Bibo, traz mais o Lucas Gesta para falar da história dos ANABATISTAS, que geralmente apresenta esse grupo separando eles do reformadores, e a questão do batismo por imersão segundo tradução e transliteração. *Porque tem gente que diz que os anabatistas vêem dos protestantes, mas Lucas Gesta apresenta que é um movimento paralelo aos protestantes.*
@@jonascampos4900 Foi isso que foi dito no podcast. Maria não pode ter dado à luz a um ser humano que "se tornou" Deus quando nasceu. O Ser que Maria concebeu é o mesmo Verbo de Deus, Eterno Deus que existe desde sempre e para sempre.
Tenho e estudei a obra, História dos Concílios Ecumênicos, de Giuseppe Alberigo. É, como observou o professor Lucas, uma obra excelente. As definições dogmáticas do Concílio de Éfeso são aceitas como infalíveis pela Igreja Católica, pelas diversas Igrejas de tradição bizantina e pelas Igrejas Não Calcedonianas. Dentre as Igrejas antigas, apenas a Igreja Assíria do Oriente (siríaca oriental) rejeita Éfeso. Contudo, é preciso observar que a grande maioria dos siríacos orientais (mais de 90%) ingressou na Igreja Católica a partir do século XVI. Eles formam as Igrejas Caldeana Católica e Siro-Malabar Católica. Por fim, apenas uma observação: O Concílio de Constantinopla não estabeleceu Constantinopla como a primeira Sé da Igreja. O cânone terceiro do referido concílio deu à Constantinopla o segundo lugar, imediatamente abaixo de Roma: "Por ser uma nova Roma, o bispo de Constantinopla deve possuir privilégios de honra depois do bispo de Roma".
Não temos em português uma série de livros que tratem dos assuntos e contexto das discussões dos concílios. Seria uma execelente série a ser publicada.
@@ProfessorLucasGesta vejo muita gente confundindo o que foram os concílios, do que trataram, quem foram seus protagonistas, e tudo o que envolvem isso. E principalmente as implicações para os dias atuais. Ainda mais um livro lançado por autor nacional? Seria ótimo!
Pô mano, eu entendo o Bibo tem um horário a ser cumprido, mas queria que ele tivesse deixa o Lucas falar mais, certeza que ele teria conteúdo pra pelo menos mais duas horas !
As caricaturações representedas neste episódio, principalmente sobre a questão entre alegoria alexandrina vs. literalidade ("typos") antioquina, é extremamente péssima. S. Cirílo de Alexandria, _de facto_ emprega os dois métodos de interpretação em seu "Glaphyra no Pentateuco"; ainda não há nenhuma alegoria desmedida em seu comentário em João, seu _magnum opus_. Apolinárius de Laodicéia não é de Alexandria. Ao invés, ele é originário da Síria. Isso somente demonstra o erro das dicotomias nesse vídeo. Aliás, as doutrinas de Apolinárius, o Jovem, não é tecnicamente chamada de "monophysismo", mas Apollinarismo. Monophysismo, qua doutrina formal, é de data posterior: Eutyches de Constantinopla foi o fundador dessa heresia, que basicamente é um *tertium quid*; porém, Sevério de Antióquia desenvolve um miaphysismo estrito, agarrado, sem compromissar, com a linguagem de São Cirílo de Alexandria anterior a fórmula de reunião com João de Antióquia em 433 que depois presentea sérios problemas às definições de Calcedônia. V. Patrick Gray, "The Defense of Chalcedon in the East". Eu quero saber da qual a fonte das afirmaçãoes que relacionam Cristo e Maria (Theotokos) e Osíris e Isís. Até onde sei, Theophilus de Alexandria fez de tudo para extinguir o culto pagão. Norman Russel diz isso em sua monográfia sobre o mesmo: "In the Coptic tradition, Theophilus is remembered as a champion of the struggle against paganism. A fifth-century miniature (repro- duced on the cover of this book) shows him standing triumphantly on the ruins of the Serapeum, a book in his left hand and what appears to be Serapis’ sun-disk raised aloft in his right. The fall of the Serapeum was one of the more notable events of the end of the fourth century, remarked upon by both Christian and pagan authors. It was a watershed in the Christianization of Egypt. Yet it is not easy to reconstruct the historical circumstances of the temple’s destruction.28 Our main sources are the ecclesiastical historians Rufinus, Socrates, Sozomen and Theodoret and the pagan sophist Eunapius.29 The Christian accounts are unsatisfactory. The version given by Socrates emphasizes Theophilus’ role, claiming that Theodosius issued an order to demolish the temples at Theophilus’ request. Theophilus then parodied the pagan rites and had the phalloi of Priapus carried through the forum. This provoked a riot in which pagans and Christians fought each other with deaths on both sides. After the unrest had subsided, many pagans, including Helladius and Ammonius, Socrates’ informants, fled the city. The governor of Alexandria and the commander of the troops then helped Theophilus demolish the temples. These were razed to the ground and all the images broken up except one, which was kept as a reminder of super- seded paganism.30" ( Norman Russel, Theophilus of Alexandria) Não foi Apolinárius que usou o termo "Theotokos"; (até onde sei, é claro, porque eu não tenho acesso aos textos deles.) Cirílo usa como prova contra Nestorius em sua epístola "I", uma citação de S. Atanásio de Alexandria encontrada em _Contra Arianos_ 3:29 : (...) When he composed for us his work concerning the holy Trinity, in the third book from the beginning to the end, he called the holy Virgin the Mother of God. I shall of necessity use his own very words: ' Therefore the mark of the Holy Scripture, as we often said, is this that it contains a twofold declaration containing the Savior, that he always was God and that he is the Son, being the Word brightness and wisdom of the Father, and that afterwards, for our sake, by taking the flesh of the Virgin Mary, the Mother of God, he became man'. ( Cyril of Alexandria. Lettes 1-50, Fathers of th Church: A New Translation; CUA Press. Aos 45 min, é dito: A Pulcheria queria receber a ceia ao lado do irmão mas Nestorius recusou. Isto é correto, com exceção que é omitido como aconteceu. Não era "ceia" como um sentido meramente simbólico e memorial, mas um Sacramento, o sacrífico ingruento sendo representado. Pe. John Anthony McGuckin relata esse evento em seu lívro: " In the liturgy of the Great Church at Constantinopla Pulcheria, had claimed, and apparently been granted by Nestorius's predecessor, the priveleges traditionally granted to the reign Emperor. He alone of all lay man was allowed to receive the Eucharistc Mysteries within the sanctuary.Pulcheria had customarily been at her brother's side to do so, and possibly regarded her virginal status allied with her Augusta rank as two important sacral reasons why she continue in this privelege". Pe J.A. McGucking, " St. Cyril of Alexandria and the Christological Controversy, pg. 25) Note a noção sacramental. Cirílo de Alexandria, para provar meu ponto, usa o Sacramento para refutar Nestorius: "“We proclaim the fleshly death of God’s only-begotten Son, Jesus Christ, we confess his return to life from the dead and his ascension into heaven when we perform in church the unbloody service, when we approach the sacramental gifts and are hallowed participants in the holy flesh and precious blood of Christ, saviour of us all, *by receiving not mere flesh* (God forbid!) or flesh of a man hallowed by connection with the Word in some unity of dignity or possessing some divine indwelling, *but the personal, truly vitalizing flesh of God the Word himself* " ( Third letter to Nestorius) Por favor, façam uma pesquisa mais apurada da próxima vez.
Foi um prazer estar com vocês!!!
E excelente ouvir vossas aulas!
@@tarsoelvis obrigado 😃
Bibo, traz mais o Lucas Gesta para falar da história dos ANABATISTAS, que geralmente apresenta esse grupo separando eles do reformadores, e a questão do batismo por imersão segundo tradução e transliteração.
*Porque tem gente que diz que os anabatistas vêem dos protestantes, mas Lucas Gesta apresenta que é um movimento paralelo aos protestantes.*
Tô de boca aberta. O que aprendi nesse podcast foi pra uma vida toda.
Obrigado :)
Como diz Salomão " não há nada novo debaixo do sol"
Comentário aleatorio, escuto depois no meu agregador de podcast favorito !!
"Filigranas dos podcasts" ♥️
Pô mano, esses debates tem que ser online, para galera poder interagir
Sensacional
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém
Nessas citações não há embasamento Bíblico.
@@jonascampos4900 Foi isso que foi dito no podcast. Maria não pode ter dado à luz a um ser humano que "se tornou" Deus quando nasceu. O Ser que Maria concebeu é o mesmo Verbo de Deus, Eterno Deus que existe desde sempre e para sempre.
Esse foi o melhor BTCast que eu já ouvi.
Obrigado :)
Temas muito importantes sempre❤️❤️
Bibo, obrigado por trazer o Lucas gesta á nós. Que aula teológica. Eu que sou um caipira estou impressionado.
Obrigado :)
muito bom
🙏🙏
Amo! Que bom que o canal voltou.🙏🏽😁
Que Aula, meu Deus!!!🤩
Obrigado :)
Para aqueles que gostam de tretas e pensavam que calvinismo x arminianismo é a última moda, foi porque não ouviram este podcast 😂
Tenho e estudei a obra, História dos Concílios Ecumênicos, de Giuseppe Alberigo. É, como observou o professor Lucas, uma obra excelente. As definições dogmáticas do Concílio de Éfeso são aceitas como infalíveis pela Igreja Católica, pelas diversas Igrejas de tradição bizantina e pelas Igrejas Não Calcedonianas. Dentre as Igrejas antigas, apenas a Igreja Assíria do Oriente (siríaca oriental) rejeita Éfeso. Contudo, é preciso observar que a grande maioria dos siríacos orientais (mais de 90%) ingressou na Igreja Católica a partir do século XVI. Eles formam as Igrejas Caldeana Católica e Siro-Malabar Católica. Por fim, apenas uma observação: O Concílio de Constantinopla não estabeleceu Constantinopla como a primeira Sé da Igreja. O cânone terceiro do referido concílio deu à Constantinopla o segundo lugar, imediatamente abaixo de Roma: "Por ser uma nova Roma, o bispo de Constantinopla deve possuir privilégios de honra depois do bispo de Roma".
Lucas Gesta é brabo
Obrigado :)
Bibo tá aí mais um livro a ser lançado!
Não temos em português uma série de livros que tratem dos assuntos e contexto das discussões dos concílios. Seria uma execelente série a ser publicada.
@@jordanarley80 boa :D
@@ProfessorLucasGesta vejo muita gente confundindo o que foram os concílios, do que trataram, quem foram seus protagonistas, e tudo o que envolvem isso. E principalmente as implicações para os dias atuais. Ainda mais um livro lançado por autor nacional? Seria ótimo!
@@ProfessorLucasGesta aproveita o contato com a Thomas Nelson Brasil.
Muito fera!!
Obrigado :)
Muito bom! Esse BTCast foi fantástico. 👏
Obrigado :)
Show
Lucas Gesta 👏👏👏
Obrigado :)
Muito bom.
Obrigado :)
excelente conteúdo
Obrigado :)
Excelente
Obrigado :)
Pô mano, eu entendo o Bibo tem um horário a ser cumprido, mas queria que ele tivesse deixa o Lucas falar mais, certeza que ele teria conteúdo pra pelo menos mais duas horas !
Obrigado :)
🤔 Realmente necessita de muitos anos de igreja.
Antioquia = arminianos
Alexandria = calvinistas
Kkkk
eu tô igual ao bibo : "hmmm" e "meu Deus" KKK
Obrigado :)
Essa história parecia Novela mexicana rs
qual o nome dessa arte do podcast?
Como assim o nome? As artes são feitas exclusivamente para o podcast por um artista aí que trabalha com eles.
Ela está reproduzindo uma pintura.
@@jordanarley80 ah, não sabia.
@@diogomatos4433 dá uma procurada. Não me lembro o pintor. Mas, inclusive essa imagem foi utilizada em capas de livros também.
A arte se chama A incredulidade de São Tomé, do Caravaggio
As caricaturações representedas neste episódio, principalmente sobre a questão entre alegoria alexandrina vs. literalidade ("typos") antioquina, é extremamente péssima. S. Cirílo de Alexandria, _de facto_ emprega os dois métodos de interpretação em seu "Glaphyra no Pentateuco"; ainda não há nenhuma alegoria desmedida em seu comentário em João, seu _magnum opus_.
Apolinárius de Laodicéia não é de Alexandria. Ao invés, ele é originário da Síria. Isso somente demonstra o erro das dicotomias nesse vídeo. Aliás, as doutrinas de Apolinárius, o Jovem, não é tecnicamente chamada de "monophysismo", mas Apollinarismo. Monophysismo, qua doutrina formal, é de data posterior: Eutyches de Constantinopla foi o fundador dessa heresia, que basicamente é um *tertium quid*; porém, Sevério de Antióquia desenvolve um miaphysismo estrito, agarrado, sem compromissar, com a linguagem de São Cirílo de Alexandria anterior a fórmula de reunião com João de Antióquia em 433 que depois presentea sérios problemas às definições de Calcedônia. V. Patrick Gray, "The Defense of Chalcedon in the East".
Eu quero saber da qual a fonte das afirmaçãoes que relacionam Cristo e Maria (Theotokos) e Osíris e Isís. Até onde sei, Theophilus de Alexandria fez de tudo para extinguir o culto pagão. Norman Russel diz isso em sua monográfia sobre o mesmo:
"In the Coptic tradition, Theophilus is remembered as a champion of
the struggle against paganism. A fifth-century miniature (repro-
duced on the cover of this book) shows him standing triumphantly
on the ruins of the Serapeum, a book in his left hand and what
appears to be Serapis’ sun-disk raised aloft in his right. The fall
of the Serapeum was one of the more notable events of the end of
the fourth century, remarked upon by both Christian and pagan
authors. It was a watershed in the Christianization of Egypt. Yet it
is not easy to reconstruct the historical circumstances of the temple’s
destruction.28
Our main sources are the ecclesiastical historians Rufinus,
Socrates, Sozomen and Theodoret and the pagan sophist Eunapius.29
The Christian accounts are unsatisfactory. The version given by
Socrates emphasizes Theophilus’ role, claiming that Theodosius
issued an order to demolish the temples at Theophilus’ request.
Theophilus then parodied the pagan rites and had the phalloi of
Priapus carried through the forum. This provoked a riot in which
pagans and Christians fought each other with deaths on both sides.
After the unrest had subsided, many pagans, including Helladius
and Ammonius, Socrates’ informants, fled the city. The governor of
Alexandria and the commander of the troops then helped Theophilus
demolish the temples. These were razed to the ground and all the
images broken up except one, which was kept as a reminder of super-
seded paganism.30" ( Norman Russel, Theophilus of Alexandria)
Não foi Apolinárius que usou o termo "Theotokos"; (até onde sei, é claro, porque eu não tenho acesso aos textos deles.) Cirílo usa como prova contra Nestorius em sua epístola "I", uma citação de S. Atanásio de Alexandria encontrada em _Contra Arianos_ 3:29 : (...) When he composed for us his work concerning the holy Trinity, in the third book from the beginning to the end, he called the holy Virgin the Mother of God. I shall of necessity use his own very words: ' Therefore the mark of the Holy Scripture, as we often said, is this that it contains a twofold declaration containing the Savior, that he always was God and that he is the Son, being the Word brightness and wisdom of the Father, and that afterwards, for our sake, by taking the flesh of the Virgin Mary, the Mother of God, he became man'. ( Cyril of Alexandria. Lettes 1-50, Fathers of th Church: A New Translation; CUA Press.
Aos 45 min, é dito: A Pulcheria queria receber a ceia ao lado do irmão mas Nestorius recusou. Isto é correto, com exceção que é omitido como aconteceu. Não era "ceia" como um sentido meramente simbólico e memorial, mas um Sacramento, o sacrífico ingruento sendo representado. Pe. John Anthony McGuckin relata esse evento em seu lívro:
" In the liturgy of the Great Church at Constantinopla Pulcheria, had claimed, and apparently been granted by Nestorius's predecessor, the priveleges traditionally granted to the reign Emperor. He alone of all lay man was allowed to receive the Eucharistc Mysteries within the sanctuary.Pulcheria had customarily been at her brother's side to do so, and possibly regarded her virginal status allied with her Augusta rank as two important sacral reasons why she continue in this privelege". Pe J.A. McGucking, " St. Cyril of Alexandria and the Christological Controversy, pg. 25)
Note a noção sacramental. Cirílo de Alexandria, para provar meu ponto, usa o Sacramento para refutar Nestorius:
"“We proclaim the fleshly death of God’s only-begotten Son, Jesus Christ, we confess his return to life from the dead and his ascension into heaven when we perform in church the unbloody service, when we approach the sacramental gifts and are hallowed participants in the holy flesh and precious blood of Christ, saviour of us all, *by receiving not mere flesh* (God forbid!) or flesh of a man hallowed by connection with the Word in some unity of dignity or possessing some divine indwelling, *but the personal, truly vitalizing flesh of God the Word himself* " ( Third letter to Nestorius)
Por favor, façam uma pesquisa mais apurada da próxima vez.
Amigo, ele disse que havia uma tendência, não generalizou ou definiu exclusivamente como um ou outro. Calma, respira.
Mano, você se esforçou para defender seu ponto! Parabéns.