Sempre ouvi dizer, e li em vários livros, que foi o Marquês de Pombal quem criou a primeira rede de ensino básico espalhada por todo o País. Quem criou Aula do Comércio, hoje o ISCAL, que preparou os contabilistas e economistas modernos em Portugal no uso da contabilidade em partidas dobradas. Quem criou o Colégio do Nobres. Quem reformou a Universidade de Coimbra introduzindo-lhe o ensino das ciências exactas. Quem lançou as bases da industrialização do País, industrialização essa que foi, em boa parte, destruída no séc. XIX, com as fábricasde sedas, de loiças, de vidros, etc. Quem organizou a primeira feira de equipamentos (não produtos) agrícolas da Europa. Quem criou a primeira zona demarcada de um produto no mundo, criando o precedente mundial de certificação oficial. Comparado com tudo isto, de que é que valia o ensino dos jesuítas que se limitava a uns 40 mil alunos numa população de mais de 1,5 milhões de habitantes? Ou estarei redondamente enganado quando a estes factos?
Portugal devia financiar umas palestras do Nuno Palma no Brasil. Vai para lá tamanho ódio aos portugueses com uma ideia de que a culpa de o Brasil estar mal é ter sido colonizado pelo país errado... enfim.
É sistemático. Esse ódio até tem nome na academia: lusofobia. Foi uma forma que a elite brasileira arranjou, depois da independência, para quebrar os laços entre Portugal e Brasil.
A correlaçao entre Estados centralizados, mais ou menos autoritários e os ditos mais democráticos ou onde o poder central não era absoluto e o dito crescimento económico, pib, poderá não ser positiva, parece estar assente tb numa ideologia, a liberal, embora, o autor de oponha aparentemente aos ditos liberais do século XIX, talvez de finais desse século, não sei. Curioso que se abordem os europeus com impérios coloniais e com escravos, o que parece ter libertado aqueles últimos foi a revoluçao industrial. Outra forma de estudar o dito crescimento do pib será o demográfico, ideia antiga, de resto, dum inglês que foi sempre usado pela extrema diretia. O qual dizia que o crescimento não era sustentável, curiosamente, é aí que, hoje, nos encontramos, a variável moderadora parece ser a sustentabilidade, mas ela está limitada desda a economia da nave espacial de Kenneth Boulding e o relatório dito de clube de Roma dos inícios dos anos 70 Relatório Meadows. As assembleias dos Estados Gerais, coisa francesa e trazida para Portugal, mais tarde, já existia na idade média, ou seja, as formulações democráticas são muito antigas e diversas, embora, hoje, se remeta para a Grécia Antiga. Muito interessante
Também me parece demais dizer qye o terramoto de 1755 não teve impacto nenhum no pib per capita português. Não me parece que, em História haja coincidências fortuitas. Se o princípio do afastamento dos pibs per capita português e inglês se verificou, exactamente, no momento do terramoto, não parece ser uma evidência de que existe aqui uma relação causal? Lisboa ficou destruída. Armazéns carregados de especiarias, objectos de arte às catadupas, prédios, oficinas e mesteres, palácios, estradas, a frota toda afundada, até a agricultura deve ter levado uma pancada gigantesca, uma vez que Lisboa, que devia ser o respectivo mercado consimidor, desapareceu. E a quantidade de trabalhores, especializados ou não, mestres das profissões, etc., etc., não terão morrido? A economia do país deve ter ficado desfeita. Como é que o terramoto não foi a causa da queda do pib per capita? Não percebo...
Porque foi um facto circunstancial e, a partir daí, a recuperação económica não se deu. Se fosse apenas um facto circunstancial e não estrutural, a nossa capacidade estrutural teria dado a volta ao problema circunstancial. Ou ainda estamos a ser afectados pelo terramoto de 1755. Dito isto, os factos positivos que o Marquês trouxe ao desenvolvimento português, não podem ser negados, podem é não ter sido suficientes para dar a volta ao problema estrutural de fundo, que me parece bem identificado.
O liberalismo não conseguiu resolver o atraso português, entre outras razões, porque a pirataria inglesa e holandesa, prolongada desde o século XV/XVI até ao XX, teve cais e plateaux na costa portuguesa e no litoral atlântico.
Sempre ouvi dizer, e li em vários livros, que foi o Marquês de Pombal quem criou a primeira rede de ensino básico espalhada por todo o País. Quem criou Aula do Comércio, hoje o ISCAL, que preparou os contabilistas e economistas modernos em Portugal no uso da contabilidade em partidas dobradas. Quem criou o Colégio do Nobres. Quem reformou a Universidade de Coimbra introduzindo-lhe o ensino das ciências exactas. Quem lançou as bases da industrialização do País, industrialização essa que foi, em boa parte, destruída no séc. XIX, com as fábricasde sedas, de loiças, de vidros, etc. Quem organizou a primeira feira de equipamentos (não produtos) agrícolas da Europa. Quem criou a primeira zona demarcada de um produto no mundo, criando o precedente mundial de certificação oficial. Comparado com tudo isto, de que é que valia o ensino dos jesuítas que se limitava a uns 40 mil alunos numa população de mais de 1,5 milhões de habitantes? Ou estarei redondamente enganado quando a estes factos?
Excelente
Portugal devia financiar umas palestras do Nuno Palma no Brasil. Vai para lá tamanho ódio aos portugueses com uma ideia de que a culpa de o Brasil estar mal é ter sido colonizado pelo país errado... enfim.
É sistemático. Esse ódio até tem nome na academia: lusofobia. Foi uma forma que a elite brasileira arranjou, depois da independência, para quebrar os laços entre Portugal e Brasil.
Uma lufada de ar fresco este Nuno Palma .
A esquerda treme quando alguém da categoria deste professor vem repor a verdade histórica.
A correlaçao entre Estados centralizados, mais ou menos autoritários e os ditos mais democráticos ou onde o poder central não era absoluto e o dito crescimento económico, pib, poderá não ser positiva, parece estar assente tb numa ideologia, a liberal, embora, o autor de oponha aparentemente aos ditos liberais do século XIX, talvez de finais desse século, não sei. Curioso que se abordem os europeus com impérios coloniais e com escravos, o que parece ter libertado aqueles últimos foi a revoluçao industrial. Outra forma de estudar o dito crescimento do pib será o demográfico, ideia antiga, de resto, dum inglês que foi sempre usado pela extrema diretia. O qual dizia que o crescimento não era sustentável, curiosamente, é aí que, hoje, nos encontramos, a variável moderadora parece ser a sustentabilidade, mas ela está limitada desda a economia da nave espacial de Kenneth Boulding e o relatório dito de clube de Roma dos inícios dos anos 70 Relatório Meadows. As assembleias dos Estados Gerais, coisa francesa e trazida para Portugal, mais tarde, já existia na idade média, ou seja, as formulações democráticas são muito antigas e diversas, embora, hoje, se remeta para a Grécia Antiga. Muito interessante
Também me parece demais dizer qye o terramoto de 1755 não teve impacto nenhum no pib per capita português. Não me parece que, em História haja coincidências fortuitas. Se o princípio do afastamento dos pibs per capita português e inglês se verificou, exactamente, no momento do terramoto, não parece ser uma evidência de que existe aqui uma relação causal? Lisboa ficou destruída. Armazéns carregados de especiarias, objectos de arte às catadupas, prédios, oficinas e mesteres, palácios, estradas, a frota toda afundada, até a agricultura deve ter levado uma pancada gigantesca, uma vez que Lisboa, que devia ser o respectivo mercado consimidor, desapareceu. E a quantidade de trabalhores, especializados ou não, mestres das profissões, etc., etc., não terão morrido? A economia do país deve ter ficado desfeita. Como é que o terramoto não foi a causa da queda do pib per capita? Não percebo...
Porque foi um facto circunstancial e, a partir daí, a recuperação económica não se deu. Se fosse apenas um facto circunstancial e não estrutural, a nossa capacidade estrutural teria dado a volta ao problema circunstancial. Ou ainda estamos a ser afectados pelo terramoto de 1755. Dito isto, os factos positivos que o Marquês trouxe ao desenvolvimento português, não podem ser negados, podem é não ter sido suficientes para dar a volta ao problema estrutural de fundo, que me parece bem identificado.
O liberalismo não conseguiu resolver o atraso português, entre outras razões, porque a pirataria inglesa e holandesa, prolongada desde o século XV/XVI até ao XX, teve cais e plateaux na costa portuguesa e no litoral atlântico.