Eu acho que o caminho da intelectualida é justamente o contrário. Quanto mais eu leio e estudo mais eu acho que eu não sei de nada e preciso melhorar. A intelectualidade de verdade tem que vir junto com a humildade, na minha opnião.
@@Juju.d.Sá Isso que dá quando você faz um atrelamento tão grande de status social com uma profissão. Pessoal que entra na área só pelo barulho da moeda. Vide médicos, advogados, engenheiros...
Eu sinto que no Brasil, as pessoas tem a mania de colocar os carros na frente dos bois, em literalmente qualquer discussão. Da mesma forma que se preocupam com quantas livrarias de bairro tem uma cidade, sendo que moramos em um país em que mais da metade (Sim, eu pesquisei esse número absurdo) da população não tem acesso a esgoto com tratamento adequado, agora as pessoas estão preocupadas se uma população, em que a maior parte de seus integrantes não se anima nem pra ler bula de remédio, está fazendo a leitura critica e bem feita dos livros, se está lendo alta literatura ou se está desenvolvendo uma vida intelectual. Gente...eu só peço calma.
concordo com sua ideia, mas seu argumento sobre saneamento basico nao esta muito claro... na verdade, mais da metade da populacao brasileira tem sim acesso a saneamento basico, ja o tratamento de esgoto e outra coisa - e sim, ainda menos da metade do esgoto e tratado no Brasil - mas, nesse caso, nao se fala em "acesso" e enquanto este esta mais vinculado a questoes ambientais, o outro refere-se a saude publica mesmo, basicamente... (tem uma nuance ai, para o caso de que nao entenda a diferenca na primeira leitura...)
Muito bom o vídeo!!! Sem me alongar, faço uma analogia com a música. Se uma música te toca, te emociona, não deixe de ouvi-la. Mesmo vale para literatura. Sem rótulos, se um livro te toca e te emociona, se uma única frase te leva a reflexão, a uma percepção melhor da vida, então a leitura já valeu a pena! Mais uma vez, parabéns pela análise!!!
eu vim de uma fase de leituras muito intensas e pesadas, que exigiram muito de mim! sempre AMEI livros assim. hoje nao estou nesse momento e tenho lido livros mais tranquilos e que nao me desafiam tanto. e ta tudo bem! vamos ler de tudo, de acordo com nosso gosto! 😊
Necessito de obra rasa como respiro. Não consigo encarar clássicos seguidos, pois entendo como estudo (por mais prazer que a leitura pode me proporcionar).
@Juju.d.Sá , deveria ter colocado o termo "estudo" entre aspas. Quis informar que quando leio clássico, além do prazer, gosto de saber todo o contexto que circunda a obra e o autor (o momento histórico, o motivo da feitura da obra e etc.), o que normalmente não faço com livros ditos rasos. Desculpa se ficou enviesado o entendimento. Não foi a intenção. 😉
Concordo! Mario Vargas Llosa já falou sobre isso no incrível "A civilização do espetáculo", sugiro que leiam. O consumo de literatura rasa gera leitores rasos, desses que não sabem sequer fazer interpretação de texto. O exemplo de 1984 que você falou é um exemplo. Reducionismo, falta de senso crítico, falta de leitura aprofundada. Lê-se apenas para marcar um xis na lista.
O hábito de leitura muda a vida de uma pessoa, eu acredito nisso. E pegar o hábito é muito difícil. Então se a pessoa começar lendo livros "rasos", mas isso ajuda-la a ler mais livros e ir pegando o hábito de leitura pra mim é super válido. Eu não acho que o algoritmo prejudica quem faz resenha de livros difíceis, eu acho que as pessoas tem menos interesse por este tipo de vídeo.
8:50 - Há 12 anos quando comecei a criar o hábito da leitura, eu lia livros de auto ajuda (o monge e o executivo, quem mexeu no meu queijo? etc), auto desenvolvimento, finanças pessoais (Pai rico pai pobre, segredos da mente milionária, livros do gustavo cerbasi), literatura de aeroporto (Laurentino Gomes, série do guia politicamnente incorreto do leandro narloch), filosofia (pondé, cortella), ficção atual (dan brown, a cabana), séries (guia do mochileiro das galáxias, as cronicas de gelo e fogo), e tá tudo bem! Os "intelectuaizinhos" de direita (pq os de esquerda malemá sabem ler, e quando lêem é só coisas para reafirmar as próprias convicções sociais... (ok, os de direita também fazem isso hehehe)) ficam nesse fetiche de que tem que ler sertilanges, o senhor dos anéis, clássicos como dostoievski (e se lêem, é só o crime e castigo ou os irmãos karamazov e ficam 10 anos falando deste mesmo livro, pq não leram outra coisa desde então), ou machado de assis (e só o dom casmurro), ou orwell (os únicos livros do orwell que eles conhecem é 1984 e revolução dos bichos), ou os de panfletagem anti-comunista e pró-conservadorismo e pró-liberalismo (a série dos livros do "o mínino sobre..." que tem 70 páginas, kgb, ou livros escritos pela própria bolha, que também só servem para reafirmar o que o direitista médio acredita) e se vc não ler os livros que eles recomendam, você não está à altura deles, não está tendo uma vida intelectual verdadeira (foda-se meu filho... tenho casa com esposa e menino pra sustentar, não posso perder meu tempo divagando sobre a vida não...), ou não está formando direito o imaginário... Quando se começa com o hábito de leitura, é com livros de temas que te interessam, com livros fáceis que por hora te prendam na leitura, e com o tempo vc vai subindo o sarrafo... li homero com 10 anos de habito de leitura, estou finalizando esta semana o "Crime e castigo", e estou criando coragem (mas vai ficar pro ano que vem) pra pegar "a caixa de porcelanato cheia" que é os miseráveis... e assim vai
A ruína da intelectualidade no Brasil tem nome, forma, cor e cheiro. Ela se apresenta como uma via de desconstrução iconoclasta e, por que não dizer, revolucionária. Vivemos o empobrecimento cultural, a soberba e a arrogância. Somos incapazes de transcender esses limites, pois nos valemos deles para manter a superficialidade de nossas vidas. A literatura, como manifestação artística, sempre esteve calcada em um dos princípios mais fundamentais do homem: o livre pensamento/arbítrio. Sua tônica, mantida por séculos, hoje possui, como se vê, outras cores. Sejamos francos: não há simetria senão aquela corrompida, dissimulada. Justiça social e suas pautas; censura de obras contra-identitárias, racistas, misóginas; arcaicas ou "parnasianas" - distantes da realidade do homem trabalhador, pobre e inculto. Tudo isso é um grande engodo. Em verdade, há uma subversão das coisas e de seu papel na ordem natural. Hoje, tomam todas as frentes, sendo uma delas a educação. Assim como nas demais searas artísticas (já que estamos tratando deste assunto), a literatura foi apartada do "senso crítico" pelos ditos "meios de intelectualização". Fora isso e a quebra da estática e da perseguição do belo por algo mais "cool", fresco e vibrante, a via interpretativa hoje adotada foge à técnica acadêmico-literária que tanto prezamos. Ora, o autor tem, sim, um objetivo claro, uma missão cumprida através do manejo das palavras. Mas o pensamento já não é mais importante, se posto ao lado da causa "mais nobre". Tenho o meu filtro e entendo que a arte está para o sublime, sendo o caminho através do qual ela se fará, independente do instrumento ou adorno que se adote. Palavras de baixo calão, erotismo - se despidos de um caráter crítico e puramente artístico, como se espera de uma boa literatura - são apenas pornografia, nada mais. O tema é, de fato, importante em uma obra - por isso embala corações ávidos por meter os pés pelas mãos. A paixão leva ao relativismo e este, por conseguinte, leva ao declínio das instituições, da sociedade, das artes e do próprio ser humano.
Eu tenho dificuldades em aceitar essa ideia simplista de literatura rasa e literatura "intelectual. É interessante a gente lembrar que ler não é um processo natural para o cérebro humano, como falar, por exemplo. Nós aprendemos ler a partir de estímulos e processos de aprendizagem, normalmente esses estímulos ocorrem na família e também na escola. Se gente observar os estímulos que nós temos na sociedade moderna, veremos que a leitura de livros não é um estímulo muito popular, especialmente entre os mais jovens. Na era da Internet, o algoritmo já sabe que o nosso cérebro prefere uma resenha de livro a uma leitura profunda, que o nosso cérebro prefere um vídeo curtinho a um vídeo mais longo. Então, se o indivíduo está lendo autoajuda ou literaturas mais populares como os da Collen Hoover, num país como o Brasil, com mais de 10 milhões de analfabetos, já é um avanço enorme. É óbvio que o aprendizado leva tempo, e que nós seres humanos estamos num processo de aprendizagem constante, e aprender exige um esforço nosso. Aí a gente já entra num outro tema, que é, por exemplo, o quanto a atual geração tem sido estimulada a se esforçar por alguma coisa. Tudo está disponível na rede, é só clicar. Aí a gente já entra em outro questionamento. O acesso a informação é aprendizado real? Daria pra escrever muito sobre essas questões, mas já está exagerado para um simples comentário de rede social.
A grande questão, penso eu, é a necessidade de colocar rótulos, e também, hoje em dia, a incapacidade de uma grande parte da população, de aceitar a opinião e o gosto alheio sem criticar, sem querer convencer que o que você pensa é o certo e o outro está todo errado. Eu diria que uns 85% da minha leitura nos últimos anos tem sido clássicos. Mas leio todos os livros da Colleen Hoover. Aprendo e tenho prazer com clássicos. Me emociono com as tramas da Colleen. E tá tudo certo. É preciso parar com essa mania de que é preciso ter opiniões radicais. Só gostar de uma coisa , só aceitar uma coisa. O importante é ler, fazer aquilo que te faz feliz naquele momento, não importando se hoje é Tolstoi ou Thomas Mann e amanhã é CoHo ou Julia Quinn.
Concordo com o que disse no início do texto. Hoje você diz que gosta mais do frio do que do calor, as pessoas que gostam de calor vão te atacar como se você fosse um inimigo. Tem gente que critica livros de auto ajuda, pra elas só clássicos prestam. Isso além de ser prepotência tem a ver com ego, ela se acha melhor que os outros por que ela só ler livros clássicos. Puro ego.
comigo é justamente o oposto kkk. No meu grupo de amigos sou o único que lê como um hobbie, e sempre que tento conversar sobre algo que li ou uma sequencia que estou esperando sair eles agem como se fosse papo de intelectual, culto ou como se o habito de leitura fosse algo dificil "só pra pessoas de qi alto" ou sla. E eu com Corte de Espinhos e Rosas na mão kkk
Recentemente vi um vídeo da Bruna Martiolli (professora e doutoranda em literatura) fazendo uma resenha sobre "É assim que acaba" da Colleen Hoover. Ela fez a resenha em duas "personas": a da professora especialista em literatura e a da leitora convencional. E foi interessante ver que enquanto ela falava mal da escrita e da forma que a autora passava as informações, ela também gostava do livro pq estava sendo entretida. Tive essa mesma experiência lendo a saga Percy Jackson recentemente: percebi diversas falhas e inconsistências narrativas ou apenas coisas que eu achava que poderiam ser feitas de melhor forma, mas isso não me impediu de gostar da história como um todo. O problema é que as pessoas, por um lado, ficam querendo ser analista de livro ao invés de leitor. Buscam técnicas de escrita, excepcionalidades narrativas, palavras e expressões rebuscadas em vez de buscar um entretenimento que, eventualmente, pode até trazer um engrandecimento moral, pessoal ou espiritual. Do outro lado, é comum buscar apenas experiências e histórias que te levem ao extremo da emoção, sem se atentar se aquilo faz sentido ou não ou se é, minimamente, bom. Estas pessoas, muitas vezes por simples preconceito, deixam de lado histórias que poderiam ser muito mais envolventes sem necessitar de apelar para traumas, tabus ou questões morais sem solução prática. Enfim, essa discussão é muito interessante e rende muita conversa. Aliás, excelente vídeo e ótimas argumentações!
Eu leio desde muito nova, mas nunca li nenhum clássico kkk recentemente que começei a ter vontade de ler, foi quando encontrei o seu canal e comprei Os Demônios do Dostoievski, que ainda não li, mas foi um dos primeiros videos que vi seu e vi vc falando sobre ele. É um nicho completamente diferente do que eu to acostumada a ler, leio bastante terror/suspense e ficção-científica.
Eu não sou muito de livros de terror, mas volta e meia eu experimento também para sair da zona de conforto hehe tem alguns clássicos de terror também! O Médico e o Monstro, Frankenstein, contos do Poe...
Estou lendo Crime e Castigo de Dostoiévski e estou lutando muito pra não abandonar a leitura. É uma história negativa e na minha opinião depressiva. Não sei se você fez uma boa escolha pra começar na literatura. Espero que não te desanime.
Entendo que é importante criarmos opinião e não palpite. O brasileiro é leitor raso na visão de classe de interesse porque temem a percepção de nós mesmos. O brasileiro é criativo e sabe que é explorado de muitas maneiras.
Concordo com você eu leio tanto clássicos como contemporâneo leio romancinhos bobos . Porém acho tbm q hj em dia por conta das redes sociais e do marketing tem mta gente fazendo propaganda de livros ruins por likes dinheiro . E sim existe livros ruins e livros bons, e acho que vai do senso crítico de cada um pq tem livros que são ruins demais . E tem pessoas que por não terem esse costume da leitura nao possuem um senso crítico, mas não quer dizer q no futuro ela não possa ler clássicos .
🎯 Key points for quick navigation: 00:00 *📚 Modern Reading Trends* - Concerns about the decline in critical reading and rise of shallow literature, - The prevalence of silent reviews and trivialization of complex topics in literary discussions. 02:57 *📈 The Impact of the Information Era* - The role of algorithms in creating echo chambers within literary consumption, - The trend of prioritizing trendy themes over literary quality for visibility. 06:55 *🤔 The Duality in Literary Circles* - Criticisms of elitism and glamorization of classical literature, - The impact of dismissing popular contemporary literature and readers. 10:13 *🎭 Objective vs. Subjective Literary Value* - Distinguishing between objectively good and bad literature while respecting personal preferences, - Persistence of themes discussed despite changes in how literature is consumed. 12:22 *🔄 Responsibility and Change* - Encouragement to bridge gaps between different literary preferences, - Emphasis on personal responsibility for changing consumption habits and expanding literary horizons. Made with HARPA AI
Comigo foi assim, lendo contemporâneos de outros gêneros etc. Mas conforme fui amadurecendo meu gosto e preferências foram se alterando. Claro que é importante e relevante o acolhimento para nos interessarmos mais por clássicos. De dia das crianças dei pra criançada clássico infantis, sempre que posso faço questão de incentivar.
Excelente reflexão. Tem uma questão bem específica que eu penso principalmente quando se coloca esse ponto de bolha clássicos X bolha contemporâneos: Não podemos nunca esquecer de que quando falamos de literatura contemporânea estamos falando de TUDO o que está sendo produzido hoje. Quando falamos de clássicos, falamos APENAS daqueles livros que perduraram. É muito importante ter noção dessa diferença. Tem livros dos anos 2020 que eu não tenho dúvidas de que se tornarão clássicos no futuro, enquanto que a maioria cairá no esquecimento em uma década. E isso SEMPRE foi assim. Ou será que as pessoas acham que os grandes clássicos da literatura mundial nasceram com essa alcunha, com esse peso? Claro que não! Muitos deles, inclusive, foram rechaçados pela intelectualidade da época por serem best-sellers. E aí? Literatura contemporânea não é sinônimo literatura rasa e fútil. Muito pelo contrário. É na arte contemporânea que encontramos retratadas as questões dos nosso tempo e, através desse retrato, as críticas à sociedade que em que vivemos hoje. É na contemporaneidade que temos pessoas pensando o nosso hoje. O problema é essas pessoas estão muito diluídas em meio um monte de gente que não se importa com o que vai dizer, só quer reproduzir uma fórmula que lhe garanta vender mais. Exige muito garimpo pra encontrar o que tem qualidade em meio a tudo o que é lançado, enquanto que os clássicos já nos estão dados de bandeja. Fora que é muito mais desafiador ler e refletir criticamente sobre a sociedade em que estamos inseridos do que sobre uma realidade que não existe mais. E veja bem, falo de um lugar de leitora de livros clássicos. Já tive o desespero de pensar que é muito pouco tempo de vida para ler todas as grandes obras que a humanidade já produziu. Porém fui mudando essa visão com o passar do tempo. Hoje eu penso que tudo bem se não ler todos os clássicos que gostaria, eu preciso destinar um tempo para ler o que as pessoas da minha geração estão escrevendo sobre o mundo que eu vivo, refletir a minha existência no hoje também. Eu preciso ter o direito de reler um livro que li na infância ou adolescência e de que tenho ótimas lembranças. Eu preciso me dar ao luxo de ler algo bobo, leve e divertido pra me distrair quando a vida estiver muito pesada e dolorida por si só. Todo esse textão é apenas para concluir que esse sentimento de superioridade por conta da leitura é uma grande ilusão. Há pessoas analfabetas e sem estudo que com sua vivência dão um baile de inteligência em muito acadêmico. Ninguém é melhor que o outro porque lê. Ninguém é mais inteligente que o outro porque lê clássicos. Ninguém tem mais valor que o outro porque se aprofunda no que lê. Só significa que você é um leitor de clássicos que gosta de se aprofundar no que lê. É uma característica, não necessariamente uma qualidade. São muitos os aspectos que fazem parte da vida e nos tornam pessoas inteligentes e capazes.
Concordo plenamente, Gabi!! Comentei no vídeo da Jam no domingo sobre isso, eu cheguei nos clássicos graças aos livros de autoajuda/desenvolvemento pessoal, se eu não tivesse começado a ler esse tipo de livro, talves hoje não estaria aqui atrás de clássicos e amando a cada leitura e cada descoberta. Cada um tem o seu espaço, seu momento, seus gostos e por aí vai.
inclusive, acho muito difícil que alguém caia direto nos clássicos da literatura. Geralmente nosso primeiro contato é "à força", no colégio, então é raro amar algum clássico na adolescência
Geralmente, costumo separar minhas leituras. 1- Classicos (por diversão) 2- Clássicos, contemporâneo(por estudo e diversão) 3- filosofia (estudo) Esse vídeo é bem necessário.
"[…] Não admita que ninguém entre os seus súditos se destaque, não deixe sobreviver ninguém que seja mais sábio, melhor, mais famoso ou até mesmo mais bonito que a massa. Passe a régua em todos para ficarem no mesmo nível; todos escravos, todos números, todos zé-ninguém. Todos iguais.[…] C. S. Lewis
Concordo 100%!!! As pessoas esquecem que tudo é um processo e que a bolha importa, afinal é ela que nos molda. É muito mais fácil uma pessoa que nunca leu conseguir terminar um livro da collen hoover do que pegar logo um machado de assis por exemplo, não entender absolutamente nada e desistir. Leitura também é amadurecimento e a gente começa com coisas simples e vai se aprofundando com o passar do tempo, mas é isso, se o iniciante se manter uma bolha de tiktok que em suma maioria só fala bobagem, vai acabar que só vai ler livro "ruim" e enquanto a galera "intelectual" não descer do pedestal em que se colocaram para ensinar e falar sobre coisas mais complexas, vão ser sempre 2 grupos de pessoas, que no fim são ignorantes.
Olá, Gabrielli. Tudo bem? Concordo com seus comentários. Eu também não gosto de vídeos destacam mais o livro como objeto (aspecto estético) do que seu contéudo. Mas, por outro lado, gosto quando o "miolo" do livro é mostrado, para saber se para mim vale a pena compra-lo ou não. O ideal é mostrar a edição enfatizar no que ela é diferente das outras (tem textos de apoio, é uma tradução nova ou até então não publicada no Brasil? ), mas, acima de tudo, deixar claro suas impressões sobre a obra. Assim como você também sou leitor eclético. Leio um pouco de tudo, mas não leio livros de certos gêneros e subgêneros modernos, porque eles não despertam meu interesse. A medida que fico mais velho, aumenta meu interesse pelos clássicos que me parecem ser bem maius interessantes e melhores na sua escrita. É aquela velha história, um clássico nunca perde a atualidade e tem sempre algo a nos dizer sobre diversos assuntos. Atualmente, eu não tenho me interessado por autores contemporâneos, principalmente os brasileiros que ao meu ver são um tanto pretenciosos na maneira como usam recursso de narração ou muito raros. Tenho a impressão que há uma tendência mundial no empobrecimento da literatura. De dez anos para cá, não surgiu nenhum livro que vai tornar-se um clássico e até mesmo os ganhadores do prêmio Nobel, com exceção de alguns, merecem ser lidos. Talvez, isso tenha a ver com o problema da crise criativa que parece atingir todos os campos das artes, dentre eles, a literatura. Espero estar errado sobre isso. Mas, essa é a minha impressão sobre a literatura contemporânea. Um abraço.
Eu começei a ler livros de romance policiais - apesar de não saber nada do genêro ou até como ler na época - mas, por necessidade me pus nesse desafio. Li esse livro de Harlan Coben, chamado, Confie Em Mim. Foi um marco. Demorei um ano para ler todo e as vezes ficava na dúvida se tinha que ler a narração ou só os dialogos (nem tinha noção de que se chamava por esses nomes e não tinha YT para ensinar). Todavia, me apaixonei pelo livro do Harlan Coben cujo personagem Adam tinha o mesmo estilo de vida como o meu. Atráves desse livro decide mudar de vida, não mais aquela pessoa problema0tica. Li por bastante tempo os livros do Harlan Coben - quase todos os seus livros tinha lido e tinha inspirado a minha nova vida nos personagens Win & Myron Bolitar (da série M,yron Bolitar). Até que um dia, os seus livros começou a enjoar e passei a questionar bastante sobre quem eu era de fato. Estava na busca de ser melhor copiando alguém que não existe (apesar de suas narrativas e caracteristicas realistica) ou estava buscando uma versão melhor de mim? e ai, automaticamente, senti a necessidade de começar a ler outros livros de outros gêneros e outros autores que me explicasse sobre o próposito de vida etc. Dai, naveguei por vários classicos da literatura sendo russa, alemã, inglesa, brasileira etc. orientais e ocidentais (alguns tive que tomar curso para aprender interpretar) e afirmo, que a leitura me tirou do ego de olhar para mim mesmo, como se eu fosse o centro das atenções, me tornando hulmilde, grato e e paciente rsrs. Idepentendemente do nivel intelectual da pessoa que se aproximava buscava sempre me coloca na posição de aprendiz... Busco sempre incentivar a leitura, porque em cada alma pobre vejo uma oportunidade em se torna uma alma rica - assim como a minha vem se tornando. Não é tentar opor, mas identificar a necessidade do outro e buscar na amizade implementar qualidades de melhoria, como na leitura, por exemplo. E não estou tentando ser modesto, sou o que sou: um eterno aprendiz!
Acho que o que se tem a fazer é simplesmente classificar a leitura, aí entramos num acordo. Uma classificação moral poderia servir, ha quem leia para o entretenimento, para estudar, para se informar.... Claro que a leitura enquanto estudo / conhecimento seria superior. Não acho wue quem vai ler Platão esteja de fato entretido rsrs. Mas não acho justo menosprezar alguém pelo o que quer ler. A pessoa lê o que quer...
Cervantes era viciado na literatura "de entretenimento" da época dele, que eram os romances de cavalaria. Dostoiévski era viciado em jogo de apostas, o que não deixase ser como ter "mal gosto". A inteligência não necessita de arrogância pra se provar.
Sobre esse emburrecimento da população por causa da popularização de livros mais simplistas eu acho justamente o contrário!! Acho que com o disponibilidade do acesso a leitura a uma maioria da população, que não tina acesso a nenhuma forma de literatura antes, esse tipo de livros mais simples ficariam mais populares msm. Não da pra esperar que uma pessoa pobre que só recentemente teve acesso a literatura comece lendo Dostoiévski. Numa classe que antes era na sua maioria aliterada, Colleen Hoover nao é tao ruim.
Penso a mesma coisa! Fora que a leitura de livros mais simples é uma forma de conhecimento, principalmente em relação a escrita, conhecimento de palavras, etc.
Acredito que o acesso inicial a livros mais “simples” seja maravilhoso para incentivar quem não ter o costume de ler (eu comecei assim tbm), mas não dá para negar que a cultura do booktok e a mega popularização de alguns desses livros meio que trancou parte da população nessa bolha que acredita que a literatura é só para “desligar a cabeça”, e acaba que isso não incentiva o crescimento literário para outras obras, o que é preocupante.
Sou inscrito em vários canais, mas, este é o primeiro que vejo trazer discussões a respeito de temas em torno do "assunto" leitura. Colocações bem feitas, eu cheguei a pouco tempo a reclamar de quem só lesse os contemporâneos...Mas, procuro acolher essas pessoas. Em primeiro lugar, tem opções de leitura(ao menos por prazer), que são boas. Segundo, porque, pode a partir deles, aguçar as pessoas a ler outras obras mais clássicas. De qualquer forma, eu tenho curiosidade com alguns títulos que vejo, principalmente os seriados. Apenas, as obras antigas que quero ler são numerosas, e nem elas, que são minha prioridade, serão esgotadas até que eu morra. Também, falo muito a respeito de leitura por "diversão".
Sempre tive o hábito de ler, isto desde minha alfabetização. Passei por escolas onde a leitura era sempre incentivada, e isto longe daquelas obras mais tradicionais - e chatas - que eram por padrão estipuladas na maioria das escolas. E foi nesta época que comecei com os clássicos, ainda pré-adolescente e lendo A Ilha Misteriosa, obras de Verne, passando também pelas grandes obras da Coleção Vagalume. Enfim, para mim tudo foi uma evolução natural, e tenho nos clássicos minhas melhores experiências literárias. Foi simplesmente o caminho que a vida me fez trilhar... Apesar que leio de tudo (ou quase tudo), mas mais motivado pelo prazer que os livros me proporcionam.
A pobreza intelectual é realmente lamentável, não apenas no Brasil, como no mundo. Há séculos chamaríamos de privilegiados àqueles com acesso às obras de Shakespeare (citando um pequeno exemplo), e de fato, não era nada acessível. Naquela época, qualquer indivíduo com um pouco de senso crítico diria: “devemos permitir aos menos afortunados tamanho engrandecimento intelectual”. No entanto, podemos hoje constatar que acessibilidade de nada adianta para uma população emburrecida. Qualquer cidadão com acesso à internet pode, de onde estiver, assistir ou ler uma peça de Shakespeare, no entanto, uma pequeníssima minoria o faz, sem agora a desculpa da falta de acesso. O caminho para uma sociedade virtuosa não se trata de se achar melhor por haver lido a Ilíada no original ou de acolher e confortar uma pessoa que deliberadamente considera “medíocre” um elogio, mas sim, instigar a busca pela intelectualidade e conhecimento profundo, superando antes de tudo a pobreza intelectual. Não chame ninguém de "burro" por ler livros ruins, tampouco a parabenize por isso.
Eu leio e não gosto de compartilhar o meu mundo. "Ser intelectual é pensar bem" Antônio Abujamra Recomendação de livro: Filoteia - Imitação de Cristo - Confisco. Boa leitura
Linda a tua análise, Gabi. Acho que estamos passando por um período em que as opiniões são muito extremistas e polarizadas. Não existe leitura boa ou leitura ruim. Existe leitura para certos momentos da tua vida, iniciais ou avançados, para cada pessoa e cada mente. Assim como a intelectualização exagerada é perigosa por ser elitista e desincentivar pessoas iniciantes a ler, a mega popularização de certos livros também é muito problemática. Meu maior problema com alguns desses livros “simples” é que muitas vezes eles normalizam histórias ou tropes que não são muito saudáveis (como abuso, machismo, enfim), principalmente para mulheres. Normalizar somente esse tipo de leitura pode trazer a tona uma onda de problemas para que só consome isso (ainda mais sem senso crítico ). Temos que ler, sim, o que quisermos; temos que criticar, sim, o que lemos. Não precisamos gostar ou concordar com tudo, desde que com respeito. Ótimo vídeo.
Essa normalização de relacionamento que não é saudável foi exatamente o que senti lendo alguns livros contemporâneos: É assim que acaba, Tudo é Rio e a série adolescente After (infelizmente li isso no fim da adolescência, pura passada de pano pra adolescente problemático)
É a indústria do entretenimento, que muitas vezes prioriza a lucratividade em detrimento da qualidade artística. Filmes, músicas, livros e programas de televisão são produzidos em massa, seguindo fórmulas previsíveis e estereótipos simplificados. Isso leva ao empobrecimento da cultura e ao enfraquecimento da capacidade de apreciar obras de arte mais complexas e desafiadoras.
Excelente vídeo! Eu gosto muito de ler, leio decquase tudo, tenho preferência pelos clássicos, mas não crítico quem gosta dos contemporâneos até porque de vez em quando também os leio e até gosto. Acho que tudo é equilíbrio e de preferência sem preconceitos.
Uma pessoa que lê Harry Potter, ou a Cabana, atualmente é melhor que 99 porcento da população... então ficar restrito a clássicos é arrogância, que não ajuda a maioria da população. Se conseguirmos fazer alguem ler clássico é legal, mas se conseguirmos alguém fazer LER é espetacular !
Nessa onde de querer ser intelectualzinho tô com uma pilha enorme de livros sem ler só ocupando espaço e peso, agora tô sofrendo pra me desfazer deles pois paguei caro e ninguém paga nem mixaria, agora se eu quiser ler algo vou comprar versão pdf, livro fisico nunca mais, no máximo uma apostila de algum curso específico, isso vale tbm pra filmes, séries, jogos etc etc etc... Versão digital veio pra ficar
Primeiramente, parabéns pelo seu trabalho. Eu faria um adendo q a literatura contemporânea tem q ser tbm dividida em 2 a d "entretenimento" e a "seria" Michel Houellebecq e amoz os e outros contemporâneos não podem ser estar junto com alguns autores q só fazem livros para vender, em verdade eu acho q nessa categorização existe um série de nuances. Venho aqui admitir q adoro a Carla madeira 😂😂
Comecei lendo uns livros de autoajuda que considero bem bosta pq era o que minha mãe tinha em casa, mas enquanto ia lendo já ia achando bosta, não sei se todo mundo vai ter essa compreensão, pois bem, esses livros me trouxeram pra leitura de alguma forma.
Na verdade as pessoas fogem dos clássicos por puro preconceito, pois quando ouvem a palavra " clássico" já coloca o preconceito na cuca de que livro clássico significa livro difícil. E é justamente o contrário! Acho os livros clássicos muito mais saborosos e deliciosos do que os livros rasos, que são mal escritos, mal construídos e com narrativas escritas por orangotangos.
Eu sou apaixonada pela leitura desde 9 anos de idade! Leio diversos gêneros! Leio clássicos, daí leio um contemporâneo principalmente com finais felizes. Auto ajuda! Filosofia. Religiões. Misticismo. Espiritualidade. E os de época A minha leitura é por imenso prazer.
Hi Gaby!! I love watching your videos! Learn something new every time. Your lessons are very important... I read a little bit of everything. Kisses for you...
Não gosto de livro hot e nem acho que uma pessoa que goste vai chegar a lê um clássico, tenho uma amiga que ama e faz mais de 10 anos quê lê e não pensa em mudar, eu tenho foco nos clássicos, mas leio contemporâneos tbm, não leio hot... aquela coisa toda é melhor praticar que ficar na teoria
Eu tenho a sensação que há uma intenção de precarização da leitura 👀 Pessoalmente nao gosto da literatura como "entretenimento" pq o poder da construção que um livro tem em nosso inconsciente é incalculável. Nunca é uma bobeirinha... algo levinho... Pq na leitura, temos os ingredientes e somos levados a construir tudo o que esta escrito. Diferente de um audiovisual, onde tudo esta exposto... Fonte: Vozes de minha cabeça 🤔
A decadência da cultura ... sabe aquele filme idiocracia .... mera coincidência . Já parei de seguir um canal de literatura porque a pessoa só fazia video de TAg .
Assim como amadurecemos pra vida, amadurecemos como leitor, num país que quase ninguém lê, tá ótimo ler qualquer, a princípio, pq logo esse leitor vai se interessar por outras coisas. Hoje eu amo clássicos, mas comecei com fantasia e tá tudo bem! sem neuras!
Uma coisa q vejo nas redes sociais e escritores que não lêem clássicos, qualquer pessoa q queira escrever tem q ter na bagagem os clássicos ao menos q tenha uma puta história de vida. Desculpa pelo palavrão 😅
Eu amo clássicos mas nunca me achei mais inteligente, não faz sentido menosprezar alguém q tem outros gostos. Mas quem quer ler algo mais "intelectual " ler artigos é uma boa.
Finalmente alguém falando sobre isso. A bolha católica literária inflou demais no período olavista, fora as pessoas utilizando clube do livro para, pasmem, fugir dos livros. Se você quer alguém que sentou a piroca nessa turma é o Ronald Robson. O livro se chama "Contra a vida intelectual". É um livro prazeroso e divertido pra quem quer uma análise desses influenciadores. Vai render vários risos ao longo da leitura.
Tem algo no Brasil que é honesto? A estética de ser intelectual inteligentinho é o que conta. Conteúdo, nada. Sinceramente, olhando o Brasil de fora (onde estou), é assustador essa macaquice de intelectualidade que está incrustada na alma brasileira. Aqui as pessoas lêem mais e melhor. A quantidade de editoras, títulos, autores é assustadora. Toda semana algo novo e bom. E quem lê, realmente lê, não finge que lê. As pessoas que se metem a falar algo, falam porque realmente tem o que dizerz e não porque quer macaquear inteligência e usar palavras rebuscadas e retórica.
Eu acho que muita gente que leu O morro dos ventos uivantes por causa do Crepúsculo. Ler uma farofa não te inferioriza de jeito nenhum (a gente adora uma romantasia de vez em quando!) Por outro lado, ler só clássicos não te torna superior. Dito isso, da pra ler de tudo. Até pq, na pior das hipóteses, vc leu um livro ruim e aprende a diferenciar os ruins dos bons. Agora, se tem uma coisa que me irrita um pouco são os leitores de farofa que se vangloriam ou acham "cool" não conseguir ler clássicos. Ter orgulho da própria mediocridade me incomoda um pouco. Bora ler as farofas, mas não tenha preconceito com os clássicos. E você e versa.
Não tem como você dissociar a importância de uma obra ao tema dela, o tema dela fará parte da relevância. Tem sim toda a parte técnica, mas isso não está a cima definitivamente do tema.
P mim o problema n está em ler coisas rasas ou profundas mas é vc n conseguir fórmula algum senso crítico. N adianta vc qrer jogar em um nível hard um um jogo q vc nem treinou. Outro ponto mt importante é o q seria das pessoas q n sabem/qrem apenas se divertir num dia quente se so existisse piscinas profundas?? É mt boooom ler livros bestas/bobinhos e vai ter gnt q so gosta disso e p inverso tbm existe, ruim msm é vc menosprezar os outros por n ler o q vc qr.
Tanto faz, não me importo. Continuo lendo as coisas que eu gosto e não teria nem pensado nesse assunto se não tivesse esbarrado com esse vídeo. Realmente não faz diferença pra mim.
O povo gosta de 50 tons de cinza 😂😂😂😂 brincadeiras a parte eu gosto de ler de td um pouco sobre vários assuntos, mas sempre tem um que vai criticar o que vc le independente do que for isso é fato, o povo é chato
Lembro do pondé. Uma vez ele disse "se alguém te pergunta qual seu livro preferido, ela já declara não ser uma pessoa que lê muito, pois depois de uma certa quantidade, não há apenas um favorito. E se você tem um livro favorito... você leu pouco. Pois quanto mais lê, menos se sabe, menos conhece". Parafraseando claro kkk
Ao meu ver, não existe aspecto objetivo pra definir se uma arte é boa. Tudo o que tem a ver com a gente chamar uma obra de "boa" passa pelo nosso julgamento subjetivo e de comparação com outras coisas que a gente chama de boas
Não leio clássicos, mas tenho muita vontade de ler! Não vou mentir, tenho muito livro meio raso (fantasias e suspenses) então pretendo ler todos eles para começar a ler clássicos (é um acordo que fiz com meus pais, já que eles falaram que eu preciso terminar de ler os livros que tenho para poder comprar mais)
@@ma4ki1 Peça um kindle pra eles ou compre um usado, baixe os clássicos e leia qdo der e no seu tempo. A grande maioria desses clássicos já está em domínio público, então vc pode baixar legalmente e de graça (se vc lê no celular ou em computador, não precisa nem do Kindle). Só de autores do século 20, já tem coisas de Hemingway, Kafka, Faulkner, Brecht e Graciliano Ramos em domínio público. Mas faça no seu ritmo, sem perder o prazer da leitura, e não precisa abandonar as leituras mais leves qdo começar a ler os clássicos
Eu vi um vídeo... com todo respeito!! Mas a moça disse que Orgulho e Preconceito era Enemies to Lovers. Ela disse que não tinha gostado, por que fala muito sobre a época e ela não gostou muito, o relacionamento entre o Sr. Darcy e Elizabeth era lento demais. Eu ouvindo o restante do vídeo e só fiquei com enemies to love na mente.
Acho que foi o primeiro livro da Jane Austen que ela leu, o foco principal nunca é o romance dos livros dela em geral, sempre é a crítica social, juntamente com o preconceito sobre determinada classe. O romance é o pano de fundo da história principal, o bom é que nos treinam pra desenvolver a empatia e não julgar o próximo.
Acho que o problema também é sempre querer fazer "panelinha". As pessoas não sabem mais apreciar as coisas sem se meter num grupo super seleto imaginado por elas, como se fossem tão importantes que merecem sua própria categoria. Tudo seria muito mais fácil se a leitura fosse feita por prazer e não para nos engrandecer perante os outros! Talvez o que eu tenha dito não faça muito sentido para o nome do vídeo em si, mas acho útil sobre um dos assuntos debatidos que é essa "segregação"(sei que exagerei no termo) entre as pessoas do mundo literário.
Falta de humildade e senso crítico. Sinceramente, eu evito contato com outros leitores pq ou é um show de arrogância ou é gente que concorda 100% pq foi fulano que escreveu e se está escrito, então é uma verdade absoluta.
Eu procuro contato com leitores, pq pessoalmente, conheço somente uns 2 ou 3. Putz... se achasse algum seria ótimo. Conversar sobre livros! Só acho na Internet.
@@victorpetrarca2471 Pessoalmente é bem difícil mesmo, eu só conheço uma pessoa que é leitora e ainda sim nossos gostos literários são totalmente diferentes
Os leitores que eu conheço são bem de boa, ninguém tenta ser melhor do que ninguém, na verdade, fico até feliz quando encontro alguém que lê. O problema é quando você se torna mais maduro literariamente falando, e os seus gostos pra livros mudam. Por exemplo, eu gosto de romance e ficção, mas agora também gosto dos clássicos (algo que eu odiava na adolescência), e fica difícil pra mim discutir sobre um livro de literatura russa ou inglesa com outra pessoa, já que quase ninguém gosta 😿.
EU acho que essa 'glamourização do intelectual' se traduz nesses vídeos INSUPORTÁVEIS de TAG/LISTAS. Enquanto pessoa que consome conteúdo de literário eu me sinto enganada, pq o cara fala meia bosta do assunto tratado no livro (o que qualquer pessoa teria feito lendo a sinopse) e acha que está passando uma ideia de super intelectual. “Nossa, olha essa lista que eu fiz” e o pobre que esta começando sua jornada literária, acha que o cara leu aquilo tudo. A verdade é que a grande maioria dos produtores de conteúdo (não todos, como no seu caso) desse nicho estão mais preocupados com visualização do que com entregar um conteúdo de qualidade. Vamos ser sinceros, se for para ver lista de livros, eu entro na Amazon, na Estante Virtual e resolvo meu problema. Qualquer um com o mínimo de capacidade cognitiva consegue entender pela Sinopse do que aquele livro trata. Não precisamos de vídeos trazendo “Livros com personagens tóxicos”; “Livros que me emocionaram” etc. O pior é que muitas vezes o próprio produtor de conteúdo não é limitado cognitivamente, mas se “vende” a troco de visualização. O que, no meu ponto de vista, reflete mais a limitação do público daquele canal do que necessariamente da pessoa que produz o vídeo.
esse é um debate super válido, também. Até como falei no vídeo, infelizmente lista, bookhaul, unboxing, vídeo curto, etc engaja muito mais e é mais entregue pelo algoritmo. Por aqui eu busco sempre o equilíbrio, porque é inevitável fazer vídeo de lista pra conseguir entregar dois vídeos por semana; mas eu acho que resenha ou pelo menos vídeo falando exclusivamente de um livro é o que perpetua de verdade um produtor de conteúdo. Qualquer um faz lista, mas precisa no mínimo pensar além e pesquisar pra entregar uma boa resenha
Os dois lados são chatinhos, né? Você fez uma boa síntese. Ler em primeiro lugar, por prazer, não para "parecer inteligente". Eu leio praticamente de tudo, dos clássicos a Sidney Sheldon. Não gosto daquelas resenhas "profundas" que querem destrinchar atomicamente o livro e encontrar significados ocultos, excessivamente acadêmico, etc. é chato pra carvalho. Tem livro bom e tem livro ruim do ponto de vista da crítica mais especializada e da crítica que realmente vale: a do leitor, de quem compra o livro, lê e gosta.
Decidi focar em fantasia e ficção científica contemporânea. Não vou ficar forçando a barra com Dostoiévski, Tolstói, Machado de Assis etc. Chega de ficar nessa enrolação. Agora eu quero entretenimento e cultura. Que venha mais de Brandon Sanderson, Isaque Asimov, Robert Jordan, Agatha Christie. Esses leitores de clássicos são na maioria metidos a intelectuais kkkkkk Por isso que estou parando com os clássicos. Chega de ficar o tempo todo refletindo kkkkkkk chatice. Eu quero ação e um pouco de intelectualismo. Vou entrar no universo de DUNA. Chega de lerdeza e pompa. A baixo a ostentação intelectual.
Não acho que exista uma "literatura rasa ", o importante é que a pessoa se desenvolva com o hábito da leitura , obviamente que existem livros ruins e comerciais, porém se a pessoa pelo menos se interessa em ler já esta valendo. Uma grande maioria não lê por influência das redes sociais que prendem a nossa atenção eoutros tipos de entretenimento.
Acho que a literatura rasa seria aquela que não preza pela escrita boa. Muitos dos livros populares hoje em dia reproduzem manias de linguagem que são ensinadas na escola como erradas e que se procura evitar. Acredito que o tipo de leitura rasa seja aquela também que reproduz e enfatiza comportamentos abusivos (o caso de muitos livros do booktok) que normalizam esse comportamento e também incentivam o leitor a não criticar, pois é uma leitura para “desligar o cérebro”. Complicado debater isso
Existe um outro problema sobre a homogeneidade dos livros mais vendidos: Eles são feitos para serem consumidos por um mesmo grupo de pessoas, gerando uma retroalimentação que não permite "furar a bolha". Isso pode parecer o óbvio já que capitalismo funciona na base da oferta e demanda, mas isso gera problemas a longo prazo pra todo o mercado literário. Isso porque o mercado acaba se tornando cada vez mais fechado em si mesmo, não abrindo margem para converter não leitores em leitores. E esse problema já tá aparecendo no Brasil. A cada ano que passa o número de leitores no Brasil diminui, o que não deveria acontecer na teoria por conta da internet e todo o acesso mais fácil a livros. Mas, essa revolução digital também tá sendo a pedra no sapato do mercado. Isso porque, com a internet, veio o consumo em massa de entretenimento na forma de TH-cam, Netflix e tantos outros serviços de streaming. Nesses serviços, você paga 55,90 por mês e tem acesso a uma quantidade virtualmente infinita de conteúdo, o que não acontece na literatura, já que um livro médio hoje custa fácil seus 50 reais. O consumidor médio então faz um cálculo fácil. No streaming ele pode consumir tudo que quiser sem o medo de comprar algo e não gostar. Se ele não gostou do primeiro episódio da série, ele para e vê outra sem sentir que perdeu dinheiro. Se ele não gosta dos 3 primeiros capítulos de um livro, ele sente que jogou o dinheiro de um mês de Netflix fora. Isso pode parecer um reducionismo da literatura ao mero conteúdo de entretenimento, mas hoje em dia ela está bem perto de ser isso. E é só entendo isso que o mercado pode evoluir e começar a converter não leitores em leitores. O grande problema, como mencionado anteriormente, é continuar criando histórias que geram a retroalimentação da bolha das bookredes. O consumidor médio vê os livros mais hypados e pensa: Porque vou gastar o dinheiro de um mês de Netflix numa história que eu posso ver na minha televisão? A solução, por mais clara que pareça, é criar livros com histórias que NÃO podem ser consumidas em nenhum outro lugar. É você olhar nos olhos do consumidor de entretenimento e dizer: Se você ficou intrigado por essa premissa, o único jeito de consumir ela é comprando esse livro. Isso pode parecer radical, mas já foi feito várias vezes tanto no cinema quanto na literatura. É o chamado de High Concept (Alto conceito em inglês). Como o próprio nome diz, são história baseadas em premissas que se vendem sozinhas. Premissas tão instigantes que só de ouvir elas a sua mente ia imagina as possibilidades de profundidade de enredo, personagens e temas. Jogos Vorazes, a Origem, Round 6, são só alguns exemplos desse tipo de premissa em histórias. São esses os tipos de histórias que fazem com que não leitores se tornem leitores, porque, de novo, eles não tem outra opção. Nós como mercado precisamos perceber isso e começar a incentivar escritores a produzirem história desse tipo. Só assim pro mercado começar a crescer de verdade e não implodir na própria arrogância de achar que literatura pode competir de igual com o audiovisual.
Eu acho que nessa competição, o livro vai sair perdendo. Competir pela história. Como vc falou, é retroalimentação. Uma pessoa acostumada a Narrativas aceleradas de séries e filmes modernos dificilmente pararia pra ver algo lento como um livro. No máximo, as Narrativas rápidas e rasas de ação. Mas creio que, pelo perfil, nem isso. O que eu acredito mesmo é num incentivo ao prazer de ler desde a tenra infância. Vc ganhando a pessoa (que tenha acesso limitado a telas, claro) pelo prazer da leitura desde cedo, vc a ganha pelos livros em si. A geração atual que não passa sem celular.... pra mim, está perdida! Esse vício é algo EXTREMAMENTE difícil de tirar e exige uma vontade própria grande, coisa que é algo que naturalmente não existe ou é raro. Não estou dizendo que sou superior nem nada, mas somente relatando o que inúmeras pesquisas mostram. É algo gravíssimo. Meu filho tem quase 10 e creio que consegui incutir um amor pelos livros nele. Mas com acesso a telas extremamente limitado (praticamente num horário limitado nos finais de semana). Ele até joga no PC, às vezes, mas tbm limitado. Se eu deixo mais solto o acesso, ele naturalmente para de ler. Já testei. Porém, não me preocupo dele cair pro mesmo gosto da geração Z, pq ele já tem um repúdio natural ao excesso de tela. Mas por causa disso, não acho que dá pra competir a tela com o livro. Ela tem que ser proibida até certa idade e até a criança ter um apego natural ao livro.
1)Não há Literatura no Brasil pelo simples fato da maioria esmagadora dos brasileiros não conhecerem sequer a própria identidade nacional derivada da Igreja Católica. A prova disto é que ninguém discute o valor do Latim, de onde deriva o Português. 2)A política de Diploma faz as pessoas não querer estudar pelo conhecimento, cultura, vocação, ou para ter ou dar bens de serviços, mas sim para fins econômicos ou para fins políticos, seja para se perderem no materialismo ou em revoluções que apagam a nossa tradição católica. 3)Enquanto não se discutir a predominância dos feitos revolucionários de ocupação de espaço e perseguição ideológica, política e religiosa nas Universidades que são subsidiadas com dinheiro público num país que se diz democrático, nada passará de teatro.
Você pode ler mil livros e conhecer milhares de autores, mas a redenção e a plenitude do ser humano não estará aí, se você não sentir e viver o aprendizado do espírito. O intelecto é uma ferramenta que pode ajudar a alma, logo, ele não é um fim em si mesmo, ele é uma ajuda, uma ferramenta, que se descalibrada, atrapalha mais do que ajuda. "Existem almas tão simples que nada sabem sobre os costumes e os assuntos do mundo, mas que, no entanto, muito entendem das relações com Deus." Santa Teresa de Ávila
Eu acho que o caminho da intelectualida é justamente o contrário. Quanto mais eu leio e estudo mais eu acho que eu não sei de nada e preciso melhorar. A intelectualidade de verdade tem que vir junto com a humildade, na minha opnião.
concordo plenamente!
Mas não é bem assim, é só ver o comportamento de alguns grupos como médicos.
@@Juju.d.Sá Isso que dá quando você faz um atrelamento tão grande de status social com uma profissão. Pessoal que entra na área só pelo barulho da moeda. Vide médicos, advogados, engenheiros...
@@ericalima4818 me senti representada nesse comentário ☺️😂
@@ericalima4818 "Só sei que nada sei".
Eu sinto que no Brasil, as pessoas tem a mania de colocar os carros na frente dos bois, em literalmente qualquer discussão. Da mesma forma que se preocupam com quantas livrarias de bairro tem uma cidade, sendo que moramos em um país em que mais da metade (Sim, eu pesquisei esse número absurdo) da população não tem acesso a esgoto com tratamento adequado, agora as pessoas estão preocupadas se uma população, em que a maior parte de seus integrantes não se anima nem pra ler bula de remédio, está fazendo a leitura critica e bem feita dos livros, se está lendo alta literatura ou se está desenvolvendo uma vida intelectual.
Gente...eu só peço calma.
Concordo
concordo com sua ideia, mas seu argumento sobre saneamento basico nao esta muito claro... na verdade, mais da metade da populacao brasileira tem sim acesso a saneamento basico, ja o tratamento de esgoto e outra coisa - e sim, ainda menos da metade do esgoto e tratado no Brasil - mas, nesse caso, nao se fala em "acesso" e enquanto este esta mais vinculado a questoes ambientais, o outro refere-se a saude publica mesmo, basicamente... (tem uma nuance ai, para o caso de que nao entenda a diferenca na primeira leitura...)
Muito bom o vídeo!!! Sem me alongar, faço uma analogia com a música. Se uma música te toca, te emociona, não deixe de ouvi-la. Mesmo vale para literatura. Sem rótulos, se um livro te toca e te emociona, se uma única frase te leva a reflexão, a uma percepção melhor da vida, então a leitura já valeu a pena! Mais uma vez, parabéns pela análise!!!
Bom pensamento 🙌🏼
eu vim de uma fase de leituras muito intensas e pesadas, que exigiram muito de mim! sempre AMEI livros assim. hoje nao estou nesse momento e tenho lido livros mais tranquilos e que nao me desafiam tanto. e ta tudo bem! vamos ler de tudo, de acordo com nosso gosto! 😊
Necessito de obra rasa como respiro. Não consigo encarar clássicos seguidos, pois entendo como estudo (por mais prazer que a leitura pode me proporcionar).
Vc vê leitura de clássico como estudo? Tem livros clássicos bem divertidos, sem conteúdos tão densos.
@Juju.d.Sá , deveria ter colocado o termo "estudo" entre aspas. Quis informar que quando leio clássico, além do prazer, gosto de saber todo o contexto que circunda a obra e o autor (o momento histórico, o motivo da feitura da obra e etc.), o que normalmente não faço com livros ditos rasos.
Desculpa se ficou enviesado o entendimento. Não foi a intenção. 😉
@laly826 ah sim, tem livros que sem esse " estudo" nem dá pra entender o livro, aconteceu comigo e a " Divina comédia" 😅.
Concordo! Mario Vargas Llosa já falou sobre isso no incrível "A civilização do espetáculo", sugiro que leiam. O consumo de literatura rasa gera leitores rasos, desses que não sabem sequer fazer interpretação de texto. O exemplo de 1984 que você falou é um exemplo. Reducionismo, falta de senso crítico, falta de leitura aprofundada. Lê-se apenas para marcar um xis na lista.
Parece Ortega y Gasset criticando o "homem da massa". Essa sua opinião é extremamente elitista e atrasada.
Sério que vc realmente pensa assim??? @@igormuniz7068
@@igormuniz7068 ue, se as massas conseguem baixar pdf de O CEO e a Virgem, consegue baixar livro que não é raso também, entao menos
@@paradaliteraria607 Acho que você não assistiu ao vídeo até o final. Ele critica justamente posicionamentos extremos como o do seu comentário.
O hábito de leitura muda a vida de uma pessoa, eu acredito nisso. E pegar o hábito é muito difícil. Então se a pessoa começar lendo livros "rasos", mas isso ajuda-la a ler mais livros e ir pegando o hábito de leitura pra mim é super válido.
Eu não acho que o algoritmo prejudica quem faz resenha de livros difíceis, eu acho que as pessoas tem menos interesse por este tipo de vídeo.
8:50 - Há 12 anos quando comecei a criar o hábito da leitura, eu lia livros de auto ajuda (o monge e o executivo, quem mexeu no meu queijo? etc), auto desenvolvimento, finanças pessoais (Pai rico pai pobre, segredos da mente milionária, livros do gustavo cerbasi), literatura de aeroporto (Laurentino Gomes, série do guia politicamnente incorreto do leandro narloch), filosofia (pondé, cortella), ficção atual (dan brown, a cabana), séries (guia do mochileiro das galáxias, as cronicas de gelo e fogo), e tá tudo bem!
Os "intelectuaizinhos" de direita (pq os de esquerda malemá sabem ler, e quando lêem é só coisas para reafirmar as próprias convicções sociais... (ok, os de direita também fazem isso hehehe)) ficam nesse fetiche de que tem que ler sertilanges, o senhor dos anéis, clássicos como dostoievski (e se lêem, é só o crime e castigo ou os irmãos karamazov e ficam 10 anos falando deste mesmo livro, pq não leram outra coisa desde então), ou machado de assis (e só o dom casmurro), ou orwell (os únicos livros do orwell que eles conhecem é 1984 e revolução dos bichos), ou os de panfletagem anti-comunista e pró-conservadorismo e pró-liberalismo (a série dos livros do "o mínino sobre..." que tem 70 páginas, kgb, ou livros escritos pela própria bolha, que também só servem para reafirmar o que o direitista médio acredita) e se vc não ler os livros que eles recomendam, você não está à altura deles, não está tendo uma vida intelectual verdadeira (foda-se meu filho... tenho casa com esposa e menino pra sustentar, não posso perder meu tempo divagando sobre a vida não...), ou não está formando direito o imaginário...
Quando se começa com o hábito de leitura, é com livros de temas que te interessam, com livros fáceis que por hora te prendam na leitura, e com o tempo vc vai subindo o sarrafo... li homero com 10 anos de habito de leitura, estou finalizando esta semana o "Crime e castigo", e estou criando coragem (mas vai ficar pro ano que vem) pra pegar "a caixa de porcelanato cheia" que é os miseráveis... e assim vai
A ruína da intelectualidade no Brasil tem nome, forma, cor e cheiro. Ela se apresenta como uma via de desconstrução iconoclasta e, por que não dizer, revolucionária.
Vivemos o empobrecimento cultural, a soberba e a arrogância. Somos incapazes de transcender esses limites, pois nos valemos deles para manter a superficialidade de nossas vidas.
A literatura, como manifestação artística, sempre esteve calcada em um dos princípios mais fundamentais do homem: o livre pensamento/arbítrio. Sua tônica, mantida por séculos, hoje possui, como se vê, outras cores.
Sejamos francos: não há simetria senão aquela corrompida, dissimulada. Justiça social e suas pautas; censura de obras contra-identitárias, racistas, misóginas; arcaicas ou "parnasianas" - distantes da realidade do homem trabalhador, pobre e inculto. Tudo isso é um grande engodo. Em verdade, há uma subversão das coisas e de seu papel na ordem natural. Hoje, tomam todas as frentes, sendo uma delas a educação.
Assim como nas demais searas artísticas (já que estamos tratando deste assunto), a literatura foi apartada do "senso crítico" pelos ditos "meios de intelectualização". Fora isso e a quebra da estática e da perseguição do belo por algo mais "cool", fresco e vibrante, a via interpretativa hoje adotada foge à técnica acadêmico-literária que tanto prezamos. Ora, o autor tem, sim, um objetivo claro, uma missão cumprida através do manejo das palavras. Mas o pensamento já não é mais importante, se posto ao lado da causa "mais nobre".
Tenho o meu filtro e entendo que a arte está para o sublime, sendo o caminho através do qual ela se fará, independente do instrumento ou adorno que se adote. Palavras de baixo calão, erotismo - se despidos de um caráter crítico e puramente artístico, como se espera de uma boa literatura - são apenas pornografia, nada mais.
O tema é, de fato, importante em uma obra - por isso embala corações ávidos por meter os pés pelas mãos. A paixão leva ao relativismo e este, por conseguinte, leva ao declínio das instituições, da sociedade, das artes e do próprio ser humano.
Eu tenho dificuldades em aceitar essa ideia simplista de literatura rasa e literatura "intelectual. É interessante a gente lembrar que ler não é um processo natural para o cérebro humano, como falar, por exemplo. Nós aprendemos ler a partir de estímulos e processos de aprendizagem, normalmente esses estímulos ocorrem na família e também na escola. Se gente observar os estímulos que nós temos na sociedade moderna, veremos que a leitura de livros não é um estímulo muito popular, especialmente entre os mais jovens. Na era da Internet, o algoritmo já sabe que o nosso cérebro prefere uma resenha de livro a uma leitura profunda, que o nosso cérebro prefere um vídeo curtinho a um vídeo mais longo. Então, se o indivíduo está lendo autoajuda ou literaturas mais populares como os da Collen Hoover, num país como o Brasil, com mais de 10 milhões de analfabetos, já é um avanço enorme. É óbvio que o aprendizado leva tempo, e que nós seres humanos estamos num processo de aprendizagem constante, e aprender exige um esforço nosso. Aí a gente já entra num outro tema, que é, por exemplo, o quanto a atual geração tem sido estimulada a se esforçar por alguma coisa. Tudo está disponível na rede, é só clicar. Aí a gente já entra em outro questionamento. O acesso a informação é aprendizado real? Daria pra escrever muito sobre essas questões, mas já está exagerado para um simples comentário de rede social.
A grande questão, penso eu, é a necessidade de colocar rótulos, e também, hoje em dia, a incapacidade de uma grande parte da população, de aceitar a opinião e o gosto alheio sem criticar, sem querer convencer que o que você pensa é o certo e o outro está todo errado.
Eu diria que uns 85% da minha leitura nos últimos anos tem sido clássicos. Mas leio todos os livros da Colleen Hoover. Aprendo e tenho prazer com clássicos. Me emociono com as tramas da Colleen. E tá tudo certo.
É preciso parar com essa mania de que é preciso ter opiniões radicais. Só gostar de uma coisa , só aceitar uma coisa. O importante é ler, fazer aquilo que te faz feliz naquele momento, não importando se hoje é Tolstoi ou Thomas Mann e amanhã é CoHo ou Julia Quinn.
Concordo com o que disse no início do texto.
Hoje você diz que gosta mais do frio do que do calor, as pessoas que gostam de calor vão te atacar como se você fosse um inimigo.
Tem gente que critica livros de auto ajuda, pra elas só clássicos prestam. Isso além de ser prepotência tem a ver com ego, ela se acha melhor que os outros por que ela só ler livros clássicos. Puro ego.
comigo é justamente o oposto kkk. No meu grupo de amigos sou o único que lê como um hobbie, e sempre que tento conversar sobre algo que li ou uma sequencia que estou esperando sair eles agem como se fosse papo de intelectual, culto ou como se o habito de leitura fosse algo dificil "só pra pessoas de qi alto" ou sla. E eu com Corte de Espinhos e Rosas na mão kkk
Sempre gostei de ler e nunca tive um QI alto.
Vídeo perfeito Gabi! Amo a sua clareza sobre os temas ❤
@@prof.carolbauermann adoro te ver por aqui 🫶🏽
Recentemente vi um vídeo da Bruna Martiolli (professora e doutoranda em literatura) fazendo uma resenha sobre "É assim que acaba" da Colleen Hoover. Ela fez a resenha em duas "personas": a da professora especialista em literatura e a da leitora convencional. E foi interessante ver que enquanto ela falava mal da escrita e da forma que a autora passava as informações, ela também gostava do livro pq estava sendo entretida.
Tive essa mesma experiência lendo a saga Percy Jackson recentemente: percebi diversas falhas e inconsistências narrativas ou apenas coisas que eu achava que poderiam ser feitas de melhor forma, mas isso não me impediu de gostar da história como um todo.
O problema é que as pessoas, por um lado, ficam querendo ser analista de livro ao invés de leitor. Buscam técnicas de escrita, excepcionalidades narrativas, palavras e expressões rebuscadas em vez de buscar um entretenimento que, eventualmente, pode até trazer um engrandecimento moral, pessoal ou espiritual.
Do outro lado, é comum buscar apenas experiências e histórias que te levem ao extremo da emoção, sem se atentar se aquilo faz sentido ou não ou se é, minimamente, bom. Estas pessoas, muitas vezes por simples preconceito, deixam de lado histórias que poderiam ser muito mais envolventes sem necessitar de apelar para traumas, tabus ou questões morais sem solução prática.
Enfim, essa discussão é muito interessante e rende muita conversa. Aliás, excelente vídeo e ótimas argumentações!
😅
em 1:37 você conquistou minha inscrição, meu like e meu comentário. Muito certeira!
"Você se sente superior por estar lendo livros clássicos?"
-Sim.
Adorei o vídeo, Gabi! Eu leio um pouco de tudo, acho importante.
Eu leio desde muito nova, mas nunca li nenhum clássico kkk recentemente que começei a ter vontade de ler, foi quando encontrei o seu canal e comprei Os Demônios do Dostoievski, que ainda não li, mas foi um dos primeiros videos que vi seu e vi vc falando sobre ele. É um nicho completamente diferente do que eu to acostumada a ler, leio bastante terror/suspense e ficção-científica.
Eu não sou muito de livros de terror, mas volta e meia eu experimento também para sair da zona de conforto hehe tem alguns clássicos de terror também! O Médico e o Monstro, Frankenstein, contos do Poe...
@@tamarafrazao7794 recomendo " o sonho do titio" do Dostoievski, para começar e ter contato com escritores russos que costumam ser densos
Estou lendo Crime e Castigo de Dostoiévski e estou lutando muito pra não abandonar a leitura. É uma história negativa e na minha opinião depressiva. Não sei se você fez uma boa escolha pra começar na literatura. Espero que não te desanime.
Entendo que é importante criarmos opinião e não palpite.
O brasileiro é leitor raso na visão de classe de interesse porque temem a percepção de nós mesmos.
O brasileiro é criativo e sabe que é explorado de muitas maneiras.
Concordo com você eu leio tanto clássicos como contemporâneo leio romancinhos bobos . Porém acho tbm q hj em dia por conta das redes sociais e do marketing tem mta gente fazendo propaganda de livros ruins por likes dinheiro . E sim existe livros ruins e livros bons, e acho que vai do senso crítico de cada um pq tem livros que são ruins demais . E tem pessoas que por não terem esse costume da leitura nao possuem um senso crítico, mas não quer dizer q no futuro ela não possa ler clássicos .
🎯 Key points for quick navigation:
00:00 *📚 Modern Reading Trends*
- Concerns about the decline in critical reading and rise of shallow literature,
- The prevalence of silent reviews and trivialization of complex topics in literary discussions.
02:57 *📈 The Impact of the Information Era*
- The role of algorithms in creating echo chambers within literary consumption,
- The trend of prioritizing trendy themes over literary quality for visibility.
06:55 *🤔 The Duality in Literary Circles*
- Criticisms of elitism and glamorization of classical literature,
- The impact of dismissing popular contemporary literature and readers.
10:13 *🎭 Objective vs. Subjective Literary Value*
- Distinguishing between objectively good and bad literature while respecting personal preferences,
- Persistence of themes discussed despite changes in how literature is consumed.
12:22 *🔄 Responsibility and Change*
- Encouragement to bridge gaps between different literary preferences,
- Emphasis on personal responsibility for changing consumption habits and expanding literary horizons.
Made with HARPA AI
Comigo foi assim, lendo contemporâneos de outros gêneros etc. Mas conforme fui amadurecendo meu gosto e preferências foram se alterando. Claro que é importante e relevante o acolhimento para nos interessarmos mais por clássicos.
De dia das crianças dei pra criançada clássico infantis, sempre que posso faço questão de incentivar.
Excelente reflexão.
Tem uma questão bem específica que eu penso principalmente quando se coloca esse ponto de bolha clássicos X bolha contemporâneos: Não podemos nunca esquecer de que quando falamos de literatura contemporânea estamos falando de TUDO o que está sendo produzido hoje. Quando falamos de clássicos, falamos APENAS daqueles livros que perduraram. É muito importante ter noção dessa diferença. Tem livros dos anos 2020 que eu não tenho dúvidas de que se tornarão clássicos no futuro, enquanto que a maioria cairá no esquecimento em uma década. E isso SEMPRE foi assim. Ou será que as pessoas acham que os grandes clássicos da literatura mundial nasceram com essa alcunha, com esse peso? Claro que não! Muitos deles, inclusive, foram rechaçados pela intelectualidade da época por serem best-sellers. E aí?
Literatura contemporânea não é sinônimo literatura rasa e fútil. Muito pelo contrário. É na arte contemporânea que encontramos retratadas as questões dos nosso tempo e, através desse retrato, as críticas à sociedade que em que vivemos hoje. É na contemporaneidade que temos pessoas pensando o nosso hoje. O problema é essas pessoas estão muito diluídas em meio um monte de gente que não se importa com o que vai dizer, só quer reproduzir uma fórmula que lhe garanta vender mais. Exige muito garimpo pra encontrar o que tem qualidade em meio a tudo o que é lançado, enquanto que os clássicos já nos estão dados de bandeja. Fora que é muito mais desafiador ler e refletir criticamente sobre a sociedade em que estamos inseridos do que sobre uma realidade que não existe mais.
E veja bem, falo de um lugar de leitora de livros clássicos. Já tive o desespero de pensar que é muito pouco tempo de vida para ler todas as grandes obras que a humanidade já produziu. Porém fui mudando essa visão com o passar do tempo. Hoje eu penso que tudo bem se não ler todos os clássicos que gostaria, eu preciso destinar um tempo para ler o que as pessoas da minha geração estão escrevendo sobre o mundo que eu vivo, refletir a minha existência no hoje também. Eu preciso ter o direito de reler um livro que li na infância ou adolescência e de que tenho ótimas lembranças. Eu preciso me dar ao luxo de ler algo bobo, leve e divertido pra me distrair quando a vida estiver muito pesada e dolorida por si só.
Todo esse textão é apenas para concluir que esse sentimento de superioridade por conta da leitura é uma grande ilusão. Há pessoas analfabetas e sem estudo que com sua vivência dão um baile de inteligência em muito acadêmico. Ninguém é melhor que o outro porque lê. Ninguém é mais inteligente que o outro porque lê clássicos. Ninguém tem mais valor que o outro porque se aprofunda no que lê. Só significa que você é um leitor de clássicos que gosta de se aprofundar no que lê. É uma característica, não necessariamente uma qualidade. São muitos os aspectos que fazem parte da vida e nos tornam pessoas inteligentes e capazes.
Perfeito! Concordo plenamente
Concordo plenamente, Gabi!! Comentei no vídeo da Jam no domingo sobre isso, eu cheguei nos clássicos graças aos livros de autoajuda/desenvolvemento pessoal, se eu não tivesse começado a ler esse tipo de livro, talves hoje não estaria aqui atrás de clássicos e amando a cada leitura e cada descoberta. Cada um tem o seu espaço, seu momento, seus gostos e por aí vai.
inclusive, acho muito difícil que alguém caia direto nos clássicos da literatura. Geralmente nosso primeiro contato é "à força", no colégio, então é raro amar algum clássico na adolescência
@@Gabrielli.Junkes sim, Gabi. Inclusive todos os clássicos que ignorei não escola, tenho vontade de ler todos agora kkkkkk
@@deboratoledo6094 meu caso, tenho começado isso agora :)
Geralmente, costumo separar minhas leituras.
1- Classicos (por diversão)
2- Clássicos, contemporâneo(por estudo e diversão)
3- filosofia (estudo)
Esse vídeo é bem necessário.
"[…] Não admita que ninguém entre os seus súditos se destaque, não deixe sobreviver ninguém que seja mais sábio, melhor, mais famoso ou até mesmo mais bonito que a massa. Passe a régua em todos para ficarem no mesmo nível; todos escravos, todos números, todos zé-ninguém. Todos iguais.[…]
C. S. Lewis
@@josefernandoreinicke8456 pode me dizer, por favor, qual o nome desse livro ? Agradeço .
@emanuela._.morais O livro é "Cartas de um Diabo a seu Aprendiz", Pág. 197 - Edição da Thomas Nelson Brasil.
@emanuela._.morais O livro é "Cartas de um Diabo a seu Aprendiz" (a citação está na Pág 197) C. S. Lewis
@@emanuela._.moraisO livro é "Cartas de um Diabo a seu Aprendiz.
@@josefernandoreinicke8456 muito obrigada 🤝
Parabéns pelo vídeo!! Você colocou em palavras muito do que eu penso, mas não conseguia organizar na mente kkkk
Concordo 100%!!! As pessoas esquecem que tudo é um processo e que a bolha importa, afinal é ela que nos molda. É muito mais fácil uma pessoa que nunca leu conseguir terminar um livro da collen hoover do que pegar logo um machado de assis por exemplo, não entender absolutamente nada e desistir. Leitura também é amadurecimento e a gente começa com coisas simples e vai se aprofundando com o passar do tempo, mas é isso, se o iniciante se manter uma bolha de tiktok que em suma maioria só fala bobagem, vai acabar que só vai ler livro "ruim" e enquanto a galera "intelectual" não descer do pedestal em que se colocaram para ensinar e falar sobre coisas mais complexas, vão ser sempre 2 grupos de pessoas, que no fim são ignorantes.
Olá, Gabrielli. Tudo bem? Concordo com seus comentários. Eu também não gosto de vídeos destacam mais o livro como objeto (aspecto estético) do que seu contéudo. Mas, por outro lado, gosto quando o "miolo" do livro é mostrado, para saber se para mim vale a pena compra-lo ou não. O ideal é mostrar a edição enfatizar no que ela é diferente das outras (tem textos de apoio, é uma tradução nova ou até então não publicada no Brasil? ), mas, acima de tudo, deixar claro suas impressões sobre a obra. Assim como você também sou leitor eclético. Leio um pouco de tudo, mas não leio livros de certos gêneros e subgêneros modernos, porque eles não despertam meu interesse. A medida que fico mais velho, aumenta meu interesse pelos clássicos que me parecem ser bem maius interessantes e melhores na sua escrita. É aquela velha história, um clássico nunca perde a atualidade e tem sempre algo a nos dizer sobre diversos assuntos.
Atualmente, eu não tenho me interessado por autores contemporâneos, principalmente os brasileiros que ao meu ver são um tanto pretenciosos na maneira como usam recursso de narração ou muito raros. Tenho a impressão que há uma tendência mundial no empobrecimento da literatura.
De dez anos para cá, não surgiu nenhum livro que vai tornar-se um clássico e até mesmo os ganhadores do prêmio Nobel, com exceção de alguns, merecem ser lidos. Talvez, isso tenha a ver com o problema da crise criativa que parece atingir todos os campos das artes, dentre eles, a literatura. Espero estar errado sobre isso. Mas, essa é a minha impressão sobre a literatura contemporânea. Um abraço.
Eu começei a ler livros de romance policiais - apesar de não saber nada do genêro ou até como ler na época - mas, por necessidade me pus nesse desafio. Li esse livro de Harlan Coben, chamado, Confie Em Mim. Foi um marco. Demorei um ano para ler todo e as vezes ficava na dúvida se tinha que ler a narração ou só os dialogos (nem tinha noção de que se chamava por esses nomes e não tinha YT para ensinar). Todavia, me apaixonei pelo livro do Harlan Coben cujo personagem Adam tinha o mesmo estilo de vida como o meu. Atráves desse livro decide mudar de vida, não mais aquela pessoa problema0tica. Li por bastante tempo os livros do Harlan Coben - quase todos os seus livros tinha lido e tinha inspirado a minha nova vida nos personagens Win & Myron Bolitar (da série M,yron Bolitar). Até que um dia, os seus livros começou a enjoar e passei a questionar bastante sobre quem eu era de fato. Estava na busca de ser melhor copiando alguém que não existe (apesar de suas narrativas e caracteristicas realistica) ou estava buscando uma versão melhor de mim? e ai, automaticamente, senti a necessidade de começar a ler outros livros de outros gêneros e outros autores que me explicasse sobre o próposito de vida etc. Dai, naveguei por vários classicos da literatura sendo russa, alemã, inglesa, brasileira etc. orientais e ocidentais (alguns tive que tomar curso para aprender interpretar) e afirmo, que a leitura me tirou do ego de olhar para mim mesmo, como se eu fosse o centro das atenções, me tornando hulmilde, grato e e paciente rsrs. Idepentendemente do nivel intelectual da pessoa que se aproximava buscava sempre me coloca na posição de aprendiz... Busco sempre incentivar a leitura, porque em cada alma pobre vejo uma oportunidade em se torna uma alma rica - assim como a minha vem se tornando. Não é tentar opor, mas identificar a necessidade do outro e buscar na amizade implementar qualidades de melhoria, como na leitura, por exemplo. E não estou tentando ser modesto, sou o que sou: um eterno aprendiz!
Acho que o que se tem a fazer é simplesmente classificar a leitura, aí entramos num acordo. Uma classificação moral poderia servir, ha quem leia para o entretenimento, para estudar, para se informar.... Claro que a leitura enquanto estudo / conhecimento seria superior. Não acho wue quem vai ler Platão esteja de fato entretido rsrs. Mas não acho justo menosprezar alguém pelo o que quer ler. A pessoa lê o que quer...
Cervantes era viciado na literatura "de entretenimento" da época dele, que eram os romances de cavalaria. Dostoiévski era viciado em jogo de apostas, o que não deixase ser como ter "mal gosto". A inteligência não necessita de arrogância pra se provar.
Vídeo incrível, já me inscrevi no canal.
Muito obrigada 😊
Sobre esse emburrecimento da população por causa da popularização de livros mais simplistas eu acho justamente o contrário!! Acho que com o disponibilidade do acesso a leitura a uma maioria da população, que não tina acesso a nenhuma forma de literatura antes, esse tipo de livros mais simples ficariam mais populares msm. Não da pra esperar que uma pessoa pobre que só recentemente teve acesso a literatura comece lendo Dostoiévski. Numa classe que antes era na sua maioria aliterada, Colleen Hoover nao é tao ruim.
Penso a mesma coisa! Fora que a leitura de livros mais simples é uma forma de conhecimento, principalmente em relação a escrita, conhecimento de palavras, etc.
Acredito que o acesso inicial a livros mais “simples” seja maravilhoso para incentivar quem não ter o costume de ler (eu comecei assim tbm), mas não dá para negar que a cultura do booktok e a mega popularização de alguns desses livros meio que trancou parte da população nessa bolha que acredita que a literatura é só para “desligar a cabeça”, e acaba que isso não incentiva o crescimento literário para outras obras, o que é preocupante.
Sou inscrito em vários canais, mas, este é o primeiro que vejo trazer discussões a respeito de temas em torno do "assunto" leitura. Colocações bem feitas, eu cheguei a pouco tempo a reclamar de quem só lesse os contemporâneos...Mas, procuro acolher essas pessoas. Em primeiro lugar, tem opções de leitura(ao menos por prazer), que são boas. Segundo, porque, pode a partir deles, aguçar as pessoas a ler outras obras mais clássicas. De qualquer forma, eu tenho curiosidade com alguns títulos que vejo, principalmente os seriados. Apenas, as obras antigas que quero ler são numerosas, e nem elas, que são minha prioridade, serão esgotadas até que eu morra. Também, falo muito a respeito de leitura por "diversão".
Sempre tive o hábito de ler, isto desde minha alfabetização. Passei por escolas onde a leitura era sempre incentivada, e isto longe daquelas obras mais tradicionais - e chatas - que eram por padrão estipuladas na maioria das escolas. E foi nesta época que comecei com os clássicos, ainda pré-adolescente e lendo A Ilha Misteriosa, obras de Verne, passando também pelas grandes obras da Coleção Vagalume.
Enfim, para mim tudo foi uma evolução natural, e tenho nos clássicos minhas melhores experiências literárias. Foi simplesmente o caminho que a vida me fez trilhar... Apesar que leio de tudo (ou quase tudo), mas mais motivado pelo prazer que os livros me proporcionam.
Tudo depende do seu objetivo com a leitura, para uns é cultura, outros desenvolvimento pessoal, outros entretenimento e assim por diante...
A pobreza intelectual é realmente lamentável, não apenas no Brasil, como no mundo. Há séculos chamaríamos de privilegiados àqueles com acesso às obras de Shakespeare (citando um pequeno exemplo), e de fato, não era nada acessível. Naquela época, qualquer indivíduo com um pouco de senso crítico diria: “devemos permitir aos menos afortunados tamanho engrandecimento intelectual”. No entanto, podemos hoje constatar que acessibilidade de nada adianta para uma população emburrecida. Qualquer cidadão com acesso à internet pode, de onde estiver, assistir ou ler uma peça de Shakespeare, no entanto, uma pequeníssima minoria o faz, sem agora a desculpa da falta de acesso.
O caminho para uma sociedade virtuosa não se trata de se achar melhor por haver lido a Ilíada no original ou de acolher e confortar uma pessoa que deliberadamente considera “medíocre” um elogio, mas sim, instigar a busca pela intelectualidade e conhecimento profundo, superando antes de tudo a pobreza intelectual.
Não chame ninguém de "burro" por ler livros ruins, tampouco a parabenize por isso.
Eu leio e não gosto de compartilhar o meu mundo.
"Ser intelectual é pensar bem" Antônio Abujamra
Recomendação de livro: Filoteia - Imitação de Cristo - Confisco.
Boa leitura
Eu leio tudo.Nao tenho preconceito com livros.Leio tudo que me cai nas mãos pois o conhecimento vem de qualquer leitura.Amo ler.
Linda a tua análise, Gabi. Acho que estamos passando por um período em que as opiniões são muito extremistas e polarizadas. Não existe leitura boa ou leitura ruim. Existe leitura para certos momentos da tua vida, iniciais ou avançados, para cada pessoa e cada mente. Assim como a intelectualização exagerada é perigosa por ser elitista e desincentivar pessoas iniciantes a ler, a mega popularização de certos livros também é muito problemática. Meu maior problema com alguns desses livros “simples” é que muitas vezes eles normalizam histórias ou tropes que não são muito saudáveis (como abuso, machismo, enfim), principalmente para mulheres. Normalizar somente esse tipo de leitura pode trazer a tona uma onda de problemas para que só consome isso (ainda mais sem senso crítico ). Temos que ler, sim, o que quisermos; temos que criticar, sim, o que lemos. Não precisamos gostar ou concordar com tudo, desde que com respeito. Ótimo vídeo.
Essa normalização de relacionamento que não é saudável foi exatamente o que senti lendo alguns livros contemporâneos: É assim que acaba, Tudo é Rio e a série adolescente After (infelizmente li isso no fim da adolescência, pura passada de pano pra adolescente problemático)
É a indústria do entretenimento, que muitas vezes prioriza a lucratividade em detrimento da qualidade artística. Filmes, músicas, livros e programas de televisão são produzidos em massa, seguindo fórmulas previsíveis e estereótipos simplificados. Isso leva ao empobrecimento da cultura e ao enfraquecimento da capacidade de apreciar obras de arte mais complexas e desafiadoras.
Excelente vídeo! Eu gosto muito de ler, leio decquase tudo, tenho preferência pelos clássicos, mas não crítico quem gosta dos contemporâneos até porque de vez em quando também os leio e até gosto. Acho que tudo é equilíbrio e de preferência sem preconceitos.
Uma pessoa que lê Harry Potter, ou a Cabana, atualmente é melhor que 99 porcento da população... então ficar restrito a clássicos é arrogância, que não ajuda a maioria da população. Se conseguirmos fazer alguem ler clássico é legal, mas se conseguirmos alguém fazer LER é espetacular !
Um vídeo muito necessário. Eu leio tudo que tenho vontade ler. A escolha é minha 😊. Eu particularmente não gosto de reels e book hall
Alguém que diz que nao lê pq livro é caro , ta mentido. Ate mesmo pq quem quer ler acha na Internet 0800 pra baixar com extrema facilidade
Nessa onde de querer ser intelectualzinho tô com uma pilha enorme de livros sem ler só ocupando espaço e peso, agora tô sofrendo pra me desfazer deles pois paguei caro e ninguém paga nem mixaria, agora se eu quiser ler algo vou comprar versão pdf, livro fisico nunca mais, no máximo uma apostila de algum curso específico, isso vale tbm pra filmes, séries, jogos etc etc etc... Versão digital veio pra ficar
Concordo em genero, numero e grau. Ha uns meses atras desabafei justamente sobre isso.
@@booksanatomy-porjamile3427 simm, eu lembro! Em busca de um ambiente um pouco mais acolhedor nessas bookredes 🙌🏼
Gostei muito da sua análise ❤
Primeiramente, parabéns pelo seu trabalho. Eu faria um adendo q a literatura contemporânea tem q ser tbm dividida em 2 a d "entretenimento" e a "seria" Michel Houellebecq e amoz os e outros contemporâneos não podem ser estar junto com alguns autores q só fazem livros para vender, em verdade eu acho q nessa categorização existe um série de nuances.
Venho aqui admitir q adoro a Carla madeira 😂😂
Comecei lendo uns livros de autoajuda que considero bem bosta pq era o que minha mãe tinha em casa, mas enquanto ia lendo já ia achando bosta, não sei se todo mundo vai ter essa compreensão, pois bem, esses livros me trouxeram pra leitura de alguma forma.
Livro clássico às vezes é só uma etiqueta. Pode-se ler Crime e Castigo como uma novela policial ou mergulhar nas profundezas da alma .
Sou cinéfila e sinto a mesma coisa
Na verdade as pessoas fogem dos clássicos por puro preconceito, pois quando ouvem a palavra " clássico" já coloca o preconceito na cuca de que livro clássico significa livro difícil. E é justamente o contrário! Acho os livros clássicos muito mais saborosos e deliciosos do que os livros rasos, que são mal escritos, mal construídos e com narrativas escritas por orangotangos.
Tem muito disso mesmo.
Com exceção de Autoajuda e Romance Hot, acredito que todo gênero tenha Livro bom (e ruim)
Eu sou apaixonada pela leitura desde 9 anos de idade! Leio diversos gêneros! Leio clássicos, daí leio um contemporâneo principalmente com finais felizes. Auto ajuda! Filosofia. Religiões. Misticismo. Espiritualidade. E os de época A minha leitura é por imenso prazer.
Minha leitura TB vai por aí.
Hi Gaby!! I love watching your videos! Learn something new every time. Your lessons are very important... I read a little bit of everything. Kisses for you...
Não gosto de livro hot e nem acho que uma pessoa que goste vai chegar a lê um clássico, tenho uma amiga que ama e faz mais de 10 anos quê lê e não pensa em mudar, eu tenho foco nos clássicos, mas leio contemporâneos tbm, não leio hot... aquela coisa toda é melhor praticar que ficar na teoria
Eu tenho a sensação que há uma intenção de precarização da leitura 👀
Pessoalmente nao gosto da literatura como "entretenimento" pq o poder da construção que um livro tem em nosso inconsciente é incalculável.
Nunca é uma bobeirinha... algo levinho... Pq na leitura, temos os ingredientes e somos levados a construir tudo o que esta escrito.
Diferente de um audiovisual, onde tudo esta exposto...
Fonte: Vozes de minha cabeça 🤔
A decadência da cultura ... sabe aquele filme idiocracia .... mera coincidência .
Já parei de seguir um canal de literatura porque a pessoa só fazia video de TAg .
Esse filme é bizarro de real, eu assisti não dava nada mas percebi que é o caminho da humanidade 😢
Assim como amadurecemos pra vida, amadurecemos como leitor, num país que quase ninguém lê, tá ótimo ler qualquer, a princípio, pq logo esse leitor vai se interessar por outras coisas. Hoje eu amo clássicos, mas comecei com fantasia e tá tudo bem! sem neuras!
penso o mesmo
Concordo com tudo que você falou!
Uma coisa q vejo nas redes sociais e escritores que não lêem clássicos, qualquer pessoa q queira escrever tem q ter na bagagem os clássicos ao menos q tenha uma puta história de vida.
Desculpa pelo palavrão 😅
Eu amo clássicos mas nunca me achei mais inteligente, não faz sentido menosprezar alguém q tem outros gostos.
Mas quem quer ler algo mais "intelectual " ler artigos é uma boa.
Finalmente alguém falando sobre isso. A bolha católica literária inflou demais no período olavista, fora as pessoas utilizando clube do livro para, pasmem, fugir dos livros. Se você quer alguém que sentou a piroca nessa turma é o Ronald Robson. O livro se chama "Contra a vida intelectual". É um livro prazeroso e divertido pra quem quer uma análise desses influenciadores. Vai render vários risos ao longo da leitura.
Tem algo no Brasil que é honesto? A estética de ser intelectual inteligentinho é o que conta. Conteúdo, nada. Sinceramente, olhando o Brasil de fora (onde estou), é assustador essa macaquice de intelectualidade que está incrustada na alma brasileira. Aqui as pessoas lêem mais e melhor. A quantidade de editoras, títulos, autores é assustadora. Toda semana algo novo e bom. E quem lê, realmente lê, não finge que lê. As pessoas que se metem a falar algo, falam porque realmente tem o que dizerz e não porque quer macaquear inteligência e usar palavras rebuscadas e retórica.
Onde você vive? Sim, o Brasil é esse circo até na suposta intelectualidade.
Eu acho que muita gente que leu O morro dos ventos uivantes por causa do Crepúsculo. Ler uma farofa não te inferioriza de jeito nenhum (a gente adora uma romantasia de vez em quando!) Por outro lado, ler só clássicos não te torna superior. Dito isso, da pra ler de tudo. Até pq, na pior das hipóteses, vc leu um livro ruim e aprende a diferenciar os ruins dos bons.
Agora, se tem uma coisa que me irrita um pouco são os leitores de farofa que se vangloriam ou acham "cool" não conseguir ler clássicos. Ter orgulho da própria mediocridade me incomoda um pouco. Bora ler as farofas, mas não tenha preconceito com os clássicos. E você e versa.
Poxa falar que 1984 é so sobre as mídias de hoje. e não por em evidência a crítica política é um crime 😂
Não tem como você dissociar a importância de uma obra ao tema dela, o tema dela fará parte da relevância. Tem sim toda a parte técnica, mas isso não está a cima definitivamente do tema.
Não sabia que tinha resenha de 30 segundos.
P mim o problema n está em ler coisas rasas ou profundas mas é vc n conseguir fórmula algum senso crítico. N adianta vc qrer jogar em um nível hard um um jogo q vc nem treinou. Outro ponto mt importante é o q seria das pessoas q n sabem/qrem apenas se divertir num dia quente se so existisse piscinas profundas?? É mt boooom ler livros bestas/bobinhos e vai ter gnt q so gosta disso e p inverso tbm existe, ruim msm é vc menosprezar os outros por n ler o q vc qr.
Tanto faz, não me importo. Continuo lendo as coisas que eu gosto e não teria nem pensado nesse assunto se não tivesse esbarrado com esse vídeo. Realmente não faz diferença pra mim.
Não escolha um lado, faça como eu e leia de tudo. Vocês só saem ganhando.
O povo gosta de 50 tons de cinza 😂😂😂😂 brincadeiras a parte eu gosto de ler de td um pouco sobre vários assuntos, mas sempre tem um que vai criticar o que vc le independente do que for isso é fato, o povo é chato
Sobre o tema vale ler Literatura em Perigo do Todorov. Gosto de ler os clássicos porque eles são bons. Simples assim.
Lembro do pondé. Uma vez ele disse "se alguém te pergunta qual seu livro preferido, ela já declara não ser uma pessoa que lê muito, pois depois de uma certa quantidade, não há apenas um favorito. E se você tem um livro favorito... você leu pouco. Pois quanto mais lê, menos se sabe, menos conhece". Parafraseando claro kkk
Ao meu ver, não existe aspecto objetivo pra definir se uma arte é boa. Tudo o que tem a ver com a gente chamar uma obra de "boa" passa pelo nosso julgamento subjetivo e de comparação com outras coisas que a gente chama de boas
Não leio clássicos, mas tenho muita vontade de ler! Não vou mentir, tenho muito livro meio raso (fantasias e suspenses) então pretendo ler todos eles para começar a ler clássicos (é um acordo que fiz com meus pais, já que eles falaram que eu preciso terminar de ler os livros que tenho para poder comprar mais)
@@ma4ki1 Peça um kindle pra eles ou compre um usado, baixe os clássicos e leia qdo der e no seu tempo. A grande maioria desses clássicos já está em domínio público, então vc pode baixar legalmente e de graça (se vc lê no celular ou em computador, não precisa nem do Kindle). Só de autores do século 20, já tem coisas de Hemingway, Kafka, Faulkner, Brecht e Graciliano Ramos em domínio público.
Mas faça no seu ritmo, sem perder o prazer da leitura, e não precisa abandonar as leituras mais leves qdo começar a ler os clássicos
Menina, qual é a sua estante? Que linda!
São da mobly, modelo hunt!
Eu vi um vídeo... com todo respeito!! Mas a moça disse que Orgulho e Preconceito era Enemies to Lovers. Ela disse que não tinha gostado, por que fala muito sobre a época e ela não gostou muito, o relacionamento entre o Sr. Darcy e Elizabeth era lento demais.
Eu ouvindo o restante do vídeo e só fiquei com enemies to love na mente.
Acho que foi o primeiro livro da Jane Austen que ela leu, o foco principal nunca é o romance dos livros dela em geral, sempre é a crítica social, juntamente com o preconceito sobre determinada classe. O romance é o pano de fundo da história principal, o bom é que nos treinam pra desenvolver a empatia e não julgar o próximo.
Contexto histórico 0. Tem gente que acha que Romeu e Julieta é só sobre um casal 😢
Acho que o problema também é sempre querer fazer "panelinha". As pessoas não sabem mais apreciar as coisas sem se meter num grupo super seleto imaginado por elas, como se fossem tão importantes que merecem sua própria categoria. Tudo seria muito mais fácil se a leitura fosse feita por prazer e não para nos engrandecer perante os outros!
Talvez o que eu tenha dito não faça muito sentido para o nome do vídeo em si, mas acho útil sobre um dos assuntos debatidos que é essa "segregação"(sei que exagerei no termo) entre as pessoas do mundo literário.
Falta de humildade e senso crítico. Sinceramente, eu evito contato com outros leitores pq ou é um show de arrogância ou é gente que concorda 100% pq foi fulano que escreveu e se está escrito, então é uma verdade absoluta.
Eu procuro contato com leitores, pq pessoalmente, conheço somente uns 2 ou 3. Putz... se achasse algum seria ótimo. Conversar sobre livros! Só acho na Internet.
@@victorpetrarca2471 Pessoalmente é bem difícil mesmo, eu só conheço uma pessoa que é leitora e ainda sim nossos gostos literários são totalmente diferentes
Os leitores que eu conheço são bem de boa, ninguém tenta ser melhor do que ninguém, na verdade, fico até feliz quando encontro alguém que lê. O problema é quando você se torna mais maduro literariamente falando, e os seus gostos pra livros mudam. Por exemplo, eu gosto de romance e ficção, mas agora também gosto dos clássicos (algo que eu odiava na adolescência), e fica difícil pra mim discutir sobre um livro de literatura russa ou inglesa com outra pessoa, já que quase ninguém gosta 😿.
@@tirzaoliveira3045 exato! Vc só encontra pessoas que leem esse tipo de livro na Internet.
@@tirzaoliveira3045eu também, ng do meu círculo de amigos tem hábito de ler, e eu aqui amante de literatura russa . 😢
EU acho que essa 'glamourização do intelectual' se traduz nesses vídeos INSUPORTÁVEIS de TAG/LISTAS.
Enquanto pessoa que consome conteúdo de literário eu me sinto enganada, pq o cara fala meia bosta do assunto tratado no livro (o que qualquer pessoa teria feito lendo a sinopse) e acha que está passando uma ideia de super intelectual. “Nossa, olha essa lista que eu fiz” e o pobre que esta começando sua jornada literária, acha que o cara leu aquilo tudo.
A verdade é que a grande maioria dos produtores de conteúdo (não todos, como no seu caso) desse nicho estão mais preocupados com visualização do que com entregar um conteúdo de qualidade.
Vamos ser sinceros, se for para ver lista de livros, eu entro na Amazon, na Estante Virtual e resolvo meu problema. Qualquer um com o mínimo de capacidade cognitiva consegue entender pela Sinopse do que aquele livro trata. Não precisamos de vídeos trazendo “Livros com personagens tóxicos”; “Livros que me emocionaram” etc.
O pior é que muitas vezes o próprio produtor de conteúdo não é limitado cognitivamente, mas se “vende” a troco de visualização. O que, no meu ponto de vista, reflete mais a limitação do público daquele canal do que necessariamente da pessoa que produz o vídeo.
esse é um debate super válido, também. Até como falei no vídeo, infelizmente lista, bookhaul, unboxing, vídeo curto, etc engaja muito mais e é mais entregue pelo algoritmo. Por aqui eu busco sempre o equilíbrio, porque é inevitável fazer vídeo de lista pra conseguir entregar dois vídeos por semana; mas eu acho que resenha ou pelo menos vídeo falando exclusivamente de um livro é o que perpetua de verdade um produtor de conteúdo. Qualquer um faz lista, mas precisa no mínimo pensar além e pesquisar pra entregar uma boa resenha
Os dois lados são chatinhos, né? Você fez uma boa síntese. Ler em primeiro lugar, por prazer, não para "parecer inteligente". Eu leio praticamente de tudo, dos clássicos a Sidney Sheldon. Não gosto daquelas resenhas "profundas" que querem destrinchar atomicamente o livro e encontrar significados ocultos, excessivamente acadêmico, etc. é chato pra carvalho. Tem livro bom e tem livro ruim do ponto de vista da crítica mais especializada e da crítica que realmente vale: a do leitor, de quem compra o livro, lê e gosta.
Decidi focar em fantasia e ficção científica contemporânea. Não vou ficar forçando a barra com Dostoiévski, Tolstói, Machado de Assis etc. Chega de ficar nessa enrolação. Agora eu quero entretenimento e cultura. Que venha mais de Brandon Sanderson, Isaque Asimov, Robert Jordan, Agatha Christie.
Esses leitores de clássicos são na maioria metidos a intelectuais kkkkkk
Por isso que estou parando com os clássicos. Chega de ficar o tempo todo refletindo kkkkkkk chatice. Eu quero ação e um pouco de intelectualismo. Vou entrar no universo de DUNA. Chega de lerdeza e pompa. A baixo a ostentação intelectual.
Não acho que exista uma "literatura rasa ", o importante é que a pessoa se desenvolva com o hábito da leitura , obviamente que existem livros ruins e comerciais, porém se a pessoa pelo menos se interessa em ler já esta valendo. Uma grande maioria não lê por influência das redes sociais que prendem a nossa atenção eoutros tipos de entretenimento.
@@zumbigames982 se existe livro ruim, então existe literatura rasa.
Acho que a literatura rasa seria aquela que não preza pela escrita boa. Muitos dos livros populares hoje em dia reproduzem manias de linguagem que são ensinadas na escola como erradas e que se procura evitar. Acredito que o tipo de leitura rasa seja aquela também que reproduz e enfatiza comportamentos abusivos (o caso de muitos livros do booktok) que normalizam esse comportamento e também incentivam o leitor a não criticar, pois é uma leitura para “desligar o cérebro”. Complicado debater isso
Olá Gabrielli, vc vai fazer leitura coletiva ou clube do livro em 2025?
Ainda não tenho nada planejado, mas se tiver conto por aqui :)
Existe um outro problema sobre a homogeneidade dos livros mais vendidos: Eles são feitos para serem consumidos por um mesmo grupo de pessoas, gerando uma retroalimentação que não permite "furar a bolha".
Isso pode parecer o óbvio já que capitalismo funciona na base da oferta e demanda, mas isso gera problemas a longo prazo pra todo o mercado literário. Isso porque o mercado acaba se tornando cada vez mais fechado em si mesmo, não abrindo margem para converter não leitores em leitores.
E esse problema já tá aparecendo no Brasil. A cada ano que passa o número de leitores no Brasil diminui, o que não deveria acontecer na teoria por conta da internet e todo o acesso mais fácil a livros. Mas, essa revolução digital também tá sendo a pedra no sapato do mercado. Isso porque, com a internet, veio o consumo em massa de entretenimento na forma de TH-cam, Netflix e tantos outros serviços de streaming. Nesses serviços, você paga 55,90 por mês e tem acesso a uma quantidade virtualmente infinita de conteúdo, o que não acontece na literatura, já que um livro médio hoje custa fácil seus 50 reais.
O consumidor médio então faz um cálculo fácil. No streaming ele pode consumir tudo que quiser sem o medo de comprar algo e não gostar. Se ele não gostou do primeiro episódio da série, ele para e vê outra sem sentir que perdeu dinheiro. Se ele não gosta dos 3 primeiros capítulos de um livro, ele sente que jogou o dinheiro de um mês de Netflix fora.
Isso pode parecer um reducionismo da literatura ao mero conteúdo de entretenimento, mas hoje em dia ela está bem perto de ser isso. E é só entendo isso que o mercado pode evoluir e começar a converter não leitores em leitores. O grande problema, como mencionado anteriormente, é continuar criando histórias que geram a retroalimentação da bolha das bookredes. O consumidor médio vê os livros mais hypados e pensa: Porque vou gastar o dinheiro de um mês de Netflix numa história que eu posso ver na minha televisão?
A solução, por mais clara que pareça, é criar livros com histórias que NÃO podem ser consumidas em nenhum outro lugar. É você olhar nos olhos do consumidor de entretenimento e dizer: Se você ficou intrigado por essa premissa, o único jeito de consumir ela é comprando esse livro. Isso pode parecer radical, mas já foi feito várias vezes tanto no cinema quanto na literatura. É o chamado de High Concept (Alto conceito em inglês). Como o próprio nome diz, são história baseadas em premissas que se vendem sozinhas. Premissas tão instigantes que só de ouvir elas a sua mente ia imagina as possibilidades de profundidade de enredo, personagens e temas. Jogos Vorazes, a Origem, Round 6, são só alguns exemplos desse tipo de premissa em histórias.
São esses os tipos de histórias que fazem com que não leitores se tornem leitores, porque, de novo, eles não tem outra opção. Nós como mercado precisamos perceber isso e começar a incentivar escritores a produzirem história desse tipo. Só assim pro mercado começar a crescer de verdade e não implodir na própria arrogância de achar que literatura pode competir de igual com o audiovisual.
Eu acho que nessa competição, o livro vai sair perdendo. Competir pela história. Como vc falou, é retroalimentação. Uma pessoa acostumada a Narrativas aceleradas de séries e filmes modernos dificilmente pararia pra ver algo lento como um livro. No máximo, as Narrativas rápidas e rasas de ação. Mas creio que, pelo perfil, nem isso.
O que eu acredito mesmo é num incentivo ao prazer de ler desde a tenra infância. Vc ganhando a pessoa (que tenha acesso limitado a telas, claro) pelo prazer da leitura desde cedo, vc a ganha pelos livros em si. A geração atual que não passa sem celular.... pra mim, está perdida! Esse vício é algo EXTREMAMENTE difícil de tirar e exige uma vontade própria grande, coisa que é algo que naturalmente não existe ou é raro. Não estou dizendo que sou superior nem nada, mas somente relatando o que inúmeras pesquisas mostram. É algo gravíssimo.
Meu filho tem quase 10 e creio que consegui incutir um amor pelos livros nele. Mas com acesso a telas extremamente limitado (praticamente num horário limitado nos finais de semana). Ele até joga no PC, às vezes, mas tbm limitado. Se eu deixo mais solto o acesso, ele naturalmente para de ler. Já testei. Porém, não me preocupo dele cair pro mesmo gosto da geração Z, pq ele já tem um repúdio natural ao excesso de tela. Mas por causa disso, não acho que dá pra competir a tela com o livro. Ela tem que ser proibida até certa idade e até a criança ter um apego natural ao livro.
Crepúsculo
Acompanhem o Professor Rodrigo Gurgel. Aprenderão muito sobre literatura com ele.
1)Não há Literatura no Brasil pelo simples fato da maioria esmagadora dos brasileiros não conhecerem sequer a própria identidade nacional derivada da Igreja Católica. A prova disto é que ninguém discute o valor do Latim, de onde deriva o Português.
2)A política de Diploma faz as pessoas não querer estudar pelo conhecimento, cultura, vocação, ou para ter ou dar bens de serviços, mas sim para fins econômicos ou para fins políticos, seja para se perderem no materialismo ou em revoluções que apagam a nossa tradição católica.
3)Enquanto não se discutir a predominância dos feitos revolucionários de ocupação de espaço e perseguição ideológica, política e religiosa nas Universidades que são subsidiadas com dinheiro público num país que se diz democrático, nada passará de teatro.
Você pode ler mil livros e conhecer milhares de autores, mas a redenção e a plenitude do ser humano não estará aí, se você não sentir e viver o aprendizado do espírito. O intelecto é uma ferramenta que pode ajudar a alma, logo, ele não é um fim em si mesmo, ele é uma ajuda, uma ferramenta, que se descalibrada, atrapalha mais do que ajuda.
"Existem almas tão simples que nada sabem sobre os costumes e os assuntos do mundo, mas que, no entanto, muito entendem das relações com Deus."
Santa Teresa de Ávila