Arquitetura hostil e o direito à cidade

Este mini-doc integra um projeto de trabalho interdisciplinar sobre o tema da arquitetura hostil.
A arquitetura hostil suscita importantes debates sobre a utilização do espaço urbano e o direito à cidade, especialmente no que se refere às populações em situação de vulnerabilidade. Esse conceito refere-se à implementação de elementos de design em espaços públicos com o objetivo de desincentivar comportamentos considerados indesejados.
Essas intervenções urbanas, por meio de bancos com divisórias, picos de metal em superfícies planas, pedras sob viadutos e barreiras físicas em áreas públicas, são pensadas para afastar pessoas em situação de rua e outros grupos socialmente marginalizados.
Assim, a arquitetura hostil não resolve problemas sociais subjacentes, como a falta de moradia e a desigualdade, mas contribui para a invisibilização e a exclusão dessas pessoas, deslocando-as para locais periféricos e mais perigosos, onde são “retiradas da vista pública” em um processo de marginalização invisível.
Este mini-doc é uma idealização do professor de Filosofia da PUC Minas, Clécio Luiz, que orientou os alunos Angelo Gabriel Calixto, Giovanna R. de Souza Paiva, Jennifer G. Alves Costa, Larissa Nunes dos Reis, Larissa Robadel, Maria Eduarda Azeredo e Quezia Clara de Paula Santos.