; assim como não precisa imputar a Sto. Tomás a paternalidade do nominalismo, que ele sabe muito bem não ser verdadeira.
@@nadademais.5216ademais, o Fugita também não está sendo honesto em muitas palavras suas. Por exemplo: no vídeo de ontem, disse ele, de maneira muito espertalhona, que a condenação ou censura feita inicialmente ao tomismo não resultava do viés aristotélico da Doutrona de Sto. Tomás, mas do antiagostianismo da mesma. O que eu fiz, num comentário, foi postar um trecho de Robert Courçon, cardeal e Chanceler, em que este sem rodeios proibia a leitura e estudo das obras de Metafísica de Filosofia Natural de Aristóteles no ambiente universitário. Ou seja: o foco da censura foi a filosofia aristotélica, que destoava ou meramente diferia em alguns pontos da agostiniana, e muitas vezes era incompreendida por agostinianos de autoridade; e assim, para estes o aristotelismo era uma espécie de antiagostinianismo, de sorte que, neste contexto, não há diferença entre dizer que Sto. Tomás foi censurado por ser "aristotélico em demasia" ou "não-agostiniano o bastante". A troca do primeiro termo pelo último é um jogo verbal capcioso, digo quase malévolo, para tornar mais aceitável, do ponto de vista de um católico, a rejeição inicial a Sto. Tomás. Ah, meu comentário simplesmente desapareceu.
@@nadademais.5216 como pode Sto. Tomás chegar junto do nominalismo, quando este nega a existência do universal, seja à parte das coisas, seja instanciado nas mesmas; enquanto Sto. Tomás, negando a primeira opção, afirma claramente a última?
PROFESSOR, O SENHOR VIU UM VÍDEO QUE UM ANTI-TOMISTA CHAMADO "MATEUS FUGITA" DIRIGIU CONTRA AS FALAS DO SENHOR SOBRE DUNS SCOTUS? O SENHOR PRETENDE RESPONDE-LO?
3 หลายเดือนก่อน +8
Não. Ele que me critique quanto quiser; é seu direito. Ponto final, sim?
ALIÁS, PROFESSOR, ESSE VÍDEO JÁ SERVE MUITO CONTRA ALGUNS ATAQUES DELE A SANTO TOMÁS. MAS O SENHOR ESTÁ CERTO, PROFESSOR. DEUS TE ABENÇOE MUITO E QUE O SENHOR CONTINUE FAZENDO ESSE TRABALHO ESPETACULAR😁
Sr. Carlos, uma dúvida. Os graus de abstração de São Tomás não deu brecha para o nominalismo?
3 หลายเดือนก่อน +7
Não existem graus de abstração; isto é invenção equivocada de Jacques Maritain. Santo Tomás fala de MODOS distintos de abstração, o que absolutamente não pode dar nenhuma margem ao nominalismo. Um abraço.
Sempre gostei de filosofia. Uma pena eu pensar em começar a ler seriamente tarde, preciso de um mentor, pois se n me engano o próprio São Tomás e Aristóteles condenavam o atuodidatismo né? kk
3 หลายเดือนก่อน +2
@@MarcoRocha-z3m Não sei exatamente se eles condenavam, mas eu, sim, condeno, por experiência própria. Um abraço.
@@jumbeer5572 minha preocupação é se os ensinamentos de Pitágoras (pelo menos nessa questão do número como forma e não apenas quantidade) estão em acordo com os ensinamentos da Igreja.
@@JovemEremita Quando Pitágoras diz que tudo é número (Arithmos) ele quer dizer que tudo é forma. E isso não contradiz a escolástica em seus princípios básicos.
@@Gustavus_Cartanus muito se fala que a matemática é a ciência da quantidade. Então como o número poderia ser forma ? Isso não é uma objeção, mas uma dúvida mesmo.
@@JovemEremita É que matemática em Mfs e em Santo Tomás são coisas diferentes. Matemática para o platonismo é algo diferente, matemática vem de Mathesis (que significa, com aspiração, doutrina).
Excelente vídeo, professor. Parabéns pela paciência de lidar com os detratores. Existe uma tentativa muito estranha, nesse meio "católico", de deslustrar o tomismo. O que é estarrecedor que isso ocorra exatamente no momento em que o mundo mais precisa de São Tomás. Eu penso que esse pessoal acaba fazendo o jogo dos inimigos da igreja. Abraços fraternos.
Caro Francisco, eu não saberia dizer melhor do que você o que acaba de dizer. É isso mesmo, e muito obrigado.
Acho isso muito estranho também.
@@Petrus_Roma Sim.
Tenho muito respeito por Santo Tomás, mas acho engraçado esse comportamento dos tomistas, repetido no seu comentário, de enxergar uma perseguição generalizada contra o próprio grupo. Apesar de ser uma cosmovisão super popular, não só na Igreja como também na internet católica, persiste a ideia de que é uma filosofia marginalizada e atacada injustamente.
Estou acompanhando as discussões levantadas pelos Lulianos, do Matheus Fugita e do Carlos Alberto, que partiram em defesa de Duns Scot. Parecem questionamentos completamente justos equilibrados ao Sr. Nougué, não entendo essa perspectiva de "vítima".
@@tfagundes 1. Santo Tomás é de certo mais popular que seus pares escolásticos dentro e fora da Igreja. No entanto, é fato que, fora da Igreja, a filosofia mainstream, a modernidade em geral, é extremamente crítica e adora achincalhar o tomismo (e a filosofia cristã dum modo mais amplo). Creio que o comentário acima apenas lamenta que haja algo parecido no ambiente interno da Igreja.
2. Nem Fugita, nem o Carlos têm sido exatamente honestos em suas críticas. Dou um exemplos: no penúltimo vídeo do Fugita, ele exprime a causa da condenação ou censur@ feita inicialmente a Sto. Tomás com a palavra "antiagostinianismo", usando esta para substituir "excesso de aristotelismo". A troca de termos é capciosa: um católico tenderá a ver de maneira atenuada uma condenação baseada em teses contrárias às de Sto. Agostinho. Pois bem: eu postei num comentário trechos de um certo Robert de Courçon, cardeal e Chanceler da Universiade de Paris à época de Alberto Magno e da reinserção de Aristóteles no ocidente, em que ele, o clérigo, proibe a leitura das obras científicas e metafísicas de Aristóteles na Universidade. Esse foi espírito responsável pela posterior censur@ imposta a Sto. Tomás, assim como está por trás do Sínodo de 1210 que que decidiu por excluir do currículo universitário as obras do Estagirita (ou seja Aristóteles). Numa palavra, os agostinianos daqueles dias (pois deles partiu a censura), seja por incompreensão, seja por diferenças filosóficas entre Aristóteles e o platônico Agostinho, interpretaram o aristotelismo como antiagostiniano, de modo que tanto faz dizer que Alberto Magno e Tomás foram coibidos pelo seu viés aristotélico ou antiagostinianismo.
Essa troca de termos, do modo como foi feita (isto é, primeiro negando que tenha relação com Aristóteles a condenação, e depois afirmando, no lugar disso, que a causa da mesma era "ser contra Agostinho"), não é honesta.
Obrigada, professor, por nos transmitir seu conhecimento.
Agradeço eu, a seu dispor.
Muito certeiro, professor! As Condenações de Paris foram determinantes para o destino do tomismo. Especificamente essa questão de atribuir à matéria prima um ato entitativo próprio tem motivações teológicas que eram levantadas pelo agostinismo filosófico contra a utilização de Aristóteles em sede teológica. Concretamente se discutia como seria possível dizer em sentido forte (simpliciter) que o corpo de Cristo no sepulcro continuava ainda sendo o corpo do Senhor, pois na visão de Aristóteles um cadáver só se diz "per accidens" corpo de alguém. A proposição 17 de Tempier diz explicitamente: "Quod non contingit corpus corruptum redire idem numero, nec idem numero resurget." Já na proposição 3 das Condenas de Oxford, ocorridas alguns dias depois, afirma-se: "quod nulla potentia activa est in materia." A solução Fransciscana para esta dificuldade foi dizer que a matéria prima possui um ato entitativo próprio distinto da atualidade que lhe confere a forma. No meu pequeno canal aqui no YT, gravei um vídeo explicando outras "dificuldades" que Tempier tentou resolver com sua canetada...
Paz e Graça Professor, sempre derramando sua sabedoria. Excelente vídeo!
Muito obrigado pela aula.
Salve Maria Santíssima 🙏
Salve, e quem agradece sou eu.
Obrigado por compartilhar seu conhecimento conosco, professor!
Às ordens, Eversson.
Bom dia Professor. Ótimo final de Semana. Muita saúde e paz. ESTÂNCIA VELHA, RS.
Desejo-lhe o mesmo, e fique com Deus.
Obrigado pela aula professor.
Agradeço eu.
Não sei quais são as objeções dos escotistas do TH-cam, mas tampouco importa: belíssima refutação desses dois pontos. O senhor tem o dom de ensinar aquilo de mais complexo sem deixar dúvidas nos ouvintes. Obrigado, professor!
Se for honesto, deveria procurar.
Parabéns pelos 41 mil inscritos!
É mesmo. Muito obrigado, André. Um abraço.
Muito claro professor. Excelente vídeo
Muito obrigado, Victor.
Excelente aula professor!!
Muito obrigado mesmo, David.
Grato por mais uma aula.
Perfeito, professor.
Muito obrigado, Rafael, com meu abraço.
Gostaria de fazer uma observação. Pode ser que eu esteja completamente errado, ainda mais que, para mim, isso é sinal de um mundo pré-apocaliptico, mas não vou entrar nesse detalhe.
Eu, como não sou nativo digital, considero que a internet adoeceu as pessoas. Não faz parte da natureza humana esse tipo exclusivo de relação.
Não há um único grupo tradicionalista no whatsapp que eu ja tenha participado no qual não tenha ocorrido alguma baixaria.
Para piorar, resolveram criar contendas até com posições filosóficas católicas.
É o detalhe, do detalhe. São obsessões inexplicáveis. Muitas das vezes partindo de adolescentes, com essa necessidade natural de pertencimento, que se torna um fanatismo por pertencer a uma facção.
Acho que a solidão a que são submetidos explique algo.
Excelente vídeo. Muito claro.
Obrigado mesmo.
Prof, poderia fazer um vídeo sobre a cegueira da mente e a sensibilidade?
Posso, sim. Muito obrigado.
Professor, uma pergunta. Dentre aqueles que defendiam a harmonia entre fé e razão com certa confusão, se enquadra Santo Anselmo da Cantuária? Em especial em seu livro "Monologion". Pois lá ele parece tentar provar a Visão Beatifica e a Trindade a partir da razão. Talvez seja possível ser benigno com Santo Anselmo dizendo que no livro o que ele faz na verdade era um exercício metodológico, onde após ter recebido os dados da revelação, parte-se em uma sessão de sorites para mostrar que esses mesmos dados não contradizem a razão. Seja como for, não quero aqui diminui-lo, tanto que o escolhi como santo padroeiro na crisma.
Me corrija se eu estiver errado. Desde de já agradeço professor!
A explicação benigna que você dá é justamente a do Padre Penido. Eu porém creio que ele fosse, como todos então, influído pelo neoplatonismo, no qual se tem de algum modo essa confusão. Mas sem dúvida é um dos maiores doutores de todos os tempos. Além do mais, parece que não conheceu as obras maiores de Aristóteles. Um abraço grande.
Não entendo esse pessoal que quer se afastar do tomismo e abraçar Duns Scotus, São Boaventura e outros. A Igreja já abraçou o tomismo como "filosofia comum da igreja", isso para mim já basta para ser seguidor do Santo Doutor!
Perfeito, caro. Isso mesmo.
Mas São Boaventura também é doutor da Igreja, não?
@@HerrDoktorMarcelino Sim, ele é. Mas só a doutrina de Santo Tomás a Igreja se fez sua, sendo ele reconhecido como "Doutor Comum da Igreja".
@@Petrus_Roma perfeitamente!!
@@Petrus_RomaSeu pensamento faria com que todas as ordens e pensamentos filosóficos e teológicos na Igreja, até bem mais antigos que o tomismo, fossem extintos. Inúmeros Papas foram agostinianos. O próprio Doutor Angélico foi um.
Santo Agostinho, em matéria de teologia, nunca foi superado por ninguém. Sobre filosofia, pode discutir-se sem que se quebre o vínculo da caridade e da unidade da Igreja.
Professor, gostaria muito de estudar Guilherme de Ockham e virar occamista, o que o senhor acha disso?
Obrigado.
Deus lhe pague.
Olá professor, dentre os livros, qual o senhor considera o melhor livro/curso para aprender a filosofia de Santo Tomás?
Tomismo - Ettiene Gilson
Breve introdução ao tomismo - Cornelio Fabro
Umbrais da filosofia - Alvaro Calderon
Curso filosófico tomista - João de Santo Tomás
Iniciação à filosofia de São Tomás de Aquino - Dominique Gardeil
Estes foram os que me pareceram os melhores, mas qual deles o senhor recomendaria?
Umbrais da filosofia.
Excelente vídeo. Comente um pouco sobre Raimundo Lullio . Tem alguns que o defendem como superior ao Tomismo.
Caça click e desonestidade intelectual. Nos vídeos que falam sobre isso, atribuem a Santo Tomás teses que são, na verdade, de Franscisco Suárez. Sou doutor em Suárez e posso te garantir que estão de propósito desfigurando o pensamento tomista.
@@prof.ivodacosta Obrigado. Poderia indicar algum tipo de leitura sobre Francisco Suárez para um leigo como eu?
@@prof.ivodacostaprove o que diz
@@ronnieykeda6273 Estes dois são um bom começo: RÁBADE Romeo, Sergio. Suárez (1548-1617). Madrid Ediciones del Orto, 1997. QUILES, Ismael. Francisco Suárez Su Metafísica. Buenos Aires Depalma, 1989.
Caríssimo professor, o sr. indica a lógica da coleção de Dom Thiago Sinibaldi? Que Deus o abençoe.
Não, caro, desculpe. \Este livro, que teve sua importância, está hoje datado. Deve ler, como introdução, os Umbrales de la Filosofía, do P. Calderón; e lá por fevereiro, com o perdão da autorreferência, sairá meu Do Verbo Mental ao Verbo Escrito, sobre as duas primeiras operações do intelecto. Quanto à terceira, o Comentário de S. Tomás aos Analíticos Posteriores (há em português). Um abraço, e continuo aqui.
Nogue, já pensou em fazer react ?
Não, não pretendo fazer. Mas obrigado pela ideia.
Ótimo vídeo, professor. O senhor já leu os sermões do Padre Antônio Vieira? Se sim, recomenda?
Muito obrigado, e, sim, claro que recomendo. São magníficos.
Professor, o que o senhor acha da FSSPX?
Muito boa.
Essa câmera é nova? A imagem está bem boa.
A iluminação é que é nova. E obrigado.
O senhor aceitaria um debate respeitável, com regras, com o Matheus Fugita ou Carlos Alberto sobre a superioriadade do tomismo e sobre Duns Scot?
Não Que eles escrevam livros contra Tomás e a favor de Scot (ou de quem quer que seja). Eu já cansei de fazer o oposto em livro e em cursos. Ponto final, sim? Grato.
Não tem motivo para perder tempo com o tolo cego e surdo. O senhor faz bem, professor.
@@nadademais.5216 rapaz, o último debate que vi e ouvi no canal de Fugita me deixou algo assustado: as constantes alternâncias entre a cordialidade (espero, sincera e fruto de uma gentileza natural) de Fugita e os coices de Carlos Alberto (um homem de grande saber filosófico, e que eu só não admiro ainda mais pela sacanagem que ele, propositadamente, está fazendo com Sto. Tomás, ainda que com o intuito nobre de espalhar e difundir outras tradições --- o Carlos conhece precisamente a diferença fundamental entre Sto. Tomás e os nomilistas, e muito melhor que eu, que careço de idade, ainda que não seja pobre em interesse, para saber o que ele já sabe) --- enfim, essa oscilação entre a hospitalidade de Fugita e as "patadas verbais" deixaram o pobre do Renzo, como a quase qualquer cristão que não tivesse um sangue de barata, doido ou desnorteado.
Eu realmente fiquei de coração partido em ouvir o Renzo definhar durante o debate. O Carlos não precisa disso; assim como não precisa imputar a Sto. Tomás a paternalidade do nominalismo, que ele sabe muito bem não ser verdadeira.
@@nadademais.5216ademais, o Fugita também não está sendo honesto em muitas palavras suas. Por exemplo: no vídeo de ontem, disse ele, de maneira muito espertalhona, que a condenação ou censura feita inicialmente ao tomismo não resultava do viés aristotélico da Doutrona de Sto. Tomás, mas do antiagostianismo da mesma. O que eu fiz, num comentário, foi postar um trecho de Robert Courçon, cardeal e Chanceler, em que este sem rodeios proibia a leitura e estudo das obras de Metafísica de Filosofia Natural de Aristóteles no ambiente universitário. Ou seja: o foco da censura foi a filosofia aristotélica, que destoava ou meramente diferia em alguns pontos da agostiniana, e muitas vezes era incompreendida por agostinianos de autoridade; e assim, para estes o aristotelismo era uma espécie de antiagostinianismo, de sorte que, neste contexto, não há diferença entre dizer que Sto. Tomás foi censurado por ser "aristotélico em demasia" ou "não-agostiniano o bastante". A troca do primeiro termo pelo último é um jogo verbal capcioso, digo quase malévolo, para tornar mais aceitável, do ponto de vista de um católico, a rejeição inicial a Sto. Tomás.
Ah, meu comentário simplesmente desapareceu.
@@nadademais.5216 como pode Sto. Tomás chegar junto do nominalismo, quando este nega a existência do universal, seja à parte das coisas, seja instanciado nas mesmas; enquanto Sto. Tomás, negando a primeira opção, afirma claramente a última?
🙏
Professor, é possível conciliar Santo Tomás com a matemática, criando assim o que podemos chamar de matemática tomista? Eu nunca li algo sobre.
Sim, mas requer uma incrível maestria em ambas as coisas. Mais ainda na matemática, devido o seu grau de dificuldade atual.
Matemática tomista propriamente, não. Mas leia meu escrito Da necessidade da física geral aristotélico-tomista, e verá uma aplicação tomista dela.
@@andresataph1672 Sim, sim.
O que você entende sobre matemática tomista? ? Por que a matemática moderna iria contra o tomismo ???? São dúvidas genuínas.
@@joaovitor-kt5rb Eu não disse nada disso, caro.
O senhor já leu "Raízes da Modernidade" do Pe. Henrique Cláudio de Lima Vaz, SJ?
danke schon
Senhor, uma pergunta: qual a concepção tomista e aristotélica de "infinito", e o "infinito" pode ser classificado como uma das 10 categorias?
Não, não pode. Infinito é por excelência o que não tem potência nem limites para nada.
Então o infinito seria apenas um conceito?
@@Petrus_Roma Não. Infinito é só Deus; e nada é mais real e concreto que Deus.
Entendi, obrigado pela resposta.
@@Petrus_Roma De nada.
Professor, o Sr. já lançou o livro de 800 páginas?
Estou terminando-o.
Vc conhece o trabalho de Mário Ferreira dos Santos?
Sim.
Quais são suas opiniões a respeito dele?
@@lhama1187 Já o disse em meu podcast com Marcelo Andrade.
Conheci seu canal recentemente, muito obrigado!
@@lhama1187 Agradeço eu.
Ah, bão!
PROFESSOR, O SENHOR VIU UM VÍDEO QUE UM ANTI-TOMISTA CHAMADO "MATEUS FUGITA" DIRIGIU CONTRA AS FALAS DO SENHOR SOBRE DUNS SCOTUS? O SENHOR PRETENDE RESPONDE-LO?
Não. Ele que me critique quanto quiser; é seu direito. Ponto final, sim?
ALIÁS, PROFESSOR, ESSE VÍDEO JÁ SERVE MUITO CONTRA ALGUNS ATAQUES DELE A SANTO TOMÁS. MAS O SENHOR ESTÁ CERTO, PROFESSOR. DEUS TE ABENÇOE MUITO E QUE O SENHOR CONTINUE FAZENDO ESSE TRABALHO ESPETACULAR😁
@@fazoXagora Deus lhe pague a gentileza.
O senhor não acha que seria válido uma resposta tua para que evite fiéis de cair em equívocos?
Sr. Carlos, uma dúvida. Os graus de abstração de São Tomás não deu brecha para o nominalismo?
Não existem graus de abstração; isto é invenção equivocada de Jacques Maritain. Santo Tomás fala de MODOS distintos de abstração, o que absolutamente não pode dar nenhuma margem ao nominalismo. Um abraço.
Entendi. Obrigado professor :)
@@MarcoRocha-z3m Às ordens.
Sempre gostei de filosofia. Uma pena eu pensar em começar a ler seriamente tarde, preciso de um mentor, pois se n me engano o próprio São Tomás e Aristóteles condenavam o atuodidatismo né? kk
@@MarcoRocha-z3m Não sei exatamente se eles condenavam, mas eu, sim, condeno, por experiência própria. Um abraço.
Poderia falar sobre o que acha de Pitágoras (principalmente quanto a ideia de que "tudo é número") ?
@@jumbeer5572 minha preocupação é se os ensinamentos de Pitágoras (pelo menos nessa questão do número como forma e não apenas quantidade) estão em acordo com os ensinamentos da Igreja.
@@JovemEremitath-cam.com/play/PL862Gsrpa-siQzTvNg13HEmMs0l5l173b.html&si=VFctGZqftRvtM0Kt
Creio que sim.
@@JovemEremita Quando Pitágoras diz que tudo é número (Arithmos) ele quer dizer que tudo é forma. E isso não contradiz a escolástica em seus princípios básicos.
@@Gustavus_Cartanus muito se fala que a matemática é a ciência da quantidade. Então como o número poderia ser forma ?
Isso não é uma objeção, mas uma dúvida mesmo.
@@JovemEremita É que matemática em Mfs e em Santo Tomás são coisas diferentes. Matemática para o platonismo é algo diferente, matemática vem de Mathesis (que significa, com aspiração, doutrina).
Duns Scot foi o início da decadência
Sem dúvida.
Mas ele acertou o dogma da imaculada Conceição de Maria
Não ouviu o que eu disse no vídeo sobre isto?
Realmente não ouvi tudo, perdão e obrigado por responder
@@Araujo-xq7rr Sem problema. De nada.