Eu sou obrigado a externar a minha indignação por parte da sociedade que hoje se encontra vigente. Os conteudos estão difundidos, esparsos, sobretudo, tudo aquilo que também não agrega em nada. Porém, visto a qualidade dos vídeos em que os professores do institulo Hugo de São Vitor apresentam, percebo o nível no qual nosso país está: o verdadeiro conhecimento não esta sendo acessado. Como mencionei, as aulas dos ilustres professores nos mostram que ainda existe a erudição, existe a procura pelo conhecimento. Obrigado, integrantes do instituto Hugo de São Vitor, vocês são importantes para aqueles que estão interessados em crescer e abrir a visão de mundo.
Agradecemos pelas palavras. Apenas não fique decepcionado se nem todo mundo busca os conhecimentos mais altos. As coisas sempre foram assim e, provavelmente, sempre serão, porque, provavelmente, devem ser.
Professor, estou estudando sobre como meditar, a partir de Hugo de são Vitor, acabei tocando em outros temas por conseguência, sendo eles : Entender, memorizar e meditar, e me veio uma imagem de como seria o papel dessas atividades, aqui vai: Quando se fala de entender, se refere a extrair o significado daquelas palavras lidas e não necessariamente memorizadas, no que se refere a memorizar é a atividade de guardar aquilo que foi lido mas não necessariamente entendido, nesse sentido essas duas atividades independem de sua ordem de execução, pode-se memorizar depois entender, mas também entender e depois memorizar. Passando essa primeira parte, o que se tem é como uma versão do que foi lido guardada na sua mente, sendo assim a atividade acaba por se repetir, pois aquilo que antes era desconhecido da sua mente se tornou parte dela, e sendo parte dela, agora é como que um livro mental e esse livro mental é desconhecido a sua personalidade e como aquilo que foi lido do mundo externo para o interno, é necessario ser lido da mente para a alma, para que por fim seja a parte da alma assim como foi feito parte da mente.
Tu estás em uma pista muito boa. Sim, é possível entender sem memorizar, e vice-versa. Mas a ação perfeita é memorizar o entendido, coisa que em geral ocorre após a meditação bem feita. Ademais, se fizermos essa distinção entre mente e alma, sim, a mente entende e memoriza, e a meditação frequente torna tudo hábito intelectual em nossa alma, de modo que mal precisamos pensar, quando aprendemos de modo perfeito, para explicar o que sabemos ao modo de hábito.
Sou estudante de medicina e quero aumentar minha produtividade. Tem dias em que é difícil estudar, vêm pensamentos externos que me fazem perder o foco ou até mesmo a memorização de conteúdo. Posso aplicar a metodologia com uma leitura de um livro, conforme mencionado no livro. Você tem alguma sugestão? Desde já, gostei muito do seu canal.
Comece a meditar com frequência e atenção, isso vai melhorar a questão do foco. Meditar nada mais é que pensar intensamente no assunto lido, com foco e a partir de certas categorias. Por exemplo, as causas. Se está estudando medicina, não somente conhecer os sintomas da doença, mas as causas dela é obrigatório, como você bem sabe. Fazer mentalmente essa distinção, com atenção, já é meditar. Depois pensar nos lugares, tempos e condições em geral onde ela tende a surgir. E assim vai. Mas a questão é fazer isso com atenção e sem distrações. Isole-se num quarto sem nada ligado nem falatório ao seu redor, se necessário.
Professor, tenho algumas questões. No livro do beato hugo, no qual ele coloca um enfoque maior na meditação, ele dá a seguinte definição para ela: “cogitação das causas com conselho”. Essas “causas”, de que ele fala, se pode considerar como aquelas 4 causas da qual Aristóteles fala? E ainda outra questão. Quando se diz, “Meditação”, posso considerar a cogitação daquelas 14 ou 15 tópicos de lugares comuns da retórica, ou dialética, para servir de guiamento pro meu raciocínio?
Sim, embora Hugo não fale por nome das 4 causas, ainda é essa metodologia mais perfeita para o estudo das causas. Devemos pensar a partir desse enquadramento aristotélico. Quanto aos tópicos, eles ajudam na meditação, mas sua função é mais importante na composição de um discurso argumentativo. Nem sempre a meditação vai ir nessa direção, mas pode ir.
Você está querendo demais, não nos foi dado ler na alma dos outros. E a honestidade do autor tem pouca importância; o que importa é se o que ele diz é verdadeiro ou não é. Ele pode dizer algo verdadeiro mesmo quando é desonesto. Uma coisa não tem que ver com a outra.
Meu caro Mário. O que me indicas ler para iniciar na meditação. Li as confissões de Santo Agostinho, mas demorei dois anos por causa da intensa meditação.
Se fizeste isso, ganhaste muito. Podes meditar em passagens da Bíblia, também, começando devagar e evitando voos muito altos no início. Depois, em algum ponto, comece a ler os comentadores na Catena Aurea.
Perdão por não está no tópico. No didascalicon é recomendado no livro quinto, capítulo VII os escritos do "Bem-aventurado Gregório. Gostaria de saber quem é ele e quais são seus escritos, pois foi citado no livro dois Gregorios, a saber, Gregório magno e Gregório de Nazianzo, inclusive não sei nem se são a mesma pessoa, mas gostaria muito ler essa recomendação, então se for possível me ajudar desde já agradeço.
❤❤❤❤❤❤
muy esclarecedor. un cordial saludo desde Argentina.👍
Agradecemos sua audiência.
Eu sou obrigado a externar a minha indignação por parte da sociedade que hoje se encontra vigente. Os conteudos estão difundidos, esparsos, sobretudo, tudo aquilo que também não agrega em nada. Porém, visto a qualidade dos vídeos em que os professores do institulo Hugo de São Vitor apresentam, percebo o nível no qual nosso país está: o verdadeiro conhecimento não esta sendo acessado. Como mencionei, as aulas dos ilustres professores nos mostram que ainda existe a erudição, existe a procura pelo conhecimento. Obrigado, integrantes do instituto Hugo de São Vitor, vocês são importantes para aqueles que estão interessados em crescer e abrir a visão de mundo.
Agradecemos pelas palavras. Apenas não fique decepcionado se nem todo mundo busca os conhecimentos mais altos. As coisas sempre foram assim e, provavelmente, sempre serão, porque, provavelmente, devem ser.
Professor, estou estudando sobre como meditar, a partir de Hugo de são Vitor, acabei tocando em outros temas por conseguência, sendo eles : Entender, memorizar e meditar, e me veio uma imagem de como seria o papel dessas atividades, aqui vai: Quando se fala de entender, se refere a extrair o significado daquelas palavras lidas e não necessariamente memorizadas, no que se refere a memorizar é a atividade de guardar aquilo que foi lido mas não necessariamente entendido, nesse sentido essas duas atividades independem de sua ordem de execução, pode-se memorizar depois entender, mas também entender e depois memorizar. Passando essa primeira parte, o que se tem é como uma versão do que foi lido guardada na sua mente, sendo assim a atividade acaba por se repetir, pois aquilo que antes era desconhecido da sua mente se tornou parte dela, e sendo parte dela, agora é como que um livro mental e esse livro mental é desconhecido a sua personalidade e como aquilo que foi lido do mundo externo para o interno, é necessario ser lido da mente para a alma, para que por fim seja a parte da alma assim como foi feito parte da mente.
Tu estás em uma pista muito boa. Sim, é possível entender sem memorizar, e vice-versa. Mas a ação perfeita é memorizar o entendido, coisa que em geral ocorre após a meditação bem feita. Ademais, se fizermos essa distinção entre mente e alma, sim, a mente entende e memoriza, e a meditação frequente torna tudo hábito intelectual em nossa alma, de modo que mal precisamos pensar, quando aprendemos de modo perfeito, para explicar o que sabemos ao modo de hábito.
Sou estudante de medicina e quero aumentar minha produtividade. Tem dias em que é difícil estudar, vêm pensamentos externos que me fazem perder o foco ou até mesmo a memorização de conteúdo. Posso aplicar a metodologia com uma leitura de um livro, conforme mencionado no livro. Você tem alguma sugestão? Desde já, gostei muito do seu canal.
Comece a meditar com frequência e atenção, isso vai melhorar a questão do foco. Meditar nada mais é que pensar intensamente no assunto lido, com foco e a partir de certas categorias. Por exemplo, as causas. Se está estudando medicina, não somente conhecer os sintomas da doença, mas as causas dela é obrigatório, como você bem sabe. Fazer mentalmente essa distinção, com atenção, já é meditar. Depois pensar nos lugares, tempos e condições em geral onde ela tende a surgir. E assim vai. Mas a questão é fazer isso com atenção e sem distrações. Isole-se num quarto sem nada ligado nem falatório ao seu redor, se necessário.
Professor, tenho algumas questões. No livro do beato hugo, no qual ele coloca um enfoque maior na meditação, ele dá a seguinte definição para ela: “cogitação das causas com conselho”. Essas “causas”, de que ele fala, se pode considerar como aquelas 4 causas da qual Aristóteles fala?
E ainda outra questão. Quando se diz, “Meditação”, posso considerar a cogitação daquelas 14 ou 15 tópicos de lugares comuns da retórica, ou dialética, para servir de guiamento pro meu raciocínio?
Sim, embora Hugo não fale por nome das 4 causas, ainda é essa metodologia mais perfeita para o estudo das causas. Devemos pensar a partir desse enquadramento aristotélico. Quanto aos tópicos, eles ajudam na meditação, mas sua função é mais importante na composição de um discurso argumentativo. Nem sempre a meditação vai ir nessa direção, mas pode ir.
Como saberei se o autor foi honesto naquilo em que escreveu?
Você está querendo demais, não nos foi dado ler na alma dos outros. E a honestidade do autor tem pouca importância; o que importa é se o que ele diz é verdadeiro ou não é. Ele pode dizer algo verdadeiro mesmo quando é desonesto. Uma coisa não tem que ver com a outra.
Meu caro Mário. O que me indicas ler para iniciar na meditação. Li as confissões de Santo Agostinho, mas demorei dois anos por causa da intensa meditação.
Se fizeste isso, ganhaste muito. Podes meditar em passagens da Bíblia, também, começando devagar e evitando voos muito altos no início. Depois, em algum ponto, comece a ler os comentadores na Catena Aurea.
Perdão por não está no tópico. No didascalicon é recomendado no livro quinto, capítulo VII os escritos do "Bem-aventurado Gregório. Gostaria de saber quem é ele e quais são seus escritos, pois foi citado no livro dois Gregorios, a saber, Gregório magno e Gregório de Nazianzo, inclusive não sei nem se são a mesma pessoa, mas gostaria muito ler essa recomendação, então se for possível me ajudar desde já agradeço.
São Gregório Magno, notabilíssimo por ter escrito sobre a interpretação moral do livro Jó.