Um homem na estrada recomeça sua vida. Sua finalidade: a sua liberdade. Que foi perdida, subtraída; e quer provar a si mesmo que realmente mudou, que se recuperou e quer viver em paz, não olhar para trás, dizer ao crime: nunca mais! Pois sua infância não foi um mar de rosas, não. Na Febem, lembranças dolorosas, então. Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim. Muitos morreram sim, sonhando alto assim, me digam quem é feliz, quem não se desespera, vendo nascer seu filho no berço da miséria. Um lugar onde só tinham como atração, o bar e o candomblé pra se tomar a benção. Esse é o palco da história que por mim será contada. ...um homem na estrada. Equilibrado num barranco um cômodo mal acabado e sujo, porém, seu único lar, seu bem e seu refúgio. Um cheiro horrível de esgoto no quintal, por cima ou por baixo, se chover será fatal. Um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou. Até o IBGE passou aqui e nunca mais voltou. Numerou os barracos, fez uma pá de perguntas. Logo depois esqueceram, filha da puta! Acharam uma mina morta e estuprada, deviam estar com muita raiva. "Mano, quanta paulada!". Estava irreconhecível, o rosto desfigurado. Deu meia noite e o corpo ainda estava lá, coberto com lençol, ressecado pelo sol, jogado. O IML estava só dez horas atrasado. Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim, quero que meu filho nem se lembre daqui, tenha uma vida segura. Não quero que ele cresça com um "oitão" na cintura e uma "PT" na cabeça. E o resto da madrugada sem dormir, ele pensa o que fazer para sair dessa situação. Desempregado então. Com má reputação. Viveu na detenção. Ninguém confia não. ...e a vida desse homem para sempre foi danificada. Um homem na estrada... Um homem na estrada.. Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual. Calor insuportável, 28 graus. Faltou água, já é rotina, monotonia, não tem prazo pra voltar, hã! já fazem cinco dias. São dez horas, a rua está agitada, uma ambulância foi chamada com extrema urgência. Loucura, violência exagerado. Estourou a própria mãe, estava embriagado. Mas bem antes da ressaca ele foi julgado. Arrastado pela rua o pobre do elemento, o inevitável linchamento, imaginem só! Ele ficou bem feio, não tiveram dó. Os ricos fazem campanha contra as drogas e falam sobre o poder destrutivo dela. Por outro lado promovem e ganham muito dinheiro com o álcool que é vendido na favela. Empapuçado ele sai, vai dar um rolê. Não acredita no que vê, não daquela maneira, crianças, gatos, cachorros disputam palmo a palmo seu café da manhã na lateral da feira, Molecada sem futuro, eu já consigo ver, só vão na escola pra comer, Apenas nada mais, como é que vão aprender sem incentivo de alguém, sem orgulho e sem respeito, sem saúde e sem paz. Um mano meu tava ganhando um dinheiro, tinha comprado um carro, até rolex tinha! Foi fuzilado a queima roupa no colégio, abastecendo a playboyzada de farinha, Ficou famoso, virou notícia, rendeu dinheiro aos jornais, ham!, cartaz à policia Vinte anos de idade, alcançou os primeiros lugares... super-star do notícias populares! Uma semana depois chegou o crack, gente rica por trás, diretoria. Aqui, periferia, miséria de sobra. Um salário por dia garante a mão-de-obra. A clientela tem grana e compra bem, tudo em casa, costa quente de sócio. A playboyzada muito louca até os ossos! Vender droga por aqui, grande negócio. Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim, Quero um futuro melhor, não quero morrer assim, num necrotério qualquer, um indigente, sem nome e sem nada, o homem na estrada. Assaltos na redondeza levantaram suspeitas, logo acusaram favela para variar, E o boato que corre é que esse homem está, com o seu nome lá na lista dos suspeitos, pregada na parede do bar. A noite chega e o clima estranho no ar, e ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranqüilamente, mas na calada caguentaram seus antecedentes, como se fosse uma doença incurável, no seu braço a tatuagem, DVC, uma passagem, 157 na lei... No seu lado não tem mais ninguém. A Justiça Criminal é implacável. Tiram sua liberdade, família e moral. Mesmo longe do sistema carcerário, te chamarão para sempre de ex presidiário. Não confio na polícia, raça do caralho. Se eles me acham baleado na calçada, chutam minha cara e cospem em mim é.. eu sangraria até a morte... Já era, um abraço!. Por isso a minha segurança eu mesmo faço. É madrugada, parece estar tudo normal. Mas esse homem desperta, pressentindo o mal, muito cachorro latindo. Ele acorda ouvindo barulho de carro e passos no quintal. A vizinhança está calada e insegura, premeditando o final que já conhecem bem. Na madrugada da favela não existem leis, talvez a lei do silêncio, a lei do cão talvez. Vão invadir o seu barraco, é a polícia! Vieram pra arregaçar, cheios de ódio e malícia, filhos da puta, comedores de carniça! Já deram minha sentença e eu nem tava na "treta", não são poucos e já vieram muito loucos. Matar na crocodilagem, não vão perder viagem, quinze caras lá fora, diversos calibres, e eu apenas com uma "treze tiros" automática. Sou eu mesmo e eu, meu deus e o meu orixá. No primeiro barulho, eu vou atirar. Se eles me pegam, meu filho fica sem ninguém, e o que eles querem: mais um "pretinho" na febem. Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim, a gente sonha a vida inteira e só acorda no fim, minha verdade foi outra, não dá mais tempo pra nada... bang! bang! bang!
Essa eu aprendi ouvindo naqueles walkmans amarelinhos da feira. Ouvia até a pilha acabar... a voz ficava lenta já e eu deixava rolando. Há muitos anos não escuto, mas ainda sei quase 100% de cor.
Letra para acompanhar a música: Um homen na estrada recomeça sua vida Sua finalidade a sua liberdade Que foi perdida, subtraída E quer provar a si mesmo que realmente mudou Que se recuperou e quer viver em paz Não olhar para trás Dizer ao crime: nunca mais! Pois sua infância não foi um mar de rosas, não Na FEBEM, lembranças dolorosas, então Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim Muitos morreram sim, sonhando alto assim Me digam quem é feliz Quem não se desespera vendo Nascer seu filho no berço da miséria Um lugar onde só tinham como atração O bar, e o candomblé pra se tomar a benção Esse é o palco da história que por mim será contada Um homem na estrada Equilibrado num barranco incômodo Mal acabado e sujo, porém Seu único lar, seu bem e seu refúgio Um cheiro horrível de esgoto no quintal Por cima ou por baixo, se chover será fatal Um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou Até o IBGE passou aqui e nunca mais voltou Numerou os barracos, fez uma pá de perguntas Logo depois esqueceram, filhos da puta Acharam uma mina morta e estuprada Deviam estar com muita raiva Mano, quanta paulada! Estava irreconhecível, o rosto desfigurado Deu meia noite e o corpo ainda estava lá Coberto com lençol, ressecado pelo sol, jogado O IML estava só dez horas atrasado Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim Quero que meu filho nem se lembre daqui Tenha uma vida segura Não quero que ele cresça com um "oitão" Na cintura e uma "PT" na cabeça E o resto da madrugada sem dormir Ele pensa o que fazer para sair dessa situação Desempregado então Com má reputação Viveu na detenção Ninguém confia não E a vida desse homem para sempre foi danificada Um homem na estrada Um homem na estrada Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual Calor insuportável, 28 graus Faltou água, ja é rotina, monotonia Não tem prazo pra voltar, hã! Já fazem cinco dias São dez horas, a rua está agitada Uma ambulância foi chamada com extrema urgência Loucura, violência exagerada Estourou a própria mãe, estava embriagado Mas bem antes da ressaca ele foi julgado Arrastado pela rua o pobre do elemento O inevitável linchamento, imaginem só! Ele ficou bem feio, não tiveram dó Os ricos fazem campanha contra as drogas E falam sobre o poder destrutivo delas Por outro lado promovem e ganham muito Dinheiro com o álcool que é vendido na favela Empapuçado ele sai, vai dar um rolê Não acredita no que vê, não daquela maneira Crianças, gatos, cachorros disputam palmo a palmo Seu café da manhã na lateral da feira Molecada sem futuro, eu já consigo ver Só vão na escola pra comer, apenas nada mais Como é que vão aprender sem incentivo de alguém Sem orgulho e sem respeito Sem saúde e sem paz Um mano meu tava ganhando um dinheiro Tinha comprado um carro, até Rolex tinha! Foi fuzilado a queima roupa no colégio Abastecendo a playboyzada de farinha Ficou famoso, virou notícia, rendeu dinheiro aos jornais Ha!, cartaz à policia Vinte anos de idade, alcançou os primeiros Lugares superstar do notícias populares! Uma semana depois chegou o crack Gente rica por trás, diretoria Aqui, periferia, miséria de sobra Um salário por dia garante a mão-de-obra A clientela tem grana e compra bem Tudo em casa, costa quente de sócio A playboyzada muito louca até os ossos Vender droga por aqui, grande negócio Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim Quero um futuro melhor, não quero morrer assim Num necrotério qualquer, como indigente Sem nome e sem nada O homem na estrada Assaltos na redondeza levantaram suspeitas Logo acusaram a favela para variar E o boato que corre é que esse homem está Com o seu nome lá na lista dos suspeitos Pregada na parede do bar A noite chega e o clima estranho no ar E ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranquilamente Mas na calada, caguetaram seus antecedentes Como se fosse uma doença incurável No seu braço a tatuagem: DVC, uma passagem, 157 na lei No seu lado não tem mais ninguém A justiça criminal é implacável Tiram sua liberdade, família e moral Mesmo longe do sistema carcerário Te chamarão para sempre de ex-presidiário Não confio na polícia, raça do caralho Se eles me acham baleado na calçada Chutam minha cara e cospem em mim é Eu sangraria até a morte já era, um abraço! Por isso a minha segurança eu mesmo faço É madrugada, parece estar tudo normal Mas esse homem desperta, pressentindo o mal Muito cachorro latindo Ele acorda ouvindo barulho de carro e passos no quintal A vizinhança está calada e insegura Premeditando o final que já conhecem bem Na madrugada da favela não existem leis Talvez a lei do silêncio, a lei do cão talvez Vão invadir o seu barraco, "é a polícia"! Vieram pra arregaçar, cheios de ódio e malícia Filhos da puta, comedores de carniça! Já deram minha sentença e eu nem tava na "treta" Não são poucos e já vieram muito loucos Matar na crocodilagem, não vão perder viagem Quinze caras lá fora, diversos calibres E eu apenas com uma "treze tiros" automática Sou eu mesmo e eu, meu Deus e o meu orixá No primeiro barulho, eu vou atirar Se eles me pegam, meu filho fica sem ninguém É o que eles querem: mais um pretinho na FEBEM Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim A gente sonha a vida inteira e só acorda no fim Minha verdade foi outra Não dá mais tempo pra nada Homem mulato aparentando entre vinte e cinco e trinta Anos é encontrado morto na estrada do M'Boi Mirim sem número Tudo indica ter sido acerto de contas entre quadrilhas rivais Segundo a polícia, a vitíma tinha "vasta ficha criminal" Translate
Letra Um homen na estrada recomeça sua vida Sua finalidade a sua liberdade Que foi perdida, subtraída E quer provar a si mesmo que realmente mudou Que se recuperou e quer viver em paz Não olhar para trás Dizer ao crime: nunca mais! Pois sua infância não foi um mar de rosas, não Na FEBEM, lembranças dolorosas, então Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim Muitos morreram sim, sonhando alto assim Me digam quem é feliz Quem não se desespera vendo Nascer seu filho no berço da miséria Um lugar onde só tinham como atração O bar, e o candomblé pra se tomar a benção Esse é o palco da história que por mim será contada Um homem na estrada Equilibrado num barranco incômodo Mal acabado e sujo, porém Seu único lar, seu bem e seu refúgio Um cheiro horrível de esgoto no quintal Por cima ou por baixo, se chover será fatal Um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou Até o IBGE passou aqui e nunca mais voltou Numerou os barracos, fez uma pá de perguntas Logo depois esqueceram, filhos da puta Acharam uma mina morta e estuprada Deviam estar com muita raiva Mano, quanta paulada! Estava irreconhecível, o rosto desfigurado Deu meia noite e o corpo ainda estava lá Coberto com lençol, ressecado pelo sol, jogado O IML estava só dez horas atrasado Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim Quero que meu filho nem se lembre daqui Tenha uma vida segura Não quero que ele cresça com um "oitão" Na cintura e uma "PT" na cabeça E o resto da madrugada sem dormir Ele pensa o que fazer para sair dessa situação Desempregado então Com má reputação Viveu na detenção Ninguém confia não E a vida desse homem para sempre foi danificada Um homem na estrada Um homem na estrada Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual Calor insuportável, 28 graus Faltou água, ja é rotina, monotonia Não tem prazo pra voltar, hã! Já fazem cinco dias São dez horas, a rua está agitada Uma ambulância foi chamada com extrema urgência Loucura, violência exagerada Estourou a própria mãe, estava embriagado Mas bem antes da ressaca ele foi julgado Arrastado pela rua o pobre do elemento O inevitável linchamento, imaginem só! Ele ficou bem feio, não tiveram dó Os ricos fazem campanha contra as drogas E falam sobre o poder destrutivo delas Por outro lado promovem e ganham muito Dinheiro com o álcool que é vendido na favela Empapuçado ele sai, vai dar um rolê Não acredita no que vê, não daquela maneira Crianças, gatos, cachorros disputam palmo a palmo Seu café da manhã na lateral da feira Molecada sem futuro, eu já consigo ver Só vão na escola pra comer, apenas nada mais Como é que vão aprender sem incentivo de alguém Sem orgulho e sem respeito Sem saúde e sem paz Um mano meu tava ganhando um dinheiro Tinha comprado um carro, até Rolex tinha! Foi fuzilado a queima roupa no colégio Abastecendo a playboyzada de farinha Ficou famoso, virou notícia, rendeu dinheiro aos jornais Ha!, cartaz à policia Vinte anos de idade, alcançou os primeiros Lugares superstar do notícias populares! Uma semana depois chegou o crack Gente rica por trás, diretoria Aqui, periferia, miséria de sobra Um salário por dia garante a mão-de-obra A clientela tem grana e compra bem Tudo em casa, costa quente de sócio A playboyzada muito louca até os ossos Vender droga por aqui, grande negócio Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim Quero um futuro melhor, não quero morrer assim Num necrotério qualquer, como indigente Sem nome e sem nada O homem na estrada Assaltos na redondeza levantaram suspeitas Logo acusaram a favela para variar E o boato que corre é que esse homem está Com o seu nome lá na lista dos suspeitos Pregada na parede do bar A noite chega e o clima estranho no ar E ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranquilamente Mas na calada, caguetaram seus antecedentes Como se fosse uma doença incurável No seu braço a tatuagem: DVC, uma passagem, 157 na lei No seu lado não tem mais ninguém A justiça criminal é implacável Tiram sua liberdade, família e moral Mesmo longe do sistema carcerário Te chamarão para sempre de ex-presidiário Não confio na polícia, raça do caralho Se eles me acham baleado na calçada Chutam minha cara e cospem em mim é Eu sangraria até a morte já era, um abraço! Por isso a minha segurança eu mesmo faço É madrugada, parece estar tudo normal Mas esse homem desperta, pressentindo o mal Muito cachorro latindo Ele acorda ouvindo barulho de carro e passos no quintal A vizinhança está calada e insegura Premeditando o final que já conhecem bem Na madrugada da favela não existem leis Talvez a lei do silêncio, a lei do cão talvez Vão invadir o seu barraco, "é a polícia"! Vieram pra arregaçar, cheios de ódio e malícia Filhos da puta, comedores de carniça! Já deram minha sentença e eu nem tava na "treta" Não são poucos e já vieram muito loucos Matar na crocodilagem, não vão perder viagem Quinze caras lá fora, diversos calibres E eu apenas com uma "treze tiros" automática Sou eu mesmo e eu, meu Deus e o meu orixá No primeiro barulho, eu vou atirar Se eles me pegam, meu filho fica sem ninguém É o que eles querem: mais um pretinho na FEBEM Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim A gente sonha a vida inteira e só acorda no fim Minha verdade foi outra Não dá mais tempo pra nada Homem mulato aparentando entre vinte e cinco e trinta Anos é encontrado morto na estrada do M'Boi Mirim sem número Tudo indica ter sido acerto de contas entre quadrilhas rivais Segundo a polícia, a vitíma tinha "vasta ficha criminal"
Um homen na estrada recomeça sua vida Sua finalidade a sua liberdade Que foi perdida, subtraída E quer provar a si mesmo que realmente mudou Que se recuperou e quer viver em paz Não olhar para trás Dizer ao crime: nunca mais! Pois sua infância não foi um mar de rosas, não Na FEBEM, lembranças dolorosas, então Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim Muitos morreram sim, sonhando alto assim Me digam quem é feliz Quem não se desespera vendo Nascer seu filho no berço da miséria Um lugar onde só tinham como atração O bar, e o candomblé pra se tomar a benção Esse é o palco da história que por mim será contada Um homem na estrada Equilibrado num barranco incômodo Mal acabado e sujo, porém Seu único lar, seu bem e seu refúgio Um cheiro horrível de esgoto no quintal Por cima ou por baixo, se chover será fatal Um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou Até o IBGE passou aqui e nunca mais voltou Numerou os barracos, fez uma pá de perguntas Logo depois esqueceram, filhos da puta Acharam uma mina morta e estuprada Deviam estar com muita raiva Mano, quanta paulada! Estava irreconhecível, o rosto desfigurado Deu meia noite e o corpo ainda estava lá Coberto com lençol, ressecado pelo sol, jogado O IML estava só dez horas atrasado Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim Quero que meu filho nem se lembre daqui Tenha uma vida segura Não quero que ele cresça com um "oitão" Na cintura e uma "PT" na cabeça E o resto da madrugada sem dormir Ele pensa o que fazer para sair dessa situação Desempregado então Com má reputação Viveu na detenção Ninguém confia não E a vida desse homem para sempre foi danificada Um homem na estrada Um homem na estrada Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual Calor insuportável, 28 graus Faltou água, ja é rotina, monotonia Não tem prazo pra voltar, hã! Já fazem cinco dias São dez horas, a rua está agitada Uma ambulância foi chamada com extrema urgência Loucura, violência exagerada Estourou a própria mãe, estava embriagado Mas bem antes da ressaca ele foi julgado Arrastado pela rua o pobre do elemento O inevitável linchamento, imaginem só! Ele ficou bem feio, não tiveram dó Os ricos fazem campanha contra as drogas E falam sobre o poder destrutivo delas Por outro lado promovem e ganham muito Dinheiro com o álcool que é vendido na favela Empapuçado ele sai, vai dar um rolê Não acredita no que vê, não daquela maneira Crianças, gatos, cachorros disputam palmo a palmo Seu café da manhã na lateral da feira Molecada sem futuro, eu já consigo ver Só vão na escola pra comer, apenas nada mais Como é que vão aprender sem incentivo de alguém Sem orgulho e sem respeito Sem saúde e sem paz Um mano meu tava ganhando um dinheiro Tinha comprado um carro, até Rolex tinha! Foi fuzilado a queima roupa no colégio Abastecendo a playboyzada de farinha Ficou famoso, virou notícia, rendeu dinheiro aos jornais Ha!, cartaz à policia Vinte anos de idade, alcançou os primeiros Lugares superstar do notícias populares! Uma semana depois chegou o crack Gente rica por trás, diretoria Aqui, periferia, miséria de sobra Um salário por dia garante a mão-de-obra A clientela tem grana e compra bem Tudo em casa, costa quente de sócio A playboyzada muito louca até os ossos Vender droga por aqui, grande negócio Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim Quero um futuro melhor, não quero morrer assim Num necrotério qualquer, como indigente Sem nome e sem nada O homem na estrada Assaltos na redondeza levantaram suspeitas Logo acusaram a favela para variar E o boato que corre é que esse homem está Com o seu nome lá na lista dos suspeitos Pregada na parede do bar A noite chega e o clima estranho no ar E ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranquilamente Mas na calada, caguetaram seus antecedentes Como se fosse uma doença incurável No seu braço a tatuagem: DVC, uma passagem, 157 na lei No seu lado não tem mais ninguém A justiça criminal é implacável Tiram sua liberdade, família e moral Mesmo longe do sistema carcerário Te chamarão para sempre de ex-presidiário Não confio na polícia, raça do caralho Se eles me acham baleado na calçada Chutam minha cara e cospem em mim é Eu sangraria até a morte já era, um abraço! Por isso a minha segurança eu mesmo faço É madrugada, parece estar tudo normal Mas esse homem desperta, pressentindo o mal Muito cachorro latindo Ele acorda ouvindo barulho de carro e passos no quintal A vizinhança está calada e insegura Premeditando o final que já conhecem bem Na madrugada da favela não existem leis Talvez a lei do silêncio, a lei do cão talvez Vão invadir o seu barraco, "é a polícia"! Vieram pra arregaçar, cheios de ódio e malícia Filhos da puta, comedores de carniça! Já deram minha sentença e eu nem tava na "treta" Não são poucos e já vieram muito loucos Matar na crocodilagem, não vão perder viagem Quinze caras lá fora, diversos calibres E eu apenas com uma "treze tiros" automática Sou eu mesmo e eu, meu Deus e o meu orixá No primeiro barulho, eu vou atirar Se eles me pegam, meu filho fica sem ninguém É o que eles querem: mais um pretinho na FEBEM Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim A gente sonha a vida inteira e só acorda no fim Minha verdade foi outra Não dá mais tempo pra nada Homem mulato aparentando entre vinte e cinco e trinta Anos é encontrado morto na estrada do M'Boi Mirim sem número Tudo indica ter sido acerto de contas entre quadrilhas rivais Segundo a polícia, a vitíma tinha "vasta ficha criminal"
Um homem na estrada recomeça sua vida Sua finalidade: A sua liberdade Que foi perdida, subtraída E quer provar a si mesmo que realmente mudou Que se recuperou e quer viver em paz Não olhar para trás, dizer ao crime: Nunca mais! Pois sua infância não foi um mar de rosas, não Na FEBEM, lembranças dolorosas, então Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim Muitos morreram sim, sonhando alto assim Me digam quem é feliz, quem não se desespera Vendo nascer seu filho no berço da miséria Um lugar onde só tinham como atração O bar e o candomblé pra se tomar a bênção Esse é o palco da história que por mim será contada Um homem na estrada Equilibrado num barranco, um cômodo mal acabado e sujo Porém, seu único lar, seu bem e seu refúgio Um cheiro horrível de esgoto no quintal Por cima ou por baixo, se chover será fatal Um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou Até o IBGE passou aqui e nunca mais voltou Numerou os barracos, fez uma pá de perguntas Logo depois esqueceram, filha da puta! Acharam uma mina morta e estuprada Deviam estar com muita raiva (Mano, quanta paulada!) Estava irreconhecível, o rosto desfigurado Deu meia noite e o corpo ainda estava lá Coberto com lençol, ressecado pelo Sol, jogado O IML estava só dez horas atrasado Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim Quero que meu filho nem se lembre daqui Tenha uma vida segura, não quero que ele cresça Com um oitão na cintura e uma PT na cabeça E o resto da madrugada sem dormir, ele pensa O que fazer para sair dessa situação? Desempregado então, com má reputação Viveu na detenção, ninguém confia não E a vida desse homem para sempre foi danificada Um homem na estrada Um homem na estrada Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual Calor insuportável, 28 graus Faltou água, já é rotina, monotonia Não tem prazo pra voltar, há! - Já fazem cinco dias São dez horas, a rua está agitada Uma ambulância foi chamada com extrema urgência Loucura, violência, exagerado Estourou a própria mãe, estava embriagado Mas bem antes da ressaca ele foi julgado Arrastado pela rua o pobre do elemento Um inevitável linchamento, imaginem só! Ele ficou bem feio, não tiveram dó Os ricos fazem campanha contra as drogas E falam sobre o poder destrutivo dela Por outro lado promovem e ganham muito dinheiro Com o álcool que é vendido na favela Continua depois do anúncio Empapuçado ele sai, vai dar um rolê Não acredita no que vê, não daquela maneira Crianças, gatos, cachorros disputam palmo a palmo Seu café da manhã na lateral da feira Molecada sem futuro, eu já consigo ver Só vão na escola pra comer, apenas nada mais Como é que vão aprender sem incentivo de alguém Sem orgulho e sem respeito, sem saúde e sem paz Um mano meu tava ganhando um dinheiro Tinha comprado um carro, até Rolex tinha! Foi fuzilado a queima roupa no colégio Abastecendo a playboyzada de farinha Ficou famoso, virou notícia Rendeu dinheiro aos jornais, ham!, cartaz à policia Vinte anos de idade, alcançou os primeiros lugares Superstar do notícias populares! Uma semana depois chegou o crack Gente rica por trás, diretoria Aqui, periferia, miséria de sobra Um salário por dia garante a mão-de-obra A clientela tem grana e compra bem Tudo em casa, costa quente de sócio A playboyzada muito louca até os ossos Vender droga por aqui, grande negócio Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim Quero um futuro melhor, não quero morrer assim Num necrotério qualquer, um indigente sem nome e sem nada O homem na estrada Assaltos na redondeza levantaram suspeitas Logo acusaram a favela para variar E o boato que corre é que esse homem está Com o seu nome lá na lista dos suspeitos, pregada na parede do bar A noite chega e o clima estranho no ar E ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranquilamente Mas na calada caguetaram seus antecedentes Como se fosse uma doença incurável No seu braço a tatuagem, DVC, uma passagem, 157 na lei No seu lado não tem mais ninguém A Justiça Criminal é implacável Tiram sua liberdade, família e moral Mesmo longe do sistema carcerário Te chamarão para sempre de ex-presidiário Não confio na polícia, raça do caralho!!! Se eles me acham baleado na calçada Chutam minha cara e cospem em mim é Eu sangraria até a morte (já era, um abraço!) Por isso a minha segurança eu mesmo faço É madrugada, parece estar tudo normal Mas esse homem desperta, pressentindo o mal Muito cachorro latindo ele acorda ouvindo Barulho de carro e passos no quintal A vizinhança está calada e insegura Premeditando o final que já conhecem bem Na madrugada da favela não existem leis Talvez a lei do silêncio, a lei do cão talvez Vão invadir o seu barraco, é a polícia! Vieram pra arregaçar, cheios de ódio e malícia Filhos da puta, comedores de carniça! Já deram minha sentença e eu nem tava na treta Não são poucos e já vieram muito loucos Matar na crocodilagem, não vão perder viagem Quinze caras lá fora, diversos calibres E eu apenas com uma treze tiros automática Sou eu mesmo e eu, meu Deus e o meu orixá No primeiro barulho, eu vou atirar Se eles me pegam, meu filho fica sem ninguém E o que eles querem: Mais um pretinho na FEBEM Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim A gente sonha a vida inteira e só acorda no fim Minha verdade foi outra, não dá mais tempo pra nada Bang! Bang! Bang! Homem mulato aparentando Entre vinte e cinco e trinta anos É encontrado morto na estrada do M'Boi Mirim sem número Tudo indica ter sido acerto de contas entre quadrilhas rivais Segundo a polícia, a vitima tinha vasta ficha criminal Composição: Mano BrownEsse não é o compositor? Nos avise Revisões por 9 pessoas fantásticas. Viu algum erro? Envie uma revisão. 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Tim Maia + Racionais = Obra de arte da música brasileira! Showww
essa base é incrível! Salve Tim Maia! Salve Racionais!
c fumo quanta mano Tim Maia Salve Racionais ? mds
FERNANDES TALIBAN Esse Beat o racionais pegou do Tim Maia...da música "Ela partiu"
FERNANDES TALIBAN Antes de falar pesquisa rapaz pqp kkkkkkkkkkk
@@xxfernandesxx1480 acho q nn foi ele q fumou kkkkkkk
@@xxfernandesxx1480 e ae ja pesquisou?
eu adorava essas músicas. o lançamento foi inesquecível!!!
Obrigado senhor por colocar o rap em minha vida
Deus abençoe todos nós 🙏
Um homem na estrada recomeça sua vida. Sua finalidade: a sua liberdade. Que foi perdida, subtraída; e quer provar a si mesmo que realmente mudou, que se recuperou e quer viver em paz, não olhar para trás, dizer ao crime: nunca mais! Pois sua infância não foi um mar de rosas, não. Na Febem, lembranças dolorosas, então. Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim. Muitos morreram sim, sonhando alto assim, me digam quem é feliz, quem não se desespera, vendo nascer seu filho no berço da miséria. Um lugar onde só tinham como atração, o bar e o candomblé pra se tomar a benção. Esse é o palco da história que por mim será contada. ...um homem na estrada. Equilibrado num barranco um cômodo mal acabado e sujo, porém, seu único lar, seu bem e seu refúgio. Um cheiro horrível de esgoto no quintal, por cima ou por baixo, se chover será fatal. Um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou. Até o IBGE passou aqui e nunca mais voltou. Numerou os barracos, fez uma pá de perguntas. Logo depois esqueceram, filha da puta! Acharam uma mina morta e estuprada, deviam estar com muita raiva. "Mano, quanta paulada!". Estava irreconhecível, o rosto desfigurado. Deu meia noite e o corpo ainda estava lá, coberto com lençol, ressecado pelo sol, jogado. O IML estava só dez horas atrasado. Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim, quero que meu filho nem se lembre daqui, tenha uma vida segura. Não quero que ele cresça com um "oitão" na cintura e uma "PT" na cabeça. E o resto da madrugada sem dormir, ele pensa o que fazer para sair dessa situação. Desempregado então. Com má reputação. Viveu na detenção. Ninguém confia não. ...e a vida desse homem para sempre foi danificada. Um homem na estrada... Um homem na estrada.. Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual. Calor insuportável, 28 graus. Faltou água, já é rotina, monotonia, não tem prazo pra voltar, hã! já fazem cinco dias. São dez horas, a rua está agitada, uma ambulância foi chamada com extrema urgência. Loucura, violência exagerado. Estourou a própria mãe, estava embriagado. Mas bem antes da ressaca ele foi julgado. Arrastado pela rua o pobre do elemento, o inevitável linchamento, imaginem só! Ele ficou bem feio, não tiveram dó. Os ricos fazem campanha contra as drogas e falam sobre o poder destrutivo dela. Por outro lado promovem e ganham muito dinheiro com o álcool que é vendido na favela. Empapuçado ele sai, vai dar um rolê. Não acredita no que vê, não daquela maneira, crianças, gatos, cachorros disputam palmo a palmo seu café da manhã na lateral da feira, Molecada sem futuro, eu já consigo ver, só vão na escola pra comer, Apenas nada mais, como é que vão aprender sem incentivo de alguém, sem orgulho e sem respeito, sem saúde e sem paz. Um mano meu tava ganhando um dinheiro, tinha comprado um carro, até rolex tinha! Foi fuzilado a queima roupa no colégio, abastecendo a playboyzada de farinha, Ficou famoso, virou notícia, rendeu dinheiro aos jornais, ham!, cartaz à policia Vinte anos de idade, alcançou os primeiros lugares... super-star do notícias populares! Uma semana depois chegou o crack, gente rica por trás, diretoria. Aqui, periferia, miséria de sobra. Um salário por dia garante a mão-de-obra. A clientela tem grana e compra bem, tudo em casa, costa quente de sócio. A playboyzada muito louca até os ossos! Vender droga por aqui, grande negócio. Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim, Quero um futuro melhor, não quero morrer assim, num necrotério qualquer, um indigente, sem nome e sem nada, o homem na estrada. Assaltos na redondeza levantaram suspeitas, logo acusaram favela para variar, E o boato que corre é que esse homem está, com o seu nome lá na lista dos suspeitos, pregada na parede do bar. A noite chega e o clima estranho no ar, e ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranqüilamente, mas na calada caguentaram seus antecedentes, como se fosse uma doença incurável, no seu braço a tatuagem, DVC, uma passagem, 157 na lei... No seu lado não tem mais ninguém. A Justiça Criminal é implacável. Tiram sua liberdade, família e moral. Mesmo longe do sistema carcerário, te chamarão para sempre de ex presidiário. Não confio na polícia, raça do caralho. Se eles me acham baleado na calçada, chutam minha cara e cospem em mim é.. eu sangraria até a morte... Já era, um abraço!. Por isso a minha segurança eu mesmo faço. É madrugada, parece estar tudo normal. Mas esse homem desperta, pressentindo o mal, muito cachorro latindo. Ele acorda ouvindo barulho de carro e passos no quintal. A vizinhança está calada e insegura, premeditando o final que já conhecem bem. Na madrugada da favela não existem leis, talvez a lei do silêncio, a lei do cão talvez. Vão invadir o seu barraco, é a polícia! Vieram pra arregaçar, cheios de ódio e malícia, filhos da puta, comedores de carniça! Já deram minha sentença e eu nem tava na "treta", não são poucos e já vieram muito loucos. Matar na crocodilagem, não vão perder viagem, quinze caras lá fora, diversos calibres, e eu apenas com uma "treze tiros" automática. Sou eu mesmo e eu, meu deus e o meu orixá. No primeiro barulho, eu vou atirar. Se eles me pegam, meu filho fica sem ninguém, e o que eles querem: mais um "pretinho" na febem. Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim, a gente sonha a vida inteira e só acorda no fim, minha verdade foi outra, não dá mais tempo pra nada... bang! bang! bang!
Monique Alvez cometário ou livro kkkk
Monique Alvez ...ohhh lá em em casa galega minha deusa...me add no zap
... homem morto é encontrado na estrada do m.boi-Mirim sem número, tudo indica ter sido acerto de contas entre quadrilhas rivais...
👏👏👏 oii
Essa eu aprendi ouvindo naqueles walkmans amarelinhos da feira. Ouvia até a pilha acabar... a voz ficava lenta já e eu deixava rolando. Há muitos anos não escuto, mas ainda sei quase 100% de cor.
“Equilibrado num barraco incômodo mal acabado e sujo,porém seu único lar seu bem,seu refúgio 👊🏾👊🏾👊🏾👊🏾Racionais MC’s Pesado muito pesado Hard 4P
Alô Tim Maia, seu monstro ❤️ Belo instrumental ❤️🔥
Elaaaaa partiuuuuu..e nunca mais voltouuu.
Letra para acompanhar a música: Um homen na estrada recomeça sua vida
Sua finalidade a sua liberdade
Que foi perdida, subtraída
E quer provar a si mesmo que realmente mudou
Que se recuperou e quer viver em paz
Não olhar para trás
Dizer ao crime: nunca mais!
Pois sua infância não foi um mar de rosas, não
Na FEBEM, lembranças dolorosas, então
Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim
Muitos morreram sim, sonhando alto assim
Me digam quem é feliz
Quem não se desespera vendo
Nascer seu filho no berço da miséria
Um lugar onde só tinham como atração
O bar, e o candomblé pra se tomar a benção
Esse é o palco da história que por mim será contada
Um homem na estrada
Equilibrado num barranco incômodo
Mal acabado e sujo, porém
Seu único lar, seu bem e seu refúgio
Um cheiro horrível de esgoto no quintal
Por cima ou por baixo, se chover será fatal
Um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou
Até o IBGE passou aqui e nunca mais voltou
Numerou os barracos, fez uma pá de perguntas
Logo depois esqueceram, filhos da puta
Acharam uma mina morta e estuprada
Deviam estar com muita raiva
Mano, quanta paulada!
Estava irreconhecível, o rosto desfigurado
Deu meia noite e o corpo ainda estava lá
Coberto com lençol, ressecado pelo sol, jogado
O IML estava só dez horas atrasado
Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim
Quero que meu filho nem se lembre daqui
Tenha uma vida segura
Não quero que ele cresça com um "oitão"
Na cintura e uma "PT" na cabeça
E o resto da madrugada sem dormir
Ele pensa o que fazer para sair dessa situação
Desempregado então
Com má reputação
Viveu na detenção
Ninguém confia não
E a vida desse homem para sempre foi danificada
Um homem na estrada
Um homem na estrada
Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual
Calor insuportável, 28 graus
Faltou água, ja é rotina, monotonia
Não tem prazo pra voltar, hã! Já fazem cinco dias
São dez horas, a rua está agitada
Uma ambulância foi chamada com extrema urgência
Loucura, violência exagerada
Estourou a própria mãe, estava embriagado
Mas bem antes da ressaca ele foi julgado
Arrastado pela rua o pobre do elemento
O inevitável linchamento, imaginem só!
Ele ficou bem feio, não tiveram dó
Os ricos fazem campanha contra as drogas
E falam sobre o poder destrutivo delas
Por outro lado promovem e ganham muito
Dinheiro com o álcool que é vendido na favela
Empapuçado ele sai, vai dar um rolê
Não acredita no que vê, não daquela maneira
Crianças, gatos, cachorros disputam palmo a palmo
Seu café da manhã na lateral da feira
Molecada sem futuro, eu já consigo ver
Só vão na escola pra comer, apenas nada mais
Como é que vão aprender sem incentivo de alguém
Sem orgulho e sem respeito
Sem saúde e sem paz
Um mano meu tava ganhando um dinheiro
Tinha comprado um carro, até Rolex tinha!
Foi fuzilado a queima roupa no colégio
Abastecendo a playboyzada de farinha
Ficou famoso, virou notícia, rendeu dinheiro aos jornais
Ha!, cartaz à policia
Vinte anos de idade, alcançou os primeiros
Lugares superstar do notícias populares!
Uma semana depois chegou o crack
Gente rica por trás, diretoria
Aqui, periferia, miséria de sobra
Um salário por dia garante a mão-de-obra
A clientela tem grana e compra bem
Tudo em casa, costa quente de sócio
A playboyzada muito louca até os ossos
Vender droga por aqui, grande negócio
Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim
Quero um futuro melhor, não quero morrer assim
Num necrotério qualquer, como indigente
Sem nome e sem nada
O homem na estrada
Assaltos na redondeza levantaram suspeitas
Logo acusaram a favela para variar
E o boato que corre é que esse homem está
Com o seu nome lá na lista dos suspeitos
Pregada na parede do bar
A noite chega e o clima estranho no ar
E ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranquilamente
Mas na calada, caguetaram seus antecedentes
Como se fosse uma doença incurável
No seu braço a tatuagem: DVC, uma passagem, 157 na lei
No seu lado não tem mais ninguém
A justiça criminal é implacável
Tiram sua liberdade, família e moral
Mesmo longe do sistema carcerário
Te chamarão para sempre de ex-presidiário
Não confio na polícia, raça do caralho
Se eles me acham baleado na calçada
Chutam minha cara e cospem em mim é
Eu sangraria até a morte já era, um abraço!
Por isso a minha segurança eu mesmo faço
É madrugada, parece estar tudo normal
Mas esse homem desperta, pressentindo o mal
Muito cachorro latindo
Ele acorda ouvindo barulho de carro e passos no quintal
A vizinhança está calada e insegura
Premeditando o final que já conhecem bem
Na madrugada da favela não existem leis
Talvez a lei do silêncio, a lei do cão talvez
Vão invadir o seu barraco, "é a polícia"!
Vieram pra arregaçar, cheios de ódio e malícia
Filhos da puta, comedores de carniça!
Já deram minha sentença e eu nem tava na "treta"
Não são poucos e já vieram muito loucos
Matar na crocodilagem, não vão perder viagem
Quinze caras lá fora, diversos calibres
E eu apenas com uma "treze tiros" automática
Sou eu mesmo e eu, meu Deus e o meu orixá
No primeiro barulho, eu vou atirar
Se eles me pegam, meu filho fica sem ninguém
É o que eles querem: mais um pretinho na FEBEM
Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim
A gente sonha a vida inteira e só acorda no fim
Minha verdade foi outra
Não dá mais tempo pra nada
Homem mulato aparentando entre vinte e cinco e trinta
Anos é encontrado morto na estrada do M'Boi Mirim sem número
Tudo indica ter sido acerto de contas entre quadrilhas rivais
Segundo a polícia, a vitíma tinha "vasta ficha criminal"
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e numca mais voltou,aguante tim maia y racionais (capão redondo)
Um abraço a família racionais
É nós tamos juntos by Dj Cidinho zona oeste 100%Quebrada salve
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Essa base aí é a do Tim Maia - Ela Partiu
Toda fora de tempo imagino a manobra e o tempo de ensaio que o bronw vez pra cantar em cima....
Letra
Um homen na estrada recomeça sua vida
Sua finalidade a sua liberdade
Que foi perdida, subtraída
E quer provar a si mesmo que realmente mudou
Que se recuperou e quer viver em paz
Não olhar para trás
Dizer ao crime: nunca mais!
Pois sua infância não foi um mar de rosas, não
Na FEBEM, lembranças dolorosas, então
Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim
Muitos morreram sim, sonhando alto assim
Me digam quem é feliz
Quem não se desespera vendo
Nascer seu filho no berço da miséria
Um lugar onde só tinham como atração
O bar, e o candomblé pra se tomar a benção
Esse é o palco da história que por mim será contada
Um homem na estrada
Equilibrado num barranco incômodo
Mal acabado e sujo, porém
Seu único lar, seu bem e seu refúgio
Um cheiro horrível de esgoto no quintal
Por cima ou por baixo, se chover será fatal
Um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou
Até o IBGE passou aqui e nunca mais voltou
Numerou os barracos, fez uma pá de perguntas
Logo depois esqueceram, filhos da puta
Acharam uma mina morta e estuprada
Deviam estar com muita raiva
Mano, quanta paulada!
Estava irreconhecível, o rosto desfigurado
Deu meia noite e o corpo ainda estava lá
Coberto com lençol, ressecado pelo sol, jogado
O IML estava só dez horas atrasado
Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim
Quero que meu filho nem se lembre daqui
Tenha uma vida segura
Não quero que ele cresça com um "oitão"
Na cintura e uma "PT" na cabeça
E o resto da madrugada sem dormir
Ele pensa o que fazer para sair dessa situação
Desempregado então
Com má reputação
Viveu na detenção
Ninguém confia não
E a vida desse homem para sempre foi danificada
Um homem na estrada
Um homem na estrada
Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual
Calor insuportável, 28 graus
Faltou água, ja é rotina, monotonia
Não tem prazo pra voltar, hã! Já fazem cinco dias
São dez horas, a rua está agitada
Uma ambulância foi chamada com extrema urgência
Loucura, violência exagerada
Estourou a própria mãe, estava embriagado
Mas bem antes da ressaca ele foi julgado
Arrastado pela rua o pobre do elemento
O inevitável linchamento, imaginem só!
Ele ficou bem feio, não tiveram dó
Os ricos fazem campanha contra as drogas
E falam sobre o poder destrutivo delas
Por outro lado promovem e ganham muito
Dinheiro com o álcool que é vendido na favela
Empapuçado ele sai, vai dar um rolê
Não acredita no que vê, não daquela maneira
Crianças, gatos, cachorros disputam palmo a palmo
Seu café da manhã na lateral da feira
Molecada sem futuro, eu já consigo ver
Só vão na escola pra comer, apenas nada mais
Como é que vão aprender sem incentivo de alguém
Sem orgulho e sem respeito
Sem saúde e sem paz
Um mano meu tava ganhando um dinheiro
Tinha comprado um carro, até Rolex tinha!
Foi fuzilado a queima roupa no colégio
Abastecendo a playboyzada de farinha
Ficou famoso, virou notícia, rendeu dinheiro aos jornais
Ha!, cartaz à policia
Vinte anos de idade, alcançou os primeiros
Lugares superstar do notícias populares!
Uma semana depois chegou o crack
Gente rica por trás, diretoria
Aqui, periferia, miséria de sobra
Um salário por dia garante a mão-de-obra
A clientela tem grana e compra bem
Tudo em casa, costa quente de sócio
A playboyzada muito louca até os ossos
Vender droga por aqui, grande negócio
Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim
Quero um futuro melhor, não quero morrer assim
Num necrotério qualquer, como indigente
Sem nome e sem nada
O homem na estrada
Assaltos na redondeza levantaram suspeitas
Logo acusaram a favela para variar
E o boato que corre é que esse homem está
Com o seu nome lá na lista dos suspeitos
Pregada na parede do bar
A noite chega e o clima estranho no ar
E ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranquilamente
Mas na calada, caguetaram seus antecedentes
Como se fosse uma doença incurável
No seu braço a tatuagem: DVC, uma passagem, 157 na lei
No seu lado não tem mais ninguém
A justiça criminal é implacável
Tiram sua liberdade, família e moral
Mesmo longe do sistema carcerário
Te chamarão para sempre de ex-presidiário
Não confio na polícia, raça do caralho
Se eles me acham baleado na calçada
Chutam minha cara e cospem em mim é
Eu sangraria até a morte já era, um abraço!
Por isso a minha segurança eu mesmo faço
É madrugada, parece estar tudo normal
Mas esse homem desperta, pressentindo o mal
Muito cachorro latindo
Ele acorda ouvindo barulho de carro e passos no quintal
A vizinhança está calada e insegura
Premeditando o final que já conhecem bem
Na madrugada da favela não existem leis
Talvez a lei do silêncio, a lei do cão talvez
Vão invadir o seu barraco, "é a polícia"!
Vieram pra arregaçar, cheios de ódio e malícia
Filhos da puta, comedores de carniça!
Já deram minha sentença e eu nem tava na "treta"
Não são poucos e já vieram muito loucos
Matar na crocodilagem, não vão perder viagem
Quinze caras lá fora, diversos calibres
E eu apenas com uma "treze tiros" automática
Sou eu mesmo e eu, meu Deus e o meu orixá
No primeiro barulho, eu vou atirar
Se eles me pegam, meu filho fica sem ninguém
É o que eles querem: mais um pretinho na FEBEM
Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim
A gente sonha a vida inteira e só acorda no fim
Minha verdade foi outra
Não dá mais tempo pra nada
Homem mulato aparentando entre vinte e cinco e trinta
Anos é encontrado morto na estrada do M'Boi Mirim sem número
Tudo indica ter sido acerto de contas entre quadrilhas rivais
Segundo a polícia, a vitíma tinha "vasta ficha criminal"
Um homen na estrada recomeça sua vida
Sua finalidade a sua liberdade
Que foi perdida, subtraída
E quer provar a si mesmo que realmente mudou
Que se recuperou e quer viver em paz
Não olhar para trás
Dizer ao crime: nunca mais!
Pois sua infância não foi um mar de rosas, não
Na FEBEM, lembranças dolorosas, então
Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim
Muitos morreram sim, sonhando alto assim
Me digam quem é feliz
Quem não se desespera vendo
Nascer seu filho no berço da miséria
Um lugar onde só tinham como atração
O bar, e o candomblé pra se tomar a benção
Esse é o palco da história que por mim será contada
Um homem na estrada
Equilibrado num barranco incômodo
Mal acabado e sujo, porém
Seu único lar, seu bem e seu refúgio
Um cheiro horrível de esgoto no quintal
Por cima ou por baixo, se chover será fatal
Um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou
Até o IBGE passou aqui e nunca mais voltou
Numerou os barracos, fez uma pá de perguntas
Logo depois esqueceram, filhos da puta
Acharam uma mina morta e estuprada
Deviam estar com muita raiva
Mano, quanta paulada!
Estava irreconhecível, o rosto desfigurado
Deu meia noite e o corpo ainda estava lá
Coberto com lençol, ressecado pelo sol, jogado
O IML estava só dez horas atrasado
Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim
Quero que meu filho nem se lembre daqui
Tenha uma vida segura
Não quero que ele cresça com um "oitão"
Na cintura e uma "PT" na cabeça
E o resto da madrugada sem dormir
Ele pensa o que fazer para sair dessa situação
Desempregado então
Com má reputação
Viveu na detenção
Ninguém confia não
E a vida desse homem para sempre foi danificada
Um homem na estrada
Um homem na estrada
Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual
Calor insuportável, 28 graus
Faltou água, ja é rotina, monotonia
Não tem prazo pra voltar, hã! Já fazem cinco dias
São dez horas, a rua está agitada
Uma ambulância foi chamada com extrema urgência
Loucura, violência exagerada
Estourou a própria mãe, estava embriagado
Mas bem antes da ressaca ele foi julgado
Arrastado pela rua o pobre do elemento
O inevitável linchamento, imaginem só!
Ele ficou bem feio, não tiveram dó
Os ricos fazem campanha contra as drogas
E falam sobre o poder destrutivo delas
Por outro lado promovem e ganham muito
Dinheiro com o álcool que é vendido na favela
Empapuçado ele sai, vai dar um rolê
Não acredita no que vê, não daquela maneira
Crianças, gatos, cachorros disputam palmo a palmo
Seu café da manhã na lateral da feira
Molecada sem futuro, eu já consigo ver
Só vão na escola pra comer, apenas nada mais
Como é que vão aprender sem incentivo de alguém
Sem orgulho e sem respeito
Sem saúde e sem paz
Um mano meu tava ganhando um dinheiro
Tinha comprado um carro, até Rolex tinha!
Foi fuzilado a queima roupa no colégio
Abastecendo a playboyzada de farinha
Ficou famoso, virou notícia, rendeu dinheiro aos jornais
Ha!, cartaz à policia
Vinte anos de idade, alcançou os primeiros
Lugares superstar do notícias populares!
Uma semana depois chegou o crack
Gente rica por trás, diretoria
Aqui, periferia, miséria de sobra
Um salário por dia garante a mão-de-obra
A clientela tem grana e compra bem
Tudo em casa, costa quente de sócio
A playboyzada muito louca até os ossos
Vender droga por aqui, grande negócio
Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim
Quero um futuro melhor, não quero morrer assim
Num necrotério qualquer, como indigente
Sem nome e sem nada
O homem na estrada
Assaltos na redondeza levantaram suspeitas
Logo acusaram a favela para variar
E o boato que corre é que esse homem está
Com o seu nome lá na lista dos suspeitos
Pregada na parede do bar
A noite chega e o clima estranho no ar
E ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranquilamente
Mas na calada, caguetaram seus antecedentes
Como se fosse uma doença incurável
No seu braço a tatuagem: DVC, uma passagem, 157 na lei
No seu lado não tem mais ninguém
A justiça criminal é implacável
Tiram sua liberdade, família e moral
Mesmo longe do sistema carcerário
Te chamarão para sempre de ex-presidiário
Não confio na polícia, raça do caralho
Se eles me acham baleado na calçada
Chutam minha cara e cospem em mim é
Eu sangraria até a morte já era, um abraço!
Por isso a minha segurança eu mesmo faço
É madrugada, parece estar tudo normal
Mas esse homem desperta, pressentindo o mal
Muito cachorro latindo
Ele acorda ouvindo barulho de carro e passos no quintal
A vizinhança está calada e insegura
Premeditando o final que já conhecem bem
Na madrugada da favela não existem leis
Talvez a lei do silêncio, a lei do cão talvez
Vão invadir o seu barraco, "é a polícia"!
Vieram pra arregaçar, cheios de ódio e malícia
Filhos da puta, comedores de carniça!
Já deram minha sentença e eu nem tava na "treta"
Não são poucos e já vieram muito loucos
Matar na crocodilagem, não vão perder viagem
Quinze caras lá fora, diversos calibres
E eu apenas com uma "treze tiros" automática
Sou eu mesmo e eu, meu Deus e o meu orixá
No primeiro barulho, eu vou atirar
Se eles me pegam, meu filho fica sem ninguém
É o que eles querem: mais um pretinho na FEBEM
Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim
A gente sonha a vida inteira e só acorda no fim
Minha verdade foi outra
Não dá mais tempo pra nada
Homem mulato aparentando entre vinte e cinco e trinta
Anos é encontrado morto na estrada do M'Boi Mirim sem número
Tudo indica ter sido acerto de contas entre quadrilhas rivais
Segundo a polícia, a vitíma tinha "vasta ficha criminal"
Se souberem onde ela está
Digam-me e eu vou lá buscá-la
Pelo menos telefone em seu nome
Me dê uma dica, uma pista, insista
ELA PARTIIIIIIU
Foda !!
foda de fuuder !
Fiquei sem ar cantando
Aflição mesmo é você esperando o mano Brown começar a cantar mais ela nunca começa ;-;
Gente, Desigualdade social é a origem de todo mal
Esse instrumental me lembra a seleção de 2002
Zika msm
Ela partiu!!
Tim Maia!!rs....
Um homem na estrada recomeça sua vida
Sua finalidade: A sua liberdade
Que foi perdida, subtraída
E quer provar a si mesmo que realmente mudou
Que se recuperou e quer viver em paz
Não olhar para trás, dizer ao crime: Nunca mais!
Pois sua infância não foi um mar de rosas, não
Na FEBEM, lembranças dolorosas, então
Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim
Muitos morreram sim, sonhando alto assim
Me digam quem é feliz, quem não se desespera
Vendo nascer seu filho no berço da miséria
Um lugar onde só tinham como atração
O bar e o candomblé pra se tomar a bênção
Esse é o palco da história que por mim será contada
Um homem na estrada
Equilibrado num barranco, um cômodo mal acabado e sujo
Porém, seu único lar, seu bem e seu refúgio
Um cheiro horrível de esgoto no quintal
Por cima ou por baixo, se chover será fatal
Um pedaço do inferno, aqui é onde eu estou
Até o IBGE passou aqui e nunca mais voltou
Numerou os barracos, fez uma pá de perguntas
Logo depois esqueceram, filha da puta!
Acharam uma mina morta e estuprada
Deviam estar com muita raiva (Mano, quanta paulada!)
Estava irreconhecível, o rosto desfigurado
Deu meia noite e o corpo ainda estava lá
Coberto com lençol, ressecado pelo Sol, jogado
O IML estava só dez horas atrasado
Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim
Quero que meu filho nem se lembre daqui
Tenha uma vida segura, não quero que ele cresça
Com um oitão na cintura e uma PT na cabeça
E o resto da madrugada sem dormir, ele pensa
O que fazer para sair dessa situação?
Desempregado então, com má reputação
Viveu na detenção, ninguém confia não
E a vida desse homem para sempre foi danificada
Um homem na estrada
Um homem na estrada
Amanhece mais um dia e tudo é exatamente igual
Calor insuportável, 28 graus
Faltou água, já é rotina, monotonia
Não tem prazo pra voltar, há! - Já fazem cinco dias
São dez horas, a rua está agitada
Uma ambulância foi chamada com extrema urgência
Loucura, violência, exagerado
Estourou a própria mãe, estava embriagado
Mas bem antes da ressaca ele foi julgado
Arrastado pela rua o pobre do elemento
Um inevitável linchamento, imaginem só!
Ele ficou bem feio, não tiveram dó
Os ricos fazem campanha contra as drogas
E falam sobre o poder destrutivo dela
Por outro lado promovem e ganham muito dinheiro
Com o álcool que é vendido na favela
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Empapuçado ele sai, vai dar um rolê
Não acredita no que vê, não daquela maneira
Crianças, gatos, cachorros disputam palmo a palmo
Seu café da manhã na lateral da feira
Molecada sem futuro, eu já consigo ver
Só vão na escola pra comer, apenas nada mais
Como é que vão aprender sem incentivo de alguém
Sem orgulho e sem respeito, sem saúde e sem paz
Um mano meu tava ganhando um dinheiro
Tinha comprado um carro, até Rolex tinha!
Foi fuzilado a queima roupa no colégio
Abastecendo a playboyzada de farinha
Ficou famoso, virou notícia
Rendeu dinheiro aos jornais, ham!, cartaz à policia
Vinte anos de idade, alcançou os primeiros lugares
Superstar do notícias populares!
Uma semana depois chegou o crack
Gente rica por trás, diretoria
Aqui, periferia, miséria de sobra
Um salário por dia garante a mão-de-obra
A clientela tem grana e compra bem
Tudo em casa, costa quente de sócio
A playboyzada muito louca até os ossos
Vender droga por aqui, grande negócio
Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim
Quero um futuro melhor, não quero morrer assim
Num necrotério qualquer, um indigente sem nome e sem nada
O homem na estrada
Assaltos na redondeza levantaram suspeitas
Logo acusaram a favela para variar
E o boato que corre é que esse homem está
Com o seu nome lá na lista dos suspeitos, pregada na parede do bar
A noite chega e o clima estranho no ar
E ele sem desconfiar de nada, vai dormir tranquilamente
Mas na calada caguetaram seus antecedentes
Como se fosse uma doença incurável
No seu braço a tatuagem, DVC, uma passagem, 157 na lei
No seu lado não tem mais ninguém
A Justiça Criminal é implacável
Tiram sua liberdade, família e moral
Mesmo longe do sistema carcerário
Te chamarão para sempre de ex-presidiário
Não confio na polícia, raça do caralho!!!
Se eles me acham baleado na calçada
Chutam minha cara e cospem em mim é
Eu sangraria até a morte (já era, um abraço!)
Por isso a minha segurança eu mesmo faço
É madrugada, parece estar tudo normal
Mas esse homem desperta, pressentindo o mal
Muito cachorro latindo ele acorda ouvindo
Barulho de carro e passos no quintal
A vizinhança está calada e insegura
Premeditando o final que já conhecem bem
Na madrugada da favela não existem leis
Talvez a lei do silêncio, a lei do cão talvez
Vão invadir o seu barraco, é a polícia!
Vieram pra arregaçar, cheios de ódio e malícia
Filhos da puta, comedores de carniça!
Já deram minha sentença e eu nem tava na treta
Não são poucos e já vieram muito loucos
Matar na crocodilagem, não vão perder viagem
Quinze caras lá fora, diversos calibres
E eu apenas com uma treze tiros automática
Sou eu mesmo e eu, meu Deus e o meu orixá
No primeiro barulho, eu vou atirar
Se eles me pegam, meu filho fica sem ninguém
E o que eles querem: Mais um pretinho na FEBEM
Sim, ganhar dinheiro ficar rico enfim
A gente sonha a vida inteira e só acorda no fim
Minha verdade foi outra, não dá mais tempo pra nada
Bang! Bang! Bang!
Homem mulato aparentando
Entre vinte e cinco e trinta anos
É encontrado morto na estrada do
M'Boi Mirim sem número
Tudo indica ter sido acerto de contas entre quadrilhas rivais
Segundo a polícia, a vitima tinha vasta ficha criminal
Composição: Mano BrownEsse não é o compositor? Nos avise
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fudeu foda gta
gta?
.
Muito bom!! Mano, tem como me mandar em formato mp3 pra eu curtir no som do carro?
2018 alguém
No meu canal tem o instrumental do capitulo 4 versiculo 3 baxa lá
Vc não consegue os instrumentais do Holocausto Urbano, mano? Valeu.
Funkyblackcat
meu PC jogando comigo
Gustavo GN
Kk
por favor alguêm ponha o instrumental capítulo 4 versículo 3, mágico de oz, to ouvindo alguem me chamar e fórmula mágica da paz? muito obrigado.